sexta-feira, 14 de outubro de 2016

O futebol brasileiro revoluciona o mundo. Faz o primeiro uso da tecnologia para definir um jogo. O Fla-Flu de Volta Redonda. Justiça. Mas a custo de muita hipocrisia e ilegalidade..

O futebol brasileiro revoluciona o mundo. Faz o primeiro uso da tecnologia para definir um jogo. O Fla-Flu de Volta Redonda. Justiça. Mas a custo de muita hipocrisia e ilegalidade..




O Brasil é um país revolucionário. E que deu sua contribuição ao futebol mundial, ontem em Volta Redonda. Mostrou como é importante o uso da tecnologia no futebol. O nobre trio que representou a arbitragem brasileira na Copa do Mundo de 2014, o árbitro e os auxiliares Fifa, proporcionaram uma enorme confusão no clássico Flamengo e Fluminense. Jogo importantíssimo para a disputa do título brasileiro e para classificação da Libertadores da América. Aos 39 minutos do segundo tempo, cobrança de falta para o Fluminense. A partida estava 2 a 1 para o Flamengo. Rodrigo Scarpa cobrou falta da intermediária. A bola viajou alta, chegou na cabeça de Henrique. Completamente impedido. A cabeçada foi à queima-roupa, indefensável para Muralha. Emerson Augusto de Carvalho acertou. Convicto, anulou o gol. Alegou impedimento. Henrique correu na sua direção gritando: "Eu,não. Eu, não", alegava não estar impedido. Impossível saber o motivo, já que o lance era todo do auxiliar, Sandro Meira Ricci resolveu confirmar o gol. Por ele, o lance havia sido legal. Só que neste meio tempo, o banco do Flamengo foi alertado. A televisão mostrava que o lance estava impedido. Todos os jogadores se levantaram e foram pressionar Sandro e Emerson. Gritavam que já sabiam que o gol fora ilegal. De maneira orquestrada, eles gastaram o máximo de tempo possível. Discutiram com os jogadores do Fluminense. Estava claro que queriam esperar que alguém, com acesso à tevê, avisasse os árbitros. A estratégia deu certo. Para os espiritualistas, veio uma mensagem do além avisando que Henrique estava impedido. Para os realistas, alguém avisou alguém do trio de juízes da Copa do Mundo. E Sandro Meira Ricci voltou atras, anulou o gol corretamente.

O que aconteceu em Volta Redonda foi vergonhoso. A estupidez da Fifa proíbe o recurso tecnológico nas decisões dos árbitros.Pode ser um recurso esdrúxulo que vai contra a justiça. Ao contrário do boxe, do vôlei, do futebol americano, onde os lances duvidosos são observados com calma, analisando as câmeras de televisão. A Fifa que foi comandada por corruptos assumidos, como bem provou o FBI e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, resiste à tecnologia. É muito possível para manipular resultados que a interesse. Pode ser. Mas as regras são regras. O que houve em Volta Redonda foi indecente. E terá reflexos no futuro do Brasileiro. Se Sandro Meira Ricci tivesse confirmado o gol, o Flamengo sofreria o empate aos 39 minutos do segundo tempo. Ninguém sabe como seria a reação do time de Zé Ricardo. Como o gol foi anulado, os jogadores conseguiram segurar a vitória que permite ao Flamengo encostar no Palmeiras. Chegou aos 60 pontos, contra 61 dos rivais, primeiros no Brasileiro. O Fluminense deixa de somar ponto fundamental na sua briga pela Libertadores. Levir Culpi e os jogadores foram proibidos de darem entrevistas, para não serem punidos. Quem deu entrevista foi apenas o diretor executivo Jorge Macedo. "O gol é validado. Os jogadores do Flamengo saem. E voltam logo depois pois ouvem uma interferência externa. O quarto árbitro e o delegado também aparecem. Todos dizem que a televisão mostrava o impedimento. Depois de muito tempo, o árbitro anula o lance. Então, uma interferência bruta. Essa regra ainda não está apta no futebol. Todo mundo solicita isso. Mas hoje essa interferência causou prejuízo muito grande ao Fluminense." "Na minha visão, a justiça foi feita. Mas é ruim, porque uma situação dessa tumultua o espetáculo. Ninguém vai poder falar que não houve justiça. O gol estava impedido", diz Zé Ricardo. "Eu sou o maior defensor do uso do vídeo no futebol brasileiro. Porém, no momento, ele é irregular. A regra é igual para todos e, neste jogo, não foi. Esse jogo, para mim, tem de ser anulado. Vamos tomar todas as medidas. Vamos pedir a anulação da partida", avisa Peter Siemsen, presidente do Fluminense, que cumpre a sua obrigação. Ameaça que vai tomar uma atitude. Mas ele sabe muito bem que será inútil sua ameaça. A CBF acaba de mudar o comando da arbitragem no Brasil. Tirou Sérgio Correa e colocou o tenente-coronel Marcos Marinho. Mas enquanto os juízes forem amadores, sujeitos à pressão, tudo seguirá na mesma. Foi a vitória da hipocrisia em Volta Redonda. Todos sabem o que aconteceu, mas ninguém confirmará. Ninguém é idiota. Lógico que houve interferência da tecnologia. Algo que está fora das regras. Mas no Brasil, vale tudo. Mais um lance vergonhoso que todos aceitam calados. Principalmente os beneficiados..



   

Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 14 Oct 2016 00:56:44

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