domingo, 14 de fevereiro de 2016

O péssimo e previsível Palmeiras de Marcelo Oliveira conseguiu. Trouxe tensão e insegurança às vésperas da estreia na Libertadores. O nome de Cuca já surge nas tensas alamedas do Palestra Itália...

O péssimo e previsível Palmeiras de Marcelo Oliveira conseguiu. Trouxe tensão e insegurança às vésperas da estreia na Libertadores. O nome de Cuca já surge nas tensas alamedas do Palestra Itália...




Marcelo Oliveira foi um privilegiado. Em plena recessão, o Palmeiras não foi obrigado a vender nenhum jogador. E mais. Teve direito a oito reforços. Pré-temporada, com o isolamento que todo treinador sonha, em Itu. A diretoria, imprensa e os torcedores pensaram o óbvio. O time havia sido campeão da Copa do Brasil. Os jogadores foram mantidos. E reforços pontuais, específicos para onde a equipe precisava melhorar, chegaram. Escolhidos por Marcelo Oliveira. A lógica indicava. Tudo ficará melhor. Só que, muito pelo contrário, estagnou. O Palmeiras disputou seis partidas esse ano. E todas da mesma maneira. Não importa os jogadores escolhidos, no elenco mais recheado do país. Qualquer treinador de várzea que fosse enfrentar hoje o time verde saberia o que fazer. Bastaria ter o cuidado de assistir uma partida do ano passado, desde a chegada de Marcelo Oliveira, e pronto. As vaias, os palavrões, a irritação e a decepção da própria torcida palmeirense se justifica. Marcelo Oliveira está conseguindo matar a empolgação, o sonho do maior objetivo de 2016: ganhar a Libertadores. "Estou indignado. Puto da vida", resumiu Fernando Prass, após a derrota diante da pobre Linense, ontem à tarde. A desculpa de que o time entrou com dois titulares não convence a ninguém. Marcelo Oliveira está prisioneiro de um esquema tático. Parece muito o caso de Luiz Felipe Scolari. Quando venceu a Copa das Confederações, acreditou ter encontrado a fórmula mágica. E mesmo com amistosos, tranquilidade, não quis mudar o esquema da Seleção. Procurar variações. Plano B. O 4-2-3-1 seria fantástico. Permitiu que o time dependesse de Neymar. Nem imaginou o Brasil sem ele.

O que fizeram os adversários? Decoraram seu esquema. E mal começou a enfrentar times melhores, a Seleção quase foi eliminada. Como contra os chilenos de Sampaoli, por exemplo. Cair, nos pênaltis, seria um presente divino. Mal poderia imaginar Felipão. Aí veio a Alemanha com os piedosos 7 a 1, porque o placar poderia ser muito maior. E depois os 3 a 0 para a Holanda. O Brasil tomou 10 gols e marcou apenas um na semifinal e na decisão do terceiro lugar em uma Copa. Ainda mais disputada em casa. Ninguém na história havia passado tanta vergonha. Diante de adversários fraquíssimos e com a ajuda dos árbitros, o previsível Palmeiras de Marcelo Oliveira vem sucumbindo no inexpressivo Campeonato Paulista. Não importa os jogadores escalados. Titulares ou reservas. O fraco futebol é exatamente o mesmo. Previsível, fraco. Só estúpidos, que se empolgam com o placar, se animaram diante da vitória contra o Botafogo em Ribeirão. Os 2 a 0 nasceram da absurda postura aberta do time de Ribeirão Preto. Marcelo Veiga mostrou o velho defeito que acompanha sua carreira. Escancara a equipe pequena que comanda quando enfrenta os grandes. Tenta impressionar. E acaba sujeitando seus jogadores a derrotas infantis. Não foi o caso de Paulo Roberto Santos, Renan Freitas e Moacir Júnior. Desconhecidos treinadores de São Bento de Sorocaba, Oeste de Itápolis e Linense. Os três times que não tiveram trabalho diante da postura de pebolim do Palmeiras. Contra o 4-2-3-1, repetiram o antídoto mais simples. Colocaram seus humildes jogadores para marcar atrás da bola, organizaram duas linhas de quatro. Uma na intermediária e outra à frente da sua zaga. Seus meias travaram as laterais. Contragolpearam em velocidade, às costas dos volantes mal posicionados. Farrearam.

