quinta-feira, 16 de abril de 2015

Vitória sobre o Danubio provoca revolução no São Paulo. Tentar buscar Luxemburgo se Sabella continuar a enrolar. E premiação especial contra o Santos e, especialmente, contra o Corinthians na Libertadores...

Vitória sobre o Danubio provoca revolução no São Paulo. Tentar buscar Luxemburgo se Sabella continuar a enrolar. E premiação especial contra o Santos e, especialmente, contra o Corinthians na Libertadores...



A foto acima é muito significativa. Mostra a euforia, o orgulho da maioria dos jogadores do São Paulo após a brigada vitória contra o Danúbio. O time continua vivo na Libertadores da América. Milton Cruz fez questão de posar sorrindo com a virada. Sabe que o time foi mal, suou sangue, mas conseguiu os fundamentais três pontos em Montevidéu. O vice presidente Ataíde Gil Guerreiro também quis estar na fotografia. Para mandar um recado a seus companheiros de diretoria que o querem longe do futebol. Ele continua mandando. E bancando a permanência de Milton até um novo treinador chegar. Luiz Fabiano está de braços cruzados. Não pertence mais ao grupo. Ele sabe que Carlos Miguel Aidar se cansou de suas contusões, as estranhas ausências em jogos importantes. Seu contrato não só não será renovado no final do ano como já tem a liberação de acertar a ida para Orlando City, time de Kaká. Se preciso for, o presidente do São Paulo compra até uma sofisticada mala de pele de crocodilo e vai até Cumbica com um lenço no bolso para dar adeus. Alexandre Pato já foi avisado. Se quiser continuar no clube em 2016 terá um corte de metade no seu salário. Nada dos R$ 800 mil mensais, somando a metade que o Corinthians paga. E muito menos os R$ 40 mil de auxílio-moradia, gentileza do Parque São Jorge. O São Paulo sabe que seguir ou não na Libertadores dependerá do desempenho do rival Corinthians. O time de Tite precisa vencer o San Lorenzo hoje para deixar o caminho mais fácil. Assim, bastaria um empate no duelo paulista, marcado para o Morumbi, na próxima quarta-feira. "Jamais vou torcer para o Corinthians", garantiu Rogério Ceni, ontem. O veterano goleiro fez questão de não estar na foto de ontem. Ele sabe que jogou mal. Falhou em reposições e, principalmente, no gol do Danúbio. Por mais que jornalistas tentassem protegê-lo, alegando o forte vento contra sua meta, ele assumiu. Errou, não conseguiu defender o chute de longe de Leandro Sosa. Mas a participação de Ceni foi muito além do que aconteceu como goleiro. Foi quem cobrou os jogadores no vestiário e no gramado. Falou, orientou tanto ou até mais do que Milton Cruz. Por isso mesmo não se perdoava pelo gol sofrido que tornou o jogo dramático. A vitória da maneira como aconteceu teve um efeito psicológico benéfico. O time readquiriu confiança para os dois próximos jogos fundamentais. A semifinal do Campeonato Paulista e o confronto decisivo pela sobrevivência no grupo da Morte da Libertadores contra o Corinthians. Milton Cruz e Ataíde apelam para a mística da eterna dificuldade de vencer uma equipe uruguaia atuando em casa. Pouco importa a fragilidade técnica do Danúbio, que conseguiu perder até agora todos os seus jogos. O que pesa é a raça. Os jogadores deverão ter um incentivo a mais nestes próximos combates: dinheiro. O presidente Aidar fez questão de admitir o acerto com a Under Armour, dispensando a atual Penalty. A empresa norte-americana pagará R$ 18 milhões por ano até 2019. E mais, fechou ontem o patrocínio por um ano com a Copa Airlines, empresa aérea panamenha. Serão mais R$ 4 milhões por um ano. Por isso o time colou no uniforme na batalha de ontem, de forma amadora, o logotipo das empresa. Isso deverá se repetir apenas em mais um jogo. O acordo é de colaboração em mídias sociais. Não tem nada a ver com uniforme.

Esse reforço no caixa chega em hora importante. O clube está para anunciar o déficit de mais de R$ 100 milhões no seu balanço. Mesmo diante desse quadro negativo, os atletas já foram avisados. Terão direito a premiações se o clube chegar à final do Paulista e se classificar para a Libertadores. Serão bônus para fazer com que o presidente Aidar cumpra a sua palavra de "comer uma peixada" no domingo, ironizando uma vitória contra o Santos. Há, porém, uma vontade além do normal para que o time não passe vexame na próxima quarta-feira, contra o Corinthians. Vale até mais a questão de honra não ser derrotado pelo rival do que a classificação para a segunda fase da Libertadores. O grande medo é ser eliminado da competição que o clube mais deseja em 2015 pela equipe do inimigo Andrés Sanchez. Os jogadores do São Paulo já sabem desse incentivo. Enquanto isso, Aidar pressiona Ataíde em relação a uma definição sobre Alejandro Sabella. O treinador argentino continua insistindo que deseja trabalhar no futebol inglês. Agora mandou avisar que, mesmo que o Manchester City não o quiser, pode esperar outra equipe britânica. Carlos Miguel está articulando um contragolpe. E colocar o técnico que ele deseja e não Sabella, projeto de Ataíde. Assim que o Flamengo terminar sua participação no Campeonato Carioca, se o argentino não estiver contratado, ele vai partir para cima de Vanderlei Luxemburgo. Com a possibilidade até de pagar a multa de R$ 1,2 milhão. Depois disso, o presidente do São Paulo promete se fixar na reformulação do Morumbi. Está cada vez mais irritado com o estádio estar ultrapassado em relação ao Itaquerão e ao novo Palestra Itália. Vai trabalhar para conseguir apoio entre os conselheiros para que o seu novo projeto seja aprovado. E não fracasse como no dia da sua eleição, em 2014...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 16 Apr 2015 10:18:26

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