domingo, 14 de fevereiro de 2016

A fraca zaga faz o São Paulo seguir freguês do Corinthians no Itaquerão. Quatro clássicos e quatro derrotas. Ótimo embalo para a estreia do time de Tite na Libertadores. Aviso para Leco: com Lucão, a equipe de Bauza não chegará a lugar algum...

A fraca zaga faz o São Paulo seguir freguês do Corinthians no Itaquerão. Quatro clássicos e quatro derrotas. Ótimo embalo para a estreia do time de Tite na Libertadores. Aviso para Leco: com Lucão, a equipe de Bauza não chegará a lugar algum...




Foi um duelo físico, tático e de muita raiva. E o Corinthians se impôs novamente. Não deu chance para a revanche dos 6 a 1 em 2015. Com garra, luta e estratégia, nova justa vitória no Itaquerão. Foi a sua quarta partida diante do tradicional rival. E quarto triunfo. Hoje tem de agradecer ao péssimo desempenho da zaga adversária. O time de Tite se aproveitou primeiro de Lucão e depois de uma falha coletiva da instável defesa adversária. Bauza terá mais motivos para insistir com os dirigentes. Precisa de Lugano e outro novo zagueiro, de forma urgente. Venceu o São Paulo por 2 a 0. E aproveitou uma das únicas razões do Campeonato Paulista existir: dar embalo para a Libertadores da América. "Não vou esconder. Lógico que incomoda ficar perdendo clássicos. Nós lutamos muito. Mas foram erros nossos que proporcionaram a vitória ao Corinthians. Erramos e pagamos caro", disse, irritadíssimo, Dênis. O goleiro deixou transparecer o clima no Morumbi. O São Paulo negou o tempo todo que estivesse incomodado com o clássico. E que as três derrotas passadas, com o histórico 6 a 1 pertenciam ao passado. Não era desse grupo. Só que as respostas nas coletivas já não convenceram ninguém. Foi claríssimo o clima de revanche. Bauza estudou muito o Corinthians de Tite. Sabia que, mesmo com seu rival ainda buscando uma nova equipe, seria dificílimo sair com vitória em Itaquera. Se conseguisse, ganharia muita moral para a estreia da Libertadores. E o argentino tratou de usar a mesma estratégia de seu rival. Bater os 4-1-4-1 que tanto sucesso fez no Corinthians. E preparou o espírito do seu time da maneira que o consagrou na LDU e no San Lorenzo. Fez com que seus jogadores fizessem o contrário dos 6 a 1 do final de 2015. A ordem era partir para a dividida forte, lutar por centímetros de grama, dar a alma em campo. Fazer de tudo para não sair derrotado. Congestionando as intermediárias, ele pretendia acabar com as triangulações pelas laterais, que Tite tanto adora. Fazer seus volantes e meias encurtar, acabar com o espaço para o toque de bola corintiano. E explorar a velocidade de Centúrion em cada roubada de bola. Para os cruzamentos na área, procurando Calleri e a Michel Bastos na esquerda. Só que Tite sabia que teria uma guerra pela frente. E tratou de tirar o oxigênio do São Paulo. Fez seu time marcar de forma inclemente a saída de bola dos rivais. A ordem era encurralar a zaga rival, marcada pela insegurança. O treinador sabia o que fazia. O jogo era tenso, brigado. Como são os clássicos. Ainda mais com times em formação, com jogadores dos dois lados querendo se firmar. Cada dividida era a chance de tentar agradar sua torcida. Uma pena que Luiz Flávio de Oliveira tenha sido tão omisso. Permitido várias entradas desleais de lado a lado. Para ficar bem dos dois lados, evitou distribuir cartões. Sabia que fizesse isso, seria obrigado a expulsar jogadores. Era tudo o que não queria. Só no primeiro tempo, Guilherme Arana deu um pontapé em Bruno e Calleri pisou em Felipe. Os dois poderiam receber cartões vermelhos. Mas Luiz Flávio não quis se comprometer. Empurrado pela torcida, a iniciativa do jogo era do Corinthians. O São Paulo tentava claramente os contragolpes. A briga na intermediária era o que chamava a atenção. Tanto Tite como Bauza queriam primeiro proteger sua defesa. As chances de gols eram raras. Até que Lucão entrou em ação. A bola foi lançada na defesa são paulina. Ele se afobou e chutou a bola em cima de Mena. Ela voltou. Não satisfeito, o zagueiro faria outra imperdoável bobagem. Dênis já saía para dar um chutão. O zagueiro tentou recuar e errou o passe. A bola foi longe do goleiro. Se ofereceu para Lucca. O corintiano agradeceu o presente estufando as redes. Gol do Corinthians, aos 23 minutos. Luiz Flávio de Oliveira deveria ter colocado na súmula que o gol foi de Lucão. O jovem jogador que já deu inúmeras demonstrações que é imaturo para ser titular do São Paulo. E no intervalo, fez o que já se especializou nesta curta carreira. Pediu desculpas por outra falha.

