domingo, 13 de março de 2016

Palmeiras se livrou do esquema de Marcelo Oliveira. Dudu e Robinho puderam ser eles mesmos. E o time se impôs diante do São Paulo de Bauza. Vitória por 2 a 0, mostra a Cuca o caminho a ser seguido...

Palmeiras se livrou do esquema de Marcelo Oliveira. Dudu e Robinho puderam ser eles mesmos. E o time se impôs diante do São Paulo de Bauza. Vitória por 2 a 0, mostra a Cuca o caminho a ser seguido...




Bastou Marcelo Oliveira ser demitido e Dudu deixou de se iludir. Ele não tem o menor potencial para meia. É um dos melhores atacantes do país. Driblador, veloz, oportunista. E Alberto Valentim o colocou para jogar onde nasceu para atuar: na frente. Robinho ficou liberado da obrigação absurda de marcar. Atuou como meia. Os dois não só decidiriam o jogo, no Pacaembu, com dois belos gols. Mas mostraram o quanto estava errado o trabalho de Marcelo Oliveira. Cuca, que assumirá amanhã, teve a mostra que o time precisava se livrar do 4-2-3-1 de pebolim do antigo treinador. 2 a 0 Palmeiras contra o São Paulo de Bauza. Para quem gosta de estatísticas, o time verde não vencia o tricolor como visitante há muito tempo. Nada menos do que 14 anos. Apesar do jogo ter sido no Pacaembu, o mando era do São Paulo. Jogadores precisam retornar à sua origem. Como meia ser meia e não volante. Allione também teve uma boa movimentação. E Alecsandro, o melhor em campo, também pôde atuar onde gosta. Teve uma partida excelente. Mais recuado, se movimentou, começou inúmeros ataques. Desmontou o sistema defensivo são paulino, que esperava o jogador fixo como um poste, como atuava com o ex-treinador. Já o São Paulo foi frustante. Depois do excelente empate diante do River Plate, na Argentina, a postura diferente. Depois de um primeiro tempo com ritmo forte, marcação na saída de bola palmeirense. Criou chances para marcar, só que outra vez, o time não mostrou efetividade. Alan Kardec, Rogério e Rodrigo Caio tiveram oportunidades na cara de Fernando Prass. Perderam. E o time pagou por isso. O São Paulo perdeu consciência tática na segunda etapa. Ficou exposto. Deixou importantes jogadores rivais livres. O meio de campo ficou muito distante da defesa. Carlinhos foi especialmente mal. Proporcionou contragolpes que o rival não desperdiçou. Rodrigo Caio também atuou muito à frente. Deixando exposto Maicon. Mostrou o acerto de Bauza ao colocar Lugano na sua posição contra o River Plate. Está faltando visão e sobrando ansiedade ao impulsivo jovem zagueiro.

Bauza também desperdiçou os 30 minutos finais em que colocou Paulo Henrique Ganso em campo. Testou o meia bem mais adiantado do que normalmente. Quase na função de pivô. Foi péssima a experiência. Ele rende de frente para o gol adversário. Não de costas. Assim também como o treinador argentino está queimando Rogério. Ele tem um bom potencial atuando pela direita, como sempre fez a carreira toda. Improvisado na esquerda, seu rendimento é fraquíssimo. Melhor nem colocá-lo em campo deste lado do campo. Os últimos 45 minutos do lado tricolor foi assustador. Fernando Prass não teve de fazer sequer uma defesa importante. O time esteve entregue ao Palmeiras. O jogo valeu pelo Campeonato Paulista, mas teve importância como preparação para os dois times. A maior preocupação das duas equipes era observar, testar a postura para os duelos decisivos na caminhada da Libertadores. Precisam vencer o Trujillanos na Venezuela e o Nacional em Montevidéu. Bauza testou o que será o seu time atacando todo o primeiro tempo. Marcando forte a saída de bola adversária. Os volantes adiantados. Assim como os laterais. Sufocar para abrir boa vantagem no primeiro tempo. A parte mais difícil foi feita no primeiro tempo. O domínio são paulino foi total. Com atitude, personalidade, firmeza. Pouco permitiu ao Palmeiras. O grande problema do time, que irritava profundamente Bauza era a ausência de finalizações. Os jogadores simplesmente não chutavam a gol. Era como se quisessem trocar passes até dentro do gol de Prass. A boa surpresa foi a escalação de Daniel. Meia que foi contratado no final de 2014 do Botafogo do Rio. Ele sofreu duas operações seguidas no joelho direito. E só agora está restabelecido. Mesmo sem ritmo, mostrou habilidade, visão de jogo. Pode colaborar com o clube.

O São Paulo poupou Paulo Henrique Ganso, Thiago Mendes, Calleri, Lugano, Bruno. Nenhum deles começou a partida. Viram de fora o domínio são paulino. A equipe atuando no 4-2-3-1. Se impondo diante do 4-4-2 de Alberto Valentim. Muitos palmeirenses estranhavam voltar jogar nas suas posições. Era um time mais racional. Só que desentrosado. Arouca nitidamente tinha perdido o traquejo de ser segundo volante. Mas fixo, diante do assédio são paulino. Allione também se estranhava com meia. Assim como Robinho. Dudu também parecia não se conformar em atuar como atacante aberto pelas beiradas do campo. E mesmo Alecsandro não sabia o que fazer com a alforria de jogar livre, longe da área, de frente para o gol. E aproveitando seu potencial também nas assistências, nas enfiadas de bola. São Paulo e Palmeiras tiveram gols anulados de forma equivocada no primeiro tempo. O bom João Schmidt marcou de cabeça. E Dudu encobriu Denis. Ambos não valeram por precipitação dos bandeiras.Emerson Augusto de Carvalho e Carlos Augusto Nogueira Junior traíram a boa arbitragem de Raphael Claus. No segundo tempo, o São Paulo cansou. A marcação palmeirense também se adiantou. Ficou mais efetiva. Alberto Valentim soube explorar as jogadas em profundidade. Os contragolpes. Allione roubou de Carlinhos e lançou Alecsandro aberto na direita. O cruzamento foi perfeito para Dudu. 1 a 0, Palmeiras, aos 29 minutos. O gol destruiu os nervos dos são paulinos. Cansados, bem marcados, foram vítimas perfeitas para o segundo gol. Allione descobriu Robinho na entrada da área. Ninguém nunca saberá o que o meia tem contra o São Paulo. Porque suas obsessões por gols lindos diante do tricolor. E foi o que Robinho faz mais uma vez. Ele dominou a bola de pé esquerdo e acertou um chute indefensável para Denis. Palmeiras 2 a 0. A partida estava decidida. E deixa lições. Para o São Paulo, a necessidade de efetivar, marcar os gols quando tiver a oportunidade. Um time não pode aspirar algo importante se não chuta a gol. E Cuca deve perceber. O Palmeiras com Marcelo Oliveira era um time infeliz. Com jogadores atuando onde não gostam e rendem menos. O Campeonato Paulista cumpriu a sua missão. Serviu de treinamento para a Libertadores...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 13 Mar 2016 12:57:05

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