quinta-feira, 17 de março de 2016

São Paulo de Bauza mostra futebol vergonhoso. Apenas empata com o péssimo Trujillanos. Compromete seu futuro na Libertadores da América...

São Paulo de Bauza mostra futebol vergonhoso. Apenas empata com o péssimo Trujillanos. Compromete seu futuro na Libertadores da América...




Não parecia um time. Mas um bando. Jogadores apáticos, tensos, medrosos. Extremamente dependentes do instável Paulo Henrique Ganso. E o São Paulo conseguiu a "façanha"de apenas empatar com o fraquíssimo Trujillanos, em 1 a 1 na Venezuela. Desperdiçou dois pontos fundamentais. Resultado péssimo. Decepção inesperada da equipe de Bauza. E que compromete o clube na Libertadores da América. Está apenas na terceira colocação do grupo 1. O Strongest tem sete pontos. O River Plate cinco. E os brasileiros têm apenas dois. Para doer ainda mais. Paulo Henrique Ganso bateu pênalti no travessão. Terrível para o São Paulo. Mas justíssimo com o resultado. Seria mentirosa demais uma vitória do São Paulo na Venezuela. Esteve a ponto de perder o jogo várias vezes. Perderam pelo menos três chances no segundo tempo para definir o jogo. Duas delas cara a cara com Denis. Se os venezuelanos não fossem tão limitados, o time de Bauza voltaria com a derrota. "Estou cansando de vir aqui e dar desculpas pelo fato do time não vencer. Isso precisa acabar", desabafava o capitão Denis. Até ele desgastado com o fraco futebol mostrado por seus companheiros. Foi inacreditável. O São Paulo enfrentaria a equipe mais fraca do Grupo 1. Depois da perder para o Strongest no Pacaembu, o time havia se recuperado. E empatado contra o River Plate em Buenos Aires. Bauza anunciou que a partida seria disputada como uma decisão. Seus jogadores sabiam que tinham a obrigação de vencer na Venezuela. Nem o desgaste de 29 horas de viagem até Valera. Ou o gramado cheio de falhas. Nada justifica o fraco futebol do São Paulo. E muito menos a apatia, a morosidade, a falta de vergonha na cara dos jogadores no primeiro tempo. Foi revoltante. Eles teriam de lutar para sobreviver na competição mais importante de 2016. Só que davam trotes, não vibravam, evitavam divididas. Não há mais como a diretoria continuar fingindo que este elenco precisa ser totalmente reformulado.

Bauza também tem culpa. E muita. Diante de um adversário muito mais fraco e seu time precisando desesperadamente vencer, o mínimo que se esperava era a marcação alta. Pressionar os péssimos zagueiros do Trujillanos. Mas não foi assim que o São Paulo se comportou. Jogou 45 minutos com cautela, marcando na sua intermediária. Era uma equipe de espera. Atuava de maneira covarde. Como se fossem os brasileiros muito piores que seus adversários. Heresia imperdoável. O treinador argentino tem mesmo muito o que explicar. Das duas, uma. Ou ele mandou seu time marcar à frente e foi desobedecido. Ou não mandou. Escolheu a cautela. Qualquer das escolhas é lastimável. Porque Horacio Matuszyczk havia montado sua equipe para tentar os contragolpes. Esperava que os tricampeões mundiais tivessem uma postura ousada, aberta. Tivesse a ombridade de tentar vencer o jogo. Os venezuelanos entraram para campo distribuídos como time pequeno. No 4-5-1. Mas foi necessário passar 15 minutos e foi nítida a covardia tática são paulina. E o Trujillanos percebeu que não precisava mais continuar com medo de uma goleada. O São Paulo era um leão sem dentes. É um caso para o Conselho Deliberativo convocar Bauza. E ele tentar explicar porque insiste em jogar com Centurión. O treinador já fez de tudo com seu compatriota. Nem o fato de o milionário diretor de marketing, Vinicius Pinotti, ter dado ao clube os R$ 12 milhões para sua contratação. Não é possível, em plena Libertadores da América, a equipe tenha de escalar um jogador comprado por um dirigente. Ainda mais quando o atacante não mostra a menor condição de ser reserva do reserva. Nem clube de várzea agiria dessa forma.

