domingo, 19 de abril de 2015

O Itaquerão é verde. O Palmeiras está na final do Campeonato Paulista. Despachou o invicto Corinthians nos pênaltis. Graças a Fernando Prass...

O Itaquerão é verde. O Palmeiras está na final do Campeonato Paulista. Despachou o invicto Corinthians nos pênaltis. Graças a Fernando Prass...




O Itaquerão é do Palmeiras. O time acabou com o favoritismo e tirou o Corinthians da decisão do Paulista. Jogando no limite, a equipe de Oswaldo de Oliveira conseguiu empatar a partida em 2 a 2. E nos pênaltis despachou a equipe de Tite: 6 a 5 nas penalidades. Fernando Prass defendeu as cobranças de Elias e Petros. Os corintianos deixaram o campeonato invictos. Os palmeirenses volta à uma decisão de estadual depois de sete anos. "Estamos trabalhando, não começamos muito bem o campeonato, mas éramos um time em formação. Estamos mostrando nosso valor. Falamos que não existia time imbatível", comemorava muito Dudu. Tite foi muito esperto. Sabia que seu elenco já começava a demonstrar cansaço. Ter a obrigação de disputar decisões seguidas, na Libertadores e no Paulista era demais. Até consultou seus preparadores físicos e fisiologistas. Mas a decisão foi toda dele. Tirou quem precisava e poderia. Deixou Elias e Renato Augusto na reserva. Não tinha Emerson Sheik suspenso, descanso necessário. O treinador tratou de colocar Bruno Henrique, Danilo e Mendoza. Trocou Fábio Santos por Uendel, para melhorar seu poder de marcação. Manteve Vagner Love na vaga de Guerrero, com dengue. Com essas alterações, Tite montou uma equipe capaz de ganhar do Palmeiras no Itaquerão. E ainda preservar seus titulares contra o São Paulo, pela Libertadores, na quarta-feira. A proposta do técnico era montar o Corinthians compacto, agrupado, vibrante. O esquema predileto em prática, 4-1-4-1. Além de intensidade, ele queria que Fagner explorasse ao máximo o que considerava o ponto fraco do adversário: a improvisação do zagueiro Wellington na lateral esquerda. O Palmeiras de Oswaldo de Oliveira ficou uma semana inteira só se preparando para o jogo. Fisicamente estaria mais fisicamente, já que não disputa a Libertadores. Mas teria um desfalque importantíssimo. E sem querer: Zé Roberto não se recuperou a tempo de contusão para disputar a semifinal. Como João Paulo também está machucado e Egídio não tem condições legais, o time foi obrigado a improvisar. E colocou um jogador lento para defender seu lado esquerdo.