Erros da arbitragem, tão comuns neste Paulista a favor dos grandes, evitaram que São Bento e Oeste vencessem. Apenas empataram. Mas o Linense derrotou ontem até a má vontade do juiz José Cláudio Rocha Filho. 2 a 1 em plena arena palmeirense, estragando o humor de vinte mil iludidos torcedores. E assustando milhões pelo péssimo futebol, que piora a cada partida. "Sou o responsável por esse momento. Sou eu quem escalo, faço as substituições. Acho que temos de melhorar. Será preciso se entregar mais. Ser mais competitivo." Essas foram as óbvias declarações de Marcelo Oliveira após o vexame. Quem, se não ele, seria o culpado? A Dilma? O Aécio? Ronnie Von? Outra vez o treinador segue um abominável caminho. Ele faz que assume a responsabilidade. Mas na verdade, a está repassando para os jogadores. Não foi por falta de entrega, competitividade dos atletas. O Palmeiras não teve esquema tático. O time acabou lento, sem ameaçar o humilde Linense, porque estava travado. Não conseguiu sair da marcação imposta por Moacir Júnior. As vaias, os palavrões se justificaram. Marcelo Oliveira está conseguindo desagradar a todos no Palmeiras. As reclamações já chegaram aos ouvidos de Paulo Nobre. Conselheiros estão cada vez mais irritados com o fraco futebol do time. Reclamam de Marcelo e também de Alexandre Mattos. A falta de lógica nos reforços contratados finalmente se evidenciou. O Palmeiras teve dinheiro e tempo para escolher. Mas foi incapaz de contratar um meia de verdade, capaz de articular as jogadas ofensivas. Ditar o ritmo de jogo. Segue dependendo de absurdo revezamento entre Dudu e Robinho, atleta que rende muito mais como segundo volante. Tudo que Marcelo consegue é atrapalhar o futebol de seu mais agudo atacante. E expor a falta de recursos técnicos de Robinho. "Eu não estou nem aí para os pedidos de um camisa 10. Nem aí", repetiu o "meia" na semana passada. Robinho tem razão. Ele não tem de estar "nem aí". Quem deveria estar, se cala. Marcelo Oliveira tinha a obrigação de exigir um meia talentoso. Com inteligência capaz de fazer com que mude seu desgastado esquema. E não tentar agradar Paulo Nobre afirmando que poderia esperar pela recuperação de Cleiton Xavier. Infelizmente os problemas musculares do jogador se acumulam. Apesar de ser muito mais dedicado no tratamento, consegue a façanha de jogar menos do que Valdivia.

Marcelo Oliveira não ajudou ao Palmeiras dizendo que não precisava investir, gastar em um grande meia. Só conseguiu sabotar seu próprio trabalho. Ficou com um elenco inchado e sem atleta para posição fundamental. Mas o problema vai muito além da falta do meia. Sem variações táticas, o Palmeiras é uma presa fácil. Não há fluência na movimentação do time, recomposição, jogadas ensaiadas. É assustador. As coisas vão saltando aos olhos. Não adianta nem treinamento fechado, escondido dos jornalistas. Na hora das partidas fica claro que a única variação tática palmeirense é o desespero. Pressionado pelas cobranças e palavrões dos torcedores, o time vai para a frente. Como um bando, não como uma equipe da elite do Brasil. Abrindo espaço para contragolpes adversários. Daí a indignação de Fernando Prass. Como não bastasse tudo isso, Marcelo Oliveira está fazendo de tudo para perder o comando do grupo. Não bastou apenas humilhar Leandro Almeida após a partida contra o São Bento. Diante da imprensa, repassou a culpa do empate ao jogador. E avisou que estaria fora do time, antes de falar com ele. Erro primário. Os outros atletas foram solidários ao zagueiro. E colocaram um pé atrás em relação ao técnico. Porque ficou claro que, para se salvar, Marcelo pode oferecer outras cabeças aos jornalistas.