A proteção de Bauza a Centurión foi o principal motivo para Kieza virar as costas ao clube. Pedir para não jogar a Libertadores e ir embora para o Vitória da Bahia. Foi muito alegre para longe do Morumbi. O próximo deve ser Michel Bastos. Ele está animado para jogar no Internacional. O ambiente é péssimo. E reflete no gramado. Bauza montou o São Paulo em um cauteloso 4-2-3-1. Como se os venezuelanos fossem os jogadores do Barcelona disfarçados de amarelo. O treinador argentino fez questão que o Trujillanos tivesse a posse de bola. E buscava preguiçosos contragolpes. Alan Kardec parecia ser o parceiro ideal a Centurión. Enquanto o argentino tropeçava na bola. O atacante mostrava desatenção, lentidão e falta de tesão. Parecia que estava jogando com os amigos depois de comer uma feijoada. Bruno e Mena, estavam amarrados com uma corda invisível. Não podiam apoiar. Hudson, precipitado, parecia que tinha alergia à bola. Ela queimava no seu pé. Carlinhos, a mesma malemolência, desinteresse. Passava raiva a quem acompanhava a sua lenta movimentação. Paulo Henrique Ganso e Thiago Mendes eram as exceções. Corriam, lutavam. Não guardavam posição. Queriam vencer a partida de qualquer maneira. Mas duas boas atuações não foram suficiente. Os venezuelanos foram acreditando no que parecia um sonho. E começaram a buscar o ataque. E acabaram marcando o primeiro gol. Aos 35 minutos, Granados cruzou da direita e Rojas subiu mais do que Lugano. Cabeceou muito bem. Trujillanos 1 a 0. Bauza ficou irritadíssimo. E, só aí, o São Paulo passou a marcar a saída de bola. E não demorou nada para dar resultado. Thiago Mendes descobriu Ganso livre. O meia dominou a bola e bateu forte. 1 a 1, dois minutos depois do gol dos donos da casa. Com o empate, estranhamente, voltou a apatia. E o primeiro tempo foi absolutamente igual. Na segunda etapa, Bauza fez o óbvio. Adiantou a marcação. E o São Paulo parecia que estava pronto para virar a partida. É necessário repetir dez vezes. Os venezuelanos são fraquíssimos. Um dos piores times da Libertadores. Aos 17 minutos, Carlinhos recebeu de Ganso. E Granados não tinha reparado na preguiça do são paulino. Se tivesse, não teria cometido pênalti. Paulo Henrique Ganso pegou a bola e bateu. No travessão... O São Paulo sustentou a marcação alta até os 30 minutos. Depois o time cansou e proporcionou três chances incríveis para os venezuelanos ganharem a partida. Desperdiçaram dois gols cara a cara com Denis. Bauza perdeu muito tempo com Centurion. Colocou Rogério no seu lugar. Kelvin no lugar de Carlinhos. E Caramelo na vaga de Bruno. O São Paulo se cansou. Não chutou para o gol. Não usou as laterais. Jogou muito mal.

Apático no primeiro tempo e improdutivo e cansado no segundo. "Não existe outra alternativa que não seja ganhar. Temos que focar nesse jogo. Não existe margem para erro, é o primeiro dos últimos jogos. Se não vencermos, ficará quase impossível classificar. Se o time não vencer, não há chance de avançar." Essa era a previsão de Lugano antes do jogo. O uruguaio sabia do que estava falando. O São Paulo teve a coragem de não vencer. Está extremamente complicado na Libertadores. Mais do que isso, demonstrou o quanto esse time precisa ser reformulado. É formado por jogadores fracos tecnicamente e espiritualmente. O time mostrou o pior dos pecados. A falta de vontade de vencer. Um grupo assim não merece representar o São Paulo Futebol Clube...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 16 Mar 2016 21:23:18

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