segunda-feira, 13 de abril de 2015

A desculpa oficial do fim do indecente patrocínio da Crefisa aos árbitros: a Fifa proibiu. A extraoficial: Paulo Nobre implorou a Marco Polo para acabar. Excelente notícia para o Palmeiras...

A desculpa oficial do fim do indecente patrocínio da Crefisa aos árbitros: a Fifa proibiu. A extraoficial: Paulo Nobre implorou a Marco Polo para acabar. Excelente notícia para o Palmeiras...




Esta foi melhor notícia possível para o Palmeiras nas semifinais de Paulista. Os árbitros não usarão mais o logotipo da Crefisa e da Faculdades das Américas, empresas que patrocinam o clube. Há uma desculpa oficial e outra, extraoficial. A oficial é que a Fifa proíbe esse conflito de interesses. Não havia cabimento os árbitros serem bancados por empresas que patrocinam um clube envolvido na decisão do campeonato. O veto teria chegado à sede da Federação Paulista de Futebol. Sem saída, Marco Polo del Nero foi obrigado a recuar. E acabou. Acabou a indecente propaganda dos juízes nos jogos finais do Paulista. O coronel Marinho, responsável pela arbitragem, alegou na semana passada que enfrentaria até a Fifa. E que o campeonato era da Federação. Mas hoje teve de mudar seu discurso. Haveria a possibilidade de o campeão não ser reconhecido pela entidade máxima do futebol mundial. O que seria caótico. Agora há a desculpa extraoficial. Marco Polo del Nero é conselheiro vitalício do Palmeiras. Ele teria recebido um pedido de Paulo Nobre para acabar com o patrocínio. O presidente do clube já teria até o aval dos responsáveis pela Crefisa e da FAM. A publicidade foi negativa, um tiro no pé. As críticas foram muito além que a instituição financeira poderia imaginar. Paulo Nobre recebeu vários pedidos de conselheiros para atuar. E acabar com o que nos corredores do clube se batizou de "idiotice". Se o Palmeiras conseguisse ser campeão paulista, o título ficaria marcado para sempre. Seria amaldiçoado. Principalmente se um dos árbitros tivesse ajudado a equipe patrocinada pela Crefisa.

Ou até pior. Poderia ser prejudicado. No jogo contra o Botafogo, o Palmeiras foi prejudicado em lances cruciais. Marcelo Rogério não marcou um pênalti claro, evitou expulsar jogadores interioranos e, para sua sorte, Zé Roberto, impedido, perdeu um gol fácil. Fora isso, foi ridículo vê-lo com o mesmo patrocínio na camisa do time verde. O medo no Palestra Itália era que o árbitro de domingo no Itaquerão poderia prejudicar o clube, tentando mostrar isenção nos lances mais importantes. E acabasse ajudando o Corinthians. Paulo Nobre, a cúpula da Crefisa e Marco Polo del Nero finalmente entenderam. Os R$ 60 mil que a empresa disporia para bancar a alimentação, viagens, hospedagem e os gastos dos árbitros até o final do Paulista, eram indecentes. Não havia cabimento. Marco Polo del Nero deixou claro à revista Veja. A tevê, patrocinadores e taxas garantem nada menos do que R$ 130 milhões para a Federação Paulista. Por mais mesquinha que pudesse ser a diretoria da FPF, ela poderia dispor de R$ 60 mil para esses gastos com os juízes. Embora tardia, a decisão foi mais do que correta. Restabeleceu a credibilidade nesta decisão de Campeonato Paulista. Tirou toneladas de responsabilidade das costas dos juízes. A desconfiança de adversários do Palmeiras também sumiu. Se o time for campeão será por suas forças. Tudo o que aconteceu foi uma enorme lição. Primeiro para os executivos da Crefisa. Não há favores para a Federação Paulista em fase de decisão de campeonatos. Para Paulo Nobre, omisso diante da absurda decisão. Tinha de ter barrado a negociação no ato. E para Marco Polo. Apesar do seu sobrenome, Nero só houve um. Ele não é imperador de Roma. É um dirigente de futebol e suas decisões são passíveis de críticas, muitas críticas. Não há como virar as costas. Fingir que uma empresa que coloca R$ 43 milhões em um clube não tem interesse em vê-lo campeão. Por isso, o final dos tempos seria fazer qualquer favor para os árbitros de seus jogos. Seja qual for o motivo, a Fifa ou o pedido de Paulo Nobre, a decência prevaleceu. Acabou o maldito patrocínio dos juízes na decisão do Campeonato Paulista. Para o bem da Crefisa, da Federação Paulista e árbitros, da credibilidade do futebol. Mas, principalmente, para o Palmeiras...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 13 Apr 2015 13:07:29

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