Só que Marcelo quer ir além. Tirar Leandro Almeida da Libertadores. O substituindo por Nathan, zagueiro que era uma das revelações da base palmeirense. E que o treinador havia comunicado a direção que não pretendia trabalhar. Nathan estava pronto para ser emprestado ao Bahia. Só que ontem a assessoria de imprensa avisava que Leandro Almeida teria sentido "uma lesão" e deveria fora da lista da Libertadores. Não havia detalhes de onde seria a tal contusão. Falta de informação que deixa ainda mais pesado o ambiente. A cada dia, Marcelo Oliveira transpira insegurança, incoerência. Torna o Palmeiras cada vez mais previsível e decepcionante. Consegue trazer tensão, irritação da apaixona torcida. Manchou a expectativa da própria diretoria. O time estreia na Libertadores nesta terça-feira. No Uruguai, contra o River Plate, o time mais fraco da chave. Rosário Central e Nacional são os mais perigosos adversários. Ou o treinador faz seu time reagir já no Uruguai. Ou sua situação se complicará. Mais cedo do que ele poderia imaginar. A tabela é cruel.

Mostra Rosário Central e Nacional em seguida, em casa.

Depois, os dois adversários fora.

E River Plate na arena.

Um bom resultado na terça-feira é obrigação.

Mas não há menor convicção por parte de Marcelo Oliveira.

Paulo Nobre já percebeu.

E não tem intenção de morrer abraçado com o treinador.

Este é o seu último ano como presidente do Palmeiras.

O nome de Cuca cresce nas tensas alamedas do Palestra Itália...



Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 14 Feb 2016 09:08:28

Um comentário:

  1. Nathan Cardoso - Zagueiro do Palmeiras. ETERNO INJUSTIÇADO!

    Desde 2007 nas categorias de base do Palmeiras, Nathan viu sua carreira profissional começar sete anos depois. Em 2014, após disputar a Copa São Paulo como volante, tendo inclusive marcado o gol que classificou o clube para a segunda fase do torneio, o atleta virou zagueiro, foi chamado para treinar na equipe de cima e agradou.
    Ele não é o Luís Pereira, mas entrou de férias em 2014 com a certeza do dever cumprido,mais que isso, descansou confiante na recompensa que teria na temporada vindoura.
    Nathan foi importante na campanha que evitou, sabe-se lá como, o rebaixamento do Palmeiras!

    Jogador da base, volante de origem, com moral entre os torcedores e serviço mostrado de verdade, Nathan viu dez meses passarem sentado em um banco de reservas.

    Teve duas chances, ou melhor, dois tapas na cara. Contra o Ituano, na última rodada do estadual, time tão reserva que até o Aranha jogou e contra o Coritiba, pelo brasileiro, atuou fora de sua posição, na lateral. E fim. Mais nada.

    Nathan assistiu Victor Ramos, Vitor Hugo e Jackson revezarem na zaga, vale lembrar que o Nathan assistiu Leandro Almeida, o quarto dos zagueiros que jogam, já chegar como titular.

    Haja serenidade!

    Não é o caso de exigir a titularidade do Nathan, ainda que eu queira isso.O questionamento é outro: por que nem chance o moleque tem?

    Os zagueiros que atuaram mostraram algo de especial na temporada? O que foi que eu perdi nestes jogos todos? Está tudo bem no setor e eu não percebi?

    Teria Nathan que ser vendido e recomprado sob o carimbo milagroso do Chefe Mattos para enfim conseguir jogar? Ou ser cria do Técnico?

    Agora ele é desprezado pelo técnico Marcelo Oliveira e diretoria... Ninguém se lembra dele.

    Não se abale Nathan, não desanime, o Palmeiras é que está se desfazendo do seu talismã, e não ganhará mais nada neste ano e nos próximos, se continuar agindo desta forma. Vejam o que já está acontecendo. Ás vezes chegará perto, mas não levará os títulos!

    Não agiram certo com um garoto de 20 anos Palmeirense, que está começando à carreira que e só precisava de ritmo de jogo, e terão sua recompensa.

    Parabéns ao clube que contratar o Nathan!

    Nathan é bom jogador, companheiro, leal, com muita raça e comprometimento, apenas precisa de ritmo de jogo, simples assim.

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