terça-feira, 21 de abril de 2015

Até a diretoria do Flamengo já sabe. Aidar se cansou de esperar por Sabella. E prepara nova proposta para Vanderlei Luxemburgo: dois anos para reformular o São Paulo. Felipe Mello é o primeiro sonho...

Até a diretoria do Flamengo já sabe. Aidar se cansou de esperar por Sabella. E prepara nova proposta para Vanderlei Luxemburgo: dois anos para reformular o São Paulo. Felipe Mello é o primeiro sonho...




No São Paulo, conselheiros já falam abertamente. Basta o time ser eliminado da Libertadores amanhã pelo Corinthians e começará uma revolução no futebol do São Paulo. O primeiro ato de Carlos Miguel Aidar será oferecer o que for preciso para tirar Vanderlei Luxemburgo do Flamengo. O dirigente está cansado da postura dúbia de Alejandro Sabella. A cada telefonema do vice Ataíde Gil Guerreiro, o argentino pede mais prazo para dar sua resposta. Aidar está irritado. Sabe que, na verdade, sonha com a confirmação do interesse do Manchester City. Na Inglaterra, no entanto, seu nome nem é cogitado. A vaga para substituto do substituto Manoel Pelegrini estaria sendo disputada entre dois outros europeus. Patrick Vieira, ex-jogador da Seleção Francesa e atual treinador do time sub-20 do Manchester City. E o badalado Jurgen Klopp que já anunciou o fim de sua permanência no Borussia Dortmund. Fora especulações sobre Carlo Ancelotti e até Guardiola. Ou seja, o treinador vice da Copa do Mundo de 2014 não é levado em consideração. Mesmo assim, ele segue sem responder ao São Paulo. Nem sim nem não. Aidar já teria perdido a paciência, garantem conselheiros ligados ao presidente. Exige mudanças no futebol agora. A maneira apática que o time se comportou diante do Santos, na derrota pela semifinal do Paulista, teria sido a gota d"água.

Não há alegria e nem esperança em uma reviravolta do time comandado por Milton Cruz. Aidar quer uma novidade de impacto para desviar o foco da eliminação precoce do São Paulo na Libertadores, ainda na fase de grupo, com uma derrota diante do Corinthians em pleno Morumbi. E sabe: atualmente só há uma notícia que faria a mídia parar de desvalorizar seus jogadores, questionar sua administração confusa. A contratação de um técnico com capacidade de chamar a atenção, ganhar as manchetes. E o nome é mesmo Vanderlei Luxemburgo. No telefonema que Aidar confirmou ter dado ao funcionário do Flamengo, ele ouviu que não haveria como sequer negociar. Vanderlei estava na disputa da fase decisiva do Campeonato Carioca. Essa foi apenas uma parte da conversa. A outra foi a lamentação imensa do treinador. Ele confirmou que sempre teve o desejo de trabalhar no Morumbi. Elogiou a infraestrutura, a importância do clube no cenário internacional. E o quanto estava orgulhoso pelo convite. Abriu a brecha que, depois do Carioca, seria possível sim uma nova investida.

