domingo, 12 de abril de 2015

Rogério Ceni mudou o rumo. Foi o personagem principal na reviravolta do São Paulo contra o Red Bull. Garantiu a semifinal do Paulista e confiança no duelo da Libertadores...

Rogério Ceni mudou o rumo. Foi o personagem principal na reviravolta do São Paulo contra o Red Bull. Garantiu a semifinal do Paulista e confiança no duelo da Libertadores...




Uma cobrança perfeita de falta de Rogério Ceni. E a história de São Paulo e Red Bull mudou radicalmente. O gol do ídolo de 42 anos fez um enorme bem para seu clube. A vitória por 3 a 0 não só classificou a equipe para a semifinal do Paulista. Mas resgatou a confiança, fundamental no confronto contra o Danúbio, no Uruguai, pela Libertadores, quando a vitória também será obrigatória. Rogério Ceni foi fundamental na classificação de hoje. Apesar da diferença técnica entre os times, o São Paulo estava sendo envolvido pelo Red Bull. Mauricio Barbieri colocou seu time marcando a saída de bola. Ele queria se aproveitar da falta de controle emocional do time de Milton Cruz. A insegurança era nítida quando o jogo começou. Cada atleta de camisa tricolor sabia da pressão que enfrentaria em caso de derrota. O time todo se culpava pela demissão de Muricy Ramalho. Não se esforçou para tentar salvar o emprego do técnico que sofria com diverticulite, arritmia e pedras na vesícula. Só que hoje tinham de jogar por cada um. Eles têm plena consciência que um novo treinador será contratado. Por enquanto, Alejandro Sabella é o nome mais divulgado pela diretoria. Mas que ninguém se esqueça de Mano Menezes. Ou do próprio Vanderlei Luxemburgo, em caso de o Flamengo não ganhar o Campeonato Carioca. Portanto, precisavam vencer o novado Red Bull e seguir adiante. Milton Cruz sabia que seu time não tinha condições psicológicas para arriscar. E, vivido, montou o São Paulo em um seguro 4-5-1. Sua intenção era preencher o meio de campo. Travar o time leve e atrevido de Barbieri. O Red Bull disputava pela primeiras vez a Primeira Divisão do Paulista. Não tinha nada a perder. Muito pelo contrário. A sensação no clube empresa era que a campanha havia sido ótima. Importante. Os jogadores estavam em um mata-mata nas quartas contra o grande São Paulo. Só que os atletas queriam mais. Assim como seu técnico. E trataram de tentar aprontar uma enorme zebra. Marcando a saída de bola do São Paulo, eles complicaram a partida no seu início. Tiveram o domínio do jogo. Edmílson teve duas chances excepcionais, cara a cara com Rogério Ceni. Mas o rodado atacante pareceu um juvenil. E chutou em cima do goleiro. Lulinha também teve sua chance. Deu de letra e Ceni defendeu. Outra vez, Ganso era vaiado com razão pelos torcedores não conseguia armar. A maior esperança do time era o canhoto Michel Bastos, atuando como se fosse ponta direita. Milton Cruz queria utilizá-lo como Guardiola faz com Robben. Na frente, Alexandre Pato esperava qualquer sobra. Não tinha coragem de sair da área para tentar a tabela. Mesmo com três volantes, Denílson, Souza e o estreante Wesley, o São Paulo era envolvido pelo bom toque de bola do time campineiro. Os 18 mil torcedores que foram ao Morumbi se mostraram irritados, tensos. A situação estava péssima para o São Paulo. Parecia questão de tempo para o Red Bull fazer seu primeiro gol. Se ele acontecesse, a impressão era que o time de Milton Cruz desabaria.

Foi quando aos 42 minutos, Alexandre Pato recebeu a bola. E decidiu partir para cima dos zagueiros. Na entrada da área tomou um pontapé de Romário. Os jogadores do Red Bull perceberam o que fizeram. Falta a caráter para Rogério Ceni. Ele foi para a batida. Os atletas campineiros tentaram tumultuar, enervar o veterano ídolo. A falta levou dois minutos para ser cobrada. E quando foi, mudou o jogo. Rogério Ceni colocou Paulo Henrique junto à barreira, para tirar a visão de Juninho. O goleiro do Red Bull tentou adivinhar. Imaginou que a bola iria no outro canto, por cima do batalhão de atletas que tinha à sua frente. Deu um passo para a direita. Foi suicídio. Rogério cobrou a bola na direção de Ganso, que se abaixou. 1 a 0 São Paulo, aos 44 minutos do primeiro tempo. Era a 127ª vez que tinha o prazer de estufar as redes adversárias. Nunca um goleiro na história teve tamanha ousadia. O gol mudou todo o panorama da partida. No segundo tempo, o Red Bull se escancarou tentando o empate. Era tudo o que Milton Cruz e seus jogadores sonhavam. Campo para jogar. Com maior técnica e melhor preparo físico, o São Paulo se impôs. Logo aos cinco minutos, Ganso deixou Pato livre. A dupla tão desacreditada funcionou. São Paulo 2 a 0. Os próprios jogadores do Red Bull sabiam que tudo estava perdido. O golpe de misericórdia veio em um excelente cruzamento de Michel Bastos, o Robben de Milton Cruz, para Ganso. O meia fez o que tanto Muricy Ramalho pedia. E cabeceou para as redes. 3 a 0. Depois do sufoco inicial, vitória incontestável do São Paulo. Classificado para as semifinais do Paulista. E mais confiante, espiritualmente mais forte para lutar pela vitória obrigatória no Uruguai, contra o Danúbio. Enquanto isso, os dirigentes garantem que Alejandro Sabella está mais próximo. Mas isso fica para depois. Hoje a missão foi cumprida. Com marcante participação do eterno Rogério Ceni...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 11 Apr 2015 21:02:55

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