segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Palmeiras vence, mas mostra os velhos erros. O Corinthians se supera, com time desfigurado. São Paulo empata com raiva. E Santos, apático, foi a maior decepção. Começou o interminável Paulista...

Palmeiras vence, mas mostra os velhos erros. O Corinthians se supera, com time desfigurado. São Paulo empata com raiva. E Santos, apático, foi a maior decepção. Começou o interminável Paulista...




A primeira rodada do Campeonato Paulista foi completamente previsível. O Palmeiras ganhou do Botafogo em Ribeirão Preto por 2 a 0. Mas mostrou os mesmos erros de 2015. Principalmente a falta de repertório nas jogadas ofensivas. Sem meias talentosos não há milagre. O Corinthians, completamente desfigurado, sofreu. Só venceu o XV de Piracicaba no Itaquerão, por 1 a 0, pela empolgação do time interiorano. No sábado, o São Paulo de Bauza mostrou mais raça, vontade, organização de defensiva. Marcação raivosa, com direito a cinco cartões amarelos. A pobreza ofensiva no empate em 1 a 1 com o Red Bull, em Campinas, só não foi pior do que a insegurança de seu miolo de zaga. Já o Santos foi o mais decepcionante. Diante do São Bernardo, a equipe de Dorival Júnior se mostrou pouco concentrado, sem vibração. Entrou para a partida na Vila Belmiro com a certeza de que a vitória sairia de qualquer maneira. Não precisando se esforçar. O time se irritou quando o time do ABC marcou 1 a 0, aos dez minutos do primeiro tempo. E mostrou apatia, desarrumação tática. Apenas Lucas Lima mostrou lucidez e talento. Graças a ele, veio o empate, em uma assistência excelente para Gabriel. Desde a valorização da Libertadores, o Campeonato Paulista perdeu sua razão de ser. Leva do nada a lugar algum. Os grandes só não aderem à Primeira Liga por fraqueza de seus presidentes. Cedem à pressão da Federação Paulista, que precisa do torneio para garantir votos dos clubes interioranos. E manter o grupo que comanda o futebol mais rico do país há mais de 20 anos. O dinheiro da Globo é o cala boca final. São 16 milhões e mais a garantia de adiantamentos, empréstimos quando precisarem. Por isso se sujeitam a colocar seus titulares já nesta primeira fase. Apesar de insuportavelmente longa. O dinheiro também trava o quarteto. E por isso ele não adere à Primeira Liga. O nível técnico dos jogos de Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos foi fraco, como era de se esperar. Pior ainda os confrontos entre os pequenos, a maioria times de empresários, que só usam as camisas de clubes tradicionais. E que desaparecerão assim que o Paulista acabar. As equipes estão ainda em ritmo de pré-temporada. As pernas estão "pesadas" após tanto esforço. O lado técnico melhorará ao longo dos jogos. Mas nada justifica as 19 longas e insuportáveis rodadas até que surja o campeão, no dia 8 de maio.

Não por acaso serão seis os rebaixados para 2017. E com duas equipes que virão da Segunda Divisão, 16 times no próximo ano. Continuará ruim. Mas melhor que a insanidade, irresponsabilidade e politicagem da Federação Paulista de Futebol com a manutenção de vinte clubes. As melhores frases desta primeira rodada do Campeonato Paulista foram ouvidas pela repórter Fabíola Andrade. Alecsandro estava sendo xingado pela torcida palmeirense. Ela não perdoava sua inutilidade no primeiro tempo. O jogador desabafou. Falou que, como no torneio amistoso do Uruguai, a bola não chegava à frente para que ele concluísse. O problema estava no meio de campo. Ele falou a verdade, que apenas fanáticos não viam. O Palmeiras estava com os mesmos problemas de 2015. Falta de talento na articulação da jogadas ofensivas. Principalmente quando a equipe não está ganhando. Pena que Fabíola estava com o microfone desligado. Quando foi ligado, ele disfarçou para não se queimar. Veio o segundo tempo da partida contra o Botafogo, em Ribeirão Preto. Com uma bela cabeçada, escorando levantamento de Lucas, Alecsandro marcou o gol que mudou a partida. E, como no ano passado, ficou claro que, sem meia habilidosos, os palmeirenses usam a velocidade de seus atacantes. Adoram atuar em contragolpes. Foi assim que Robinho acertou um lançamento mágico da sua intermediária para Dudu ampliar, fazer 2 a 0. Que a vitória não sirva de escudo. E esconde o erro crônico no inchado elenco palmeirense. Falta um meia talentoso, com neurônios para servir os atacantes...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 31 Jan 2016 22:01:11

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