Aidar já havia combinado com Ataíde. Seria ofertado a Sabella um contrato de dois anos. Salários de R$ 500 mil. O Daily Mail divulgou que o argentino era apenas o 22º salário entre os 32 técnicos no Mundial do Brasil. Recebia R$ 1,8 milhão por ano. Ou seja, R$ 150 mil. Salário baixo demais para o futebol brasileiro. Esse foi um dos motivos pelos quais ele deixou o comando da Argentina. De nada adiantou a AFA oferecer o dobro, R$ 300 mil. Geraldo Martino, seu substituto, ganha R$ 250 mil. Luxemburgo renovou com o Flamengo por R$ 450 mil mensais. Mais cinco camisas e 15 ingressos por jogo. Ele gosta de deixar essa cláusula no contrato para não ter de pedir camisas ou ingressos aos dirigentes. Sempre foi assim. Esperto, o treinador sabe que pode exigir do São Paulo até mais do que foi oferecido a Sabella. Mas lhe agrada a proposta de dois anos. Com a derrota para o Vasco e a eliminação do Flamengo no Campeonato Carioca, Luxemburgo poderia agora conversar com o São Paulo. O presidente Eduardo Bandeira de Mello é muito grato ao técnico. Na sua avaliação, ele conseguiu salvar o clube do quase inevitável rebaixamento no Brasileiro de 2014. E ainda reformulou o departamento de futebol. Sabe que Vanderlei está muito tentado a treinar o São Paulo. Nas últimas horas surgiu o boato que o Grêmio estaria interessado no seu retorno. Luiz Felipe Scolari teria recebido proposta milionária da China. Aidar soube da novidade e não gostou. Por isso pressiona ainda mais Ataíde pelo treinador carioca.

Muito próximos, Bandeira de Mello não criará grandes obstáculos se trabalhar no Morumbi for vontade de seu treinador. Basta concretizar novo convite de Aidar. O que a própria diretoria flamenguista tem a certeza que vai acontecer. Se for confirmada a eliminação do São Paulo na Libertadores amanhã. A multa que conselheiros adiantavam ser de R$ 1,2 milhão, na verdade é de apenas um salário, R$ 450 mil. Aidar se identificou com Vanderlei. Os dois são vaidosos, enérgicos, egocêntricos. O presidente quer uma reformulação completa não só no elenco, mas no perfil são paulina. Deseja uma equipe mais competitiva, aguerrida, intensa. Não a omissa, derrotista, sem gana que tem visto desde que assumiu. Ainda com Muricy, ele já mandava recados. Queria um São Paulo brigador, corajoso. O técnico que estava adoentado ficou revoltado com as indiretas que chegavam aos seus ouvidos. O presidente não queria mexer no ex-treinador. Sabia de sua história, seu prestígio com os torcedores e com os jornalistas. Mas a diverticulite e as pedras na vesícula resolveram a questão. Aidar está apenas suportando Milton Cruz. O fracasso no Paulista já veio. Agora basta nova queda amanhã na Libertadores e começara a sua sonhada reformulação. Jogadores como Paulo Henrique Ganso, Luís Fabiano, Rafael Toloi, Paulo Miranda, Edson Silva, Bruno e Denílson podem deixar o clube. Alan Kardec não está garantido. Alexandre Pato só não está na lista porque tem contrato até dezembro e o Corinthians não aceita a antecipação da devolução. Há até dúvidas se Rogério Ceni pode antecipar sua aposentadoria em caso de fim de participação na Libertadores.

Aidar e Ataíde garantem que não farão como Juvenal Juvêncio. Não serão eles que escolherão os reforços na montagem do novo São Paulo que desejam. Deixarão os nomes a cargo do novo treinador. Mas um nome está no coração do presidente há muito tempo. Felipe Mello, do Galatasay. Sua vibração, o inconformismo com a derrota fascinam o dirigente. Ele está se recuperando de operação em uma hérnia lombar. Não será uma contratação fácil. Ele é ídolo na Turquia. Mesmo Juvenal tentou comprá-lo por duas vezes. Mas não conseguiu. Mas tudo indica que Aidar fará nova tentativa pelo volante da Seleção de 2010. Ele seria o novo tipo de líder que deseja no time. Uma reedição de Chicão, nos anos 70. Com muita amizade com os conselheiros, Milton Cruz sabe desses planos dos dirigentes. Tentará apenas adiá-los, exigiu luta dos jogadores para derrotar o Corinthians e classificar o São Paulo para os mata-matas da Libertadores. Mas o clima no Morumbi é de descrença. E nos dirigentes, ansiedade por uma profunda reformulação. Há apenas uma certeza: as coisas não continuarão como estão...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 21 Apr 2015 10:11:53

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