"O Denis estava muito em cima de mim, tentei recuar fora do gol para ele dar o chutão. Pedir desculpas para os torcedores porque são algumas falhas cometidas. É tentar reverter e buscar essa vitória." Era o seu sonho. O São Paulo virar o jogo. E todos se esquecerem de outra pixotada... Inspirado em Lucão, Yago errou infantilmente recuo de cabeça para Cássio. Errou o toque e a bola sobrou livre para Calleri. O argentino deveria ter dado uma cavadinha. Preferiu chutar forte. O gigantesco goleiro corintiano soube como fechar o ângulo de chute. E fez importantíssima defesa. No segundo tempo, Bauza fez seu time marcar mais à frente. E foi a vez de Tite optar pelos contragolpes. O jogo ficou mais tenso, mais preso do que no primeiro tempo. Eram cerca de doze jogadores em uma faixa de 30 metros. A partida se tornou feia. Picotada por faltas e ríspidas divididas. O treinador argentino seguia errando ao insistir com Centurión. Ele continua jogando cada vez pior. Demorou para colocar Rogério, mais ágil, decisivo. Paulo Henrique Ganso estava mais perto da área, mas insistia em não chutar de fora da área. Só que ninguém pode reclamar ou acusar que o São Paulo não lutou. Faltou visão a Bauza na troca de Thiago Mendes por Kelvin. Ele deixou em campo Hudson, mais defensivo. Aos 34 minutos veio a melhor chance do empate. Rogério fez excelente cruzamento. Mena surgiu livre diante de Cássio. E cabeceou forte, mas no meio do gol, o que facilitou a defesa do goleiro. O Corinthians se manteve firme, marcando forte. A vitória já se desenhava por 1 a 0. Quando o lutador Giovanni Augusto bateu escanteio, Ganso desviou a bola. Ela foi parar na cabeça de Yago. O zagueiro a mandou no alto. Dênis saltou e não conseguiu defender. Corinthians 2 a 0. Rodrigo Caio tirou Lucão dos jornalistas. Não permitiu que desse entrevista. Como se o seu jovem companheiro já não tivesse se desculpado e assumido mais um gol tomado pelo São Paulo. Por sua culpa. A diretoria são paulina deve anunciar nas próximas horas um novo zagueiro. E deverá vir da Argentina. O time sentiu a derrota. Mas não está abatido para a estreia na Libertadores. Só que quarta, contra o Strongest, no Pacaembu, haverá mudança. Lucão não deverá jogar. Bauza já está convencido da imaturidade de seu zagueiro. Já Tite está tranquilo. Mais preocupado com o desgaste da viagem para o Chile. Também na quarta, sua primeira partida na fase de grupos. Contra o Cobresal. O treinador corintiano sabe o quanto faz bem vencer o São Paulo. Os jogadores se mostram mais confiantes, empolgados. Virou uma situação recorrente. Afinal, foi a quarta vez seguida em Itaquera...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 14 Feb 2016 19:03:11

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