sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Tite se divertiu diante da utopia do Audax. E o Corinthians, pragmático, venceu em Osasco. E ainda fez a estreia de Guilherme, Marlone, Willians...

Tite se divertiu diante da utopia do Audax. E o Corinthians, pragmático, venceu em Osasco. E ainda fez a estreia de Guilherme, Marlone, Willians...




Tite se divertiu. Desfrutou a utopia do Audax de Fernando Diniz. Sofreu, porque ainda ainda tem uma equipe que está em formação. Mas mostrou que, mesmo sem tanto brilho, a firmeza tática se impôs. Lógico, que graças também, ao melhor quilate técnico de seus jogadores. Uendel marcou e veio a segunda vitória por 1 a 0 no Paulista. Que facilita, deixa o ambiente mais tranquilo para a pesada reformulação obrigatória no Parque São Jorge. Foi uma grande diversão acompanhar o jogo em Osasco. Fernando Diniz não esconde. Mistura utopia. Mescla o que viu da Seleção Holandesa com o Barcelona que era comandado por Guardiola. Exagera, radicaliza. Com jogadores tecnicamente apenas razoáveis, impõe seu esquema impressionante. Proíbe os chutões. Obriga que seu time saia jogando tocando bola. Seja em tiro de meta. Ou quando a bola é defendida pelo goleiro/líbero Felipe Alves. Os atletas não têm posição fixa. Principalmente do meio para a frente. No esqueleto do que parece uma confusão, há o 3-6-1. Desde o Campeonato Paulista do ano passado, é a mesma coisa. Nos jogos contra times grandes, o despertar da imprensa. Os elogios. Fernando Diniz tem a proteção da direção do Audax. O presidente do clube, mais simbólico que real, Vampeta deixa escapar o que acontece nesses jogos. Como sua equipe não tem potencial para escapar das derrotas para os grandes, pelo menos perde bonito. E foi o que aconteceu hoje em Osasco. A partida foi uma grande diversão para Tite. O treinador teve no adversário a maneira que gostaria de jogar. Se não tivesse tanta responsabilidade. Como a de comandar o Corinthians. O duelo tático foi mais do que interessante. O pragmatismo do 4-1-4-1 corintiano contra a utopia do time de Osasco. Pena o "palco". O acanhado estádio Prefeito José Liberatti só comportou 6.300 torcedores. Com certeza será um dos piores público de 2016 para jogos do hexacampeão brasileiro. Mas Estaduais é isso mesmo. Tite está ainda traumatizado. Remontando sua equipe depois do desmanche. E, inteligente, repetiu a escalação da estreia contra o XV de Piracicaba. É ainda a segunda equipe no Paulista. Os reforços vão começar a entrar aos poucos. O importante era aproveitar o que restava de entrosamento. E o treinador partiu para um dos duelos que considera mais interessantes do ano. Não vai decidir título, classificação, rebaixamento. Apenas a briga de conceitos. Motivados pelos holofotes por enfrentar o "grande" Corinthians, os jogadores do Audax deram o seu máximo. Aproveitaram o entrosamento e a melhor forma física, de quem teve tempo para se preparar antes do rival. Tite sabia disso e o que fez. Manteve seu time compacto, respeitando a ferro e fogo suas linhas de marcação. Pouco importava o malabarismo dos jogadores adversários. Poderiam rodar, atacar uma bola com três atletas, não importava. A ordem no Corinthians era cada um manter o seu setor. Se o Audax queria ser o Barcelona de Osasco, problema de Fernando Diniz.

O radicalismo do Audax proporcionava um grande divertimento para os torcedores a cada tiro de meta. Como seus jogadores eram proibidos de chutarem para a frente, Tite adiantava a marcação. E era desesperador. Faltavam os holandeses Suurbier, Rijsbergen, Haan, Krol, Jansen ou as estrelas da Catalunha de 2009, Rafa Márquez, Abidal; Busquets, Xavi, Gudjohnsen. Pressão e desespero para os limitados jogadores de Osasco cumprirem a proibição de Diniz. Rinus Michels e Guardiola não aprovariam um time pequeno se obrigar a sair jogando, trocando passes, dentro de sua área. Desnecessário. O Tiki-taka e o "futebol total" holandês aconteciam do meio para a frente. Se enfrentassem adversários mais fortes, os chutões estavam liberados. O jogo foi muito interessante no primeiro tempo. Quando os jogadores corintianos mostraram mais fôlego. E aplicavam a forte marcação na intermediária. E forçavam lançamentos por trás da zaga do Audax. Foi assim que Rodriguinho descobriu Uendel. O lateral recebeu ótima enfiada de bola e chutou forte, por baixo das pernas do bom goleiro/líbero Felipe Alves. Fazendo o básico, o Corinthians foi criando e desperdiçando chances. Como quando Lucca acertou o travessão depois de cruzamento de Fagner. Na segunda etapa, sabendo que seu time cansaria, Tite mandou seus atletas recuarem. Se pouparem na noite quente do verão paulista. E passaram a priorizar a marcação. O que atraiu o Audax. Obrigou Cássio a fazer boas defesas. Tendo mais a bola nos pés ficou evidenciada a falta de talento do time de Vampeta. O Corinthians aproveitou a partida que estava dominada. E apresentou Guilherme, Marlone e Willians para sua torcida. Giovanni Augusto assinou contrato até 2019. André encaminha a liberação de sua documentação do Atlético Mineiro. Balbuena está praticamente certo. Tite aproveitou o obrigatório Campeonato Paulista para se divertir. E seguir preparando seu time renovado para o que interessa. A Libertadores da América. Já Fernando Diniz ganhou mais 15 minutos de fama...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 04 Feb 2016 21:28:38

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