domingo, 30 de outubro de 2016

Santos deixou o Brasileiro vivo. Bateu o acovardado líder Palmeiras na Vila Belmiro. Copete fez o gol. Equipe de Dorival já é terceiro na classificação. Justa vitória do time que quis vencer o clássico...

Santos deixou o Brasileiro vivo. Bateu o acovardado líder Palmeiras na Vila Belmiro. Copete fez o gol. Equipe de Dorival já é terceiro na classificação. Justa vitória do time que quis vencer o clássico...




O Santos deixou o Brasileiro vivo. Venceu o líder Palmeiras na Vila Belmiro. A equipe de Cuca fez uma péssima, acovardada partida. Perdeu invencibilidade de 15 jogos no Campeonato Nacional. O colombiano Copete fez o gol decisivo, aos 22 minutos do segundo tempo. A vitória fez o Santos ultrapassar o Atlético Mineiro e já é o terceiro colocado no Brasileiro. O efeito colateral é ter diminuído a distância entre Flamengo e Palmeiras. Agora são cinco pontos faltando cinco rodadas para o Brasileiro acabar. Vitória do time que entrou para vencer. Castigo para o líder sem ambição. Se o Palmeiras vencesse abriria oito pontos sobre o Flamengo... "Eu trabalho com esse resultado de maneira natural. Time jogou com determinação. Agora é administrar a derrota que faz parte do contexto. É hora de ter cabeça fria", pedia o responsável pela derrota, Cuca. Desde os primeiros minutos ficou claro que Cuca fez seu time entrar para tentar empatar o jogo. O Palmeiras foi uma decepção. Talvez animado com o empate entre Flamengo e Atlético Mineiro, o treinador sabia que, a igualdade seria importante. Um ponto a mais daria ainda mais tranquilidade na liderança do Brasileiro. O pobre plano tático era amarrar o adversário. Cuca travou o time escalou Fabiano na lateral e deslocou Jean para atuar como volante, com Tchê Tchê e Moisés. Allione e Gabriel Jesus tinham primeiro de fechar os lados do campo, marcar para depois pensar em atacar. Dudu estava mais isolado que Roberto de Andrade na presidência do Corinthians. Fabiano e Zé Roberto deveriam se comportar como laterais dos anos 60, proibidos de atacar. O medo já começava no gol. Com a estreia de Vinícius Silvestre como goleiro do Palmeiras. Aos 22 anos, ele tinha de substituir Jaílson, suspenso. Cuca não quis pensar em Vagner, que falhou nos jogos que atuou. Foi coragem do treinador fazer tal escolha. Como um time pequeno, o time formava duas linhas. Quatro zagueiros e cinco jogados na intermediária. E contragolpes com poucos jogadores, dois, no maximo três. Falta de ambição irritante. Cuca entrou para empatar. Sonhava com um 0 a 0. Tudo muito pobre para o líder do Brasileiro. Dorival tinha a obrigação de tentar a vitória. Com o empate entre Flamengo e Atlético Mineiro, o treinador sabia que os três pontos faria sua equipe a terceira do Brasileiro. Mais do que sonhar com o título, que ele acredita ser quase impossível, ele quer a realidade. Se classificar direto para a fase de grupos da Libertadores. E só os três primeiros terão esse privilégio. Daí ele montar seu time no ataque. Mesmo sem o promissor Vitor Bueno, artilheiro do clube no Brasileiro, com dez gols, Dorival tinha de apostar no seu limitado elenco. Colocou Jean Mota tentando encostar em Renato Oliveira e Copete. Lucas Lima, no entanto, era quem tinha como missão a coordenação do time. Victor Ferraz e Zeca tinham a liberdade para jogarem como pontas e não como laterais. O onipresente Renato fez excelente partida, cobrindo os dois.

O Santos tinha muita vontade, coragem, foco para ganhar o clássico. Mas teve grande auxílio da covardia tática de Cuca. Ele queria os contragolpes, mas todo o Palmeiras estava marcando muito atrás. Faltou coragem para adiantar sua marcação. Complicar a saída de bola santista. Principalmente Lucas Lima teve muita liberdade. Erro primário. Ou seja, o Palmeiras passou a maior parte do jogo atrás, marcando. Foi constrangedor ver Gabriel Jesus marcando como um volante. Atuou atrás demais. Ele é o mais talentoso do elenco de Cuca. A sorte é que o Santos tem muito pouco recurso no seu elenco. A falta de dinheiro evitou reposição básica para a saída, por exemplo, de Gabriel Barbosa. O time queria vencer, mas pecava por capacidade. Não mostrava futebol capaz de animar seus torcedores. Muita troca de bola e falta de objetividade. Como os santistas sabiam que o Palmeiras tinha um jovem goleiro, resolveram chutar de qualquer distância. Mas Vinícius Silvestre não comprometeu. Fez boa partida. Não tremeu. O clássico foi tenso, muitas divididas ríspidas. Mas não teve muita emoção. Os goleiros pouco trabalharam. Mas o domínio do jogo foi santista. Tanto que ninguém estranhou quando, aos 22 minutos do segundo tempo, Lucas Lima desceu livre pela esquerda e cruzou. Ricardo Oliveira tapou a visão de Vinícius Silvestre. O goleiro cortou o cruzamento, mas não deu sorte. A bola bateu em Vítor Hugo e sobrou livre para Copete marcar. 1 a 0, Santos. Só perdendo o jogo, Cuca esboçou colocar seu time no ataque. Adiantou a marcação e colocou em campo Cleiton Xavier e Rafael Marques. Tirou os pouco inspirados Dudu e Alione. Mas a troca não deu resultado. O Palmeiras não conseguiu fazer nada de prático no ataque. Gabriel Jesus não tinha ninguém para fazer uma tabela, receber lançamento. Atuou irritado o tempo todo. Desconcentrado, nada produziu. O Palmeiras não teve força ofensiva. O Santos não teve trabalho para segurar a vitória. O Palmeiras ainda tem uma excelente vantagem. Cinco pontos são importantes, não definitivos. Mas o Brasileiro está vivo. Graças mais à covardia tática de Cuca. E não pela ousadia de Dorival Júnior. A disputa pelo Campeonato Nacional ainda está aberta. Com seu líder jogando cada vez pior...



   

Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 29 Oct 2016 21:29:20

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