Oswaldo queria que seu time dominasse o meio de campo. Com jogadores de bom toque de bola, com a maior esperança nos pés de Valdivia, ao lado de Robinho e Arouca. Na frente, o velocista Dudu e o limitado Rafael Marques mais à frente. A rivalidade aflorou. Os dois times disputaram uma partida vibrante. Nada tinha de truncada, como costumam ser as decisões. Muito pelo contrário. As equipes queriam vencer. Sabia que valia a vaga para a final. Logo aos seis minutos, Fagner mostrou que levaria vantagem sobre o improvisado Wellington. O lateral corintiano cruzou e Mendoza ficou livre. Chutou e a bola bateu em Victor Ramos. A sorte acompanharia o Palmeiras. Sete minutos depois, um simples escanteio. Robinho bateu, Victor Ramos cabeceou nas costas de Felipe, a bola no peito do palmeirense. Ele a dominou e estufou a rede de Cássio. 1 a 0. O gol não calou o Itaquerão. Pelo contrário. Os torcedores corintianos passaram a gritar até mais. O Palmeiras de Oswaldo cometeu um erro grave. Recuou demais e de forma precoce. O plano era explorar os contragolpes. Mas tudo o que aconteceu foi dar mais confiança ao rival. O Corinthians passou a dominar as intermediárias. E como Tite aprendeu na Europa. Seu time de posse de bola, passou a inverter as jogadas, cansando, iludindo os palmeirenses. Faltavam apenas mais chutes a gol. Até que uma mera falta na intermediária. Jadson bateu com muito talento. Encobriu o desesperado Wellington. Encontrou a certeira cabeçada de Danilo: 1 a 1, aos 33 minutos do primeiro tempo. O gol mexeu com os nervos palmeirenses. A insegurança era evidente, transparente. Parecia uma questão de tempo para o segundo gol. E foi isso mesmo. Com incrível liberdade, o colombiano Mendoza recebeu de Bruno Henrique. Levou a bola como quis e bate forte, cruzado da entrada da área. O chute foi no canto esquerdo de Fernando Prass: 2 a 1, Corinthians, aos 44 minutos. No intervalo, o Palmeiras precisava reagir. Oswaldo enxergou. Tirou Lucas, já que o Corinthians atacava pouco demais pela esquerda. Colocou Cleiton Xavier. A entrada era obrigatória porque Valdivia não conseguia jogar. Ralf marcava bem e além disso, o chileno não estava bem fisicamente, não suportava o ritmo intenso da partida. Tite decidiu montar duas linhas de quatro, para marcar o Palmeiras. Só que faltava entrosamento nos vários reservas que tinha em campo. Principalmente pelo lado de Mendonza. Oswaldo forçava pelo lado direito, explorava as costas de Fabio Santos. O colombiano não conseguia cobrir, defender como era sua obrigação. Aos quinze minutos, um lance lindo. Cleiton Xavier deixou Dudu livre na entrada da área. O toque sutil, no canto esquerdo. Cássio fez estupenda defesa, resvalou na bola que, caprichosa, foi beijar a trave. O Palmeiras seguiu pressionando. E os corintianos não conseguiam encaixar os contragolpes sonhados por Tite. Oswaldo tirou Valdivia e o sacrificado Wellington. Gabriel Jesus e Kelvin para correr, incendiar ainda mais a partida. Lamentável foi a atitude do chileno. O técnico palmeirense esticou a mão para cumprimentá-lo. O meia fingiu que não viu. E saiu de cabeça baixa. Deveria ser multado, punido. Mas o Palmeiras o trata de maneira diferenciada. Daí os abusos. Sem Valdivia, o Palmeiras melhorou muito. E a justiça se fez. Pelo lugar mais previsível. Dudu cruzou por trás da zaga. Fabio Santos disputava espaço com Gabriel. A bola chegou livre, limpa para Rafael Marques, livre. Mendoza, que o deveria estar marcando, ficou apenas assistindo. A cabeçada foi indefensável para Cássio: 2 a 2, aos 29 minutos.

O Corinthians já tinha Elias e Renato Augusto em campo. Mas o quarto final da partida foi absolutamente emocionante, equilibrado e sem grande chances de gol. Chegariam as penalidades. Robinho começou batendo para o Palmeiras. Nervoso, cobrou por cima, longe do gol de Cássio. Fábio Santos bateu no canto, a bola tocou na trave esquerda e entrou. Rafael Marques empatou, cobrando no canto direito alto. Renato Augusto marcou, chutando forte no meio do gol. Victor Ramos desloca Cássio. Fagner cobra no canto direito e marca. Cleiton Xavier, frio como um pedaço de iceberg, engana o goleiro corintiano. Ralf marca iludindo Fernando Prass. Dudu bate no canto direito, Cássio quase defende. O placar está 4 a 4. Bastaria Elias marcar e o Corinthians se garantiria na final. Mas Fernando Prass defendeu a cobrança a meia altura no canto direito. Nas alternadas, Kelvin e Gil marcaram. Jackson colocou o Palmeiras na frente, 6 a 5. Petros foi para a sua cobrança. E cobrou no cantinho esquerdo. O goleiro se esticou e espalmou a bola. Palmeiras, depois de sete anos, classificado para a decisão do Paulista. Aos corintianos, eliminados de forma invicta, sobrou a Libertadores. Hoje, 19 de abril de 2014, o Itaquerão ficou verde...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 19 Apr 2015 18:31:29

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