terça-feira, 4 de outubro de 2016

Palmeiras outra vez sofreu. Mas conseguiu a vitória fundamental. Venceu o Santa Cruz, em Recife, por 3 a 2. E abriu três pontos importantíssimos para o Flamengo. Faltam dez rodadas para o Brasileiro acabar...

Palmeiras outra vez sofreu. Mas conseguiu a vitória fundamental. Venceu o Santa Cruz, em Recife, por 3 a 2. E abriu três pontos importantíssimos para o Flamengo. Faltam dez rodadas para o Brasileiro acabar...




Foi um jogo alucinante. Cuca cumpriu a sua promessa. O Palmeiras sofreu outra vez contra um time mais do que ameaçado pelo rebaixamento. Mas conseguiu vencer o penúltimo Santa Cruz, em Recife, por 3 a 2, com grande atuação de Jaílson. Vitória fundamental na briga pelo título do Brasileiro. A vitória veio da alma. Não do esquema tático, da técnica. O futebol foi inconstante, o jogo, um sufoco. Mas o resultado garantiu os sonhados três pontos de vantagem sobre o Flamengo, que apenas empatou contra o São Paulo no Morumbi. Chegou agora a 57 pontos contra os 54 pontos do time carioca. Faltam só dez rodadas para o Campeonato Nacional acabar. Essa diferença pode pesar na busca do fim do jejum de 22 anos sem os palmeirenses conquistarem o Brasileiro. "Foi muito importante a vitória. Todos os jogadores do Palmeiras estão de parabéns. Não foi nada fácil vencer o Santa Cruz. Eles têm um belo time. A gente está conquistando o que tanto sonhamos. Estamos fazendo a nossa parte. O melhor, depois desse resultado, é que mais do que nunca tudo está nas nossas mãos. A briga pelo título só depende da gente", resumia, empolgado, Gabriel Jesus. O péssimo gramado do Arruda é uma vergonha. Cortado rente demais em um terreno irregular, cheio de buracos. A bola não rolava, quicava. Atrapalhando as duas equipes. O time de Doriva é técnico, tem jogadores com capacidade de dribles, dar lançamentos longos. O lastimável campo atrapalha demais a equipe que tenta a difícil salvação, permanecer na Série A. É mais um caso de profunda incompetência e visão dos dirigentes deste país. Cuca e Doriva precisavam desesperadamente dos três pontos. O líder Palmeiras tinha a obrigação de vencer o penúltimo do Brasileiro. O Flamengo de Zé Ricardo deu a bobeada que nem a Comissão Técnica palmeirense esperava. Empatar com o São Paulo em 0 a 0. Era chegada a hora de transformar a vantagem que era de um ponto, em três. Já o time pernambucano está mais do que caminhando de volta para a Segunda Divisão. Até a sua apaixonadíssima torcida deixou de acreditar em milagres. Tanto que apenas sete mil foram hoje incentivar o time. 2016 que começou tão alegre, com o retorno, depois de dez anos, à Série A, deve acabar com a enorme tristeza de novo rebaixamento. A equipe que Doriva tem nas mãos é fraca. Conta com alguns poucos valores individuais. Grafite é a maior exceção. Tem futebol para estar em uma equipe grande, brigando pelo título. O Santa Cruz sofre principalmente pelo seu sistema defensivo. Os volantes, dispersos. Neris e Danny Morais são lentos, inseguros e dão muita distância aos atacantes adversários. Estão sempre mal posicionados. O miolo da zaga do Santa Cruz é um grande atrativo para os adversários. Foi justamente o que Cuca explorou. Ele montou seu time para contragolpear em velocidade. Sabia do desespero pernambucano. Doriva tinha a chance da redenção. Conseguir derrotar o líder do Brasileiro poderia dar uma inesperada injeção de ânimo para os dez últimos jogos. E o Santa Cruz entrou para fazer uma marcação alta. Atrapalhar a saída de bola palmeirense. O elenco milionário, montado por Paulo Nobre, segue demonstrando a falta de meias talentosos. Jogou com Tchê Tchê, Moisés e Zé Roberto, um pouco mais à frente. Mas o trio atuava como três volantes. Com um constante ir e vir. Mas volantes. Não havia ninguém fazendo o papel propriamente de um meia. Cuca queria a velocidade, a explosão de Gabriel Jesus, Roger Guedes e Erik. O plano era se aproveitar de Neris e Danny Morais. Uillian Correia e Derley davam muito espaço. Quem estivesse com a bola dominada na intermediária, não tinha trabalho para servir o trio velocista palmeirense. Só que o Santa Cruz tinha de tentar ganhar o jogo. Se expor. Seus jogadores correram, mostraram muita raça, vontade, lutaram até não poder mais. Mesmo sabendo ser tecnicamente abaixo dos paulistas. Mas faltava talento. Isso continua ainda pesando. O Palmeiras muitas vezes se complicou porque outra vez não jogou bem. Suas linhas estavam muito distantes. Não havia recomposição, intensidade. O time se mostrava inferior fisicamente aos pernambucanos. Esta diferença física pesou. E esteve para tomar o gol em várias ocasiões. Jean estava especialmente mal na marcação. Aos 21 minutos, Dewson Fernando Freitas da Silva mostrou como são fracos os juízes da Comissão de Arbitragem da CBF. Neris cometeu pênalti infantil em Edu Dracena em bola cruzada na área. Lance limpo, claro. Mas cadê a coragem para marcar? O Santa Cruz crescia, ganhava coragem. Estava mais próximo do primeiro gol. Até que talento de Zé Roberto mudou o rumo das coisas. Em um ótimo ataque do Palmeiras, Erik serviu Zé Roberto. O jogador de 42 anos deu um toque sutil que encobriu o competente goleiro Edson. Foi um golaço, digno do amor de Zé Roberto ao futebol. Palmeiras 1 a 0, aos 32 minutos do primeiro tempo. O jogo ficou ainda mais tenso. O Santa Cruz partiu para o ataque, mas o Palmeiras conseguiu marcar, fechar a intermendiária. Só que falhava nos contragolpes. No intervalo, Doriva fez uma mudança inteligente, ousada. Tirou Derley e colocou o atacante Arthur. Cuca tirou Erik e colocou Leandro Pereira, atacante mais centralizado, definidor.


   

Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 03 Oct 2016 21:53:21

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