segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Briga entre bilionários trava os sonhos do Palmeiras. Paulo Nobre barra pretensão política do casal dono da Crefisa. E abandona a contratação de estrelas para a Libertadores...

Briga entre bilionários trava os sonhos do Palmeiras. Paulo Nobre barra pretensão política do casal dono da Crefisa. E abandona a contratação de estrelas para a Libertadores...




Contratações sofreram uma triste guinada no Palmeiras. Por causa de egos de bilionários. Marcelo Oliveira deixou muito claro, em relatório as posições que precisam ser reforçadas para a Libertadores de 2016. Alexandre Mattos sabia os atletas que desejava. E estavam animadíssimo. Porém ambos tiveram de parar de sonhar. As promessas de pelo menos quatro "estupendas contratações", vindas com o dinheiro da Crefisa, não deverão ser colocadas em prática. Graças a um inesperado conflito entre o presidente Paulo Nobre e os donos da patrocinadora, José Roberto Lamacchia e Leila Pereira. Paulo Nobre percebeu que Lamacchia e Pereira estavam se tornando não só fundamentais no clube. Mas que o casal estava muito próximo de Mustafá Contursi, seu mentor. Soube que ambos estavam querendo agir como co-gestores no futebol. Além de mandar, Leila começava a estruturar uma carreira política no clube, usando o futebol. E isso ele não iria permitir. Por mais que o casal já tenha investido R$ 91 milhões, divididos em contratações: Lucas Barrios, Thiago Santos, Leandro Almeida e Vitor Hugo. Mais reforma do CT, do prédio administrativo. E a promessa da construção de um hotel aos jogadores. Nobre percebeu que a dupla queria interferir além da conta. Tratou de brecá-los. A dupla percebeu a mudança de tratamento por parte de Paulo. Tanto que usou a aprovação da fabricação de uma camiseta retrô do clube, que sairia com o logotipo da Parmalat, para desabafar contra Nobre. O desabafo de Leila foi humilhante. "Isso é uma falta de lealdade, falta de escrúpulo com o patrocinador, é motivo para rescisão de contrato. O patrocinador master é a FAM e a Crefisa, investimos quase R$ 100 milhões no Palmeiras, estamos reformando a Academia agora e o Nobre vem com essa proposta indecente? Acham que a gente é trouxa? "Para continuar assim, eu largo o Palmeiras e vou para o Flamengo, que dá muito mais visibilidade. Se o Palmeiras está em melhores condições é pelo patrocinador e pelo seu torcedor, que continua indo aos jogos mesmo perdendo como está perdendo, e isso não é culpa do patrocinador, mas das contratações ruins que fizeram. "Não é a primeira vez que o Paulo cria esse tipo de situações com a gente. Eu disse a vocês que eu nunca tinha dito não ao Paulo, mas de um tempo para cá a Crefisa e a FAM estão meio irritadas com esse Paulo. "Onde (o Paulo Nobre) vai achar um patrocinador para fazer as contratações de quinta categoria que ele fez?"

Gastar o dinheiro da Crefisa com contratações de "quinta categoria". Esta foi a declaração de Leila deixou Paulo Nobre possesso. Mas foi aconselhado a se calar. Voltou atrás em relação à estúpida ideia do clube lançar uma camisa com o logotipo da Parmalat, empresa que não paga nenhum centavo ao clube. Mas avisou Marcelo Oliveira e Alexandre Barros que o nível dos reforços seria de acordo com a possibilidade do clube. Não dos cofres sem fundo da Crefisa. Havia sonhos. Conca, Fred, Dedé, Ricardo Goulart, Jean. Nobre teve de abrir mão do grande desejo do treinador, Lucas Lima. Restou a realidade. O zagueiro Roger Carvalho que subiu com o Botafogo da Segunda Divisão. O volante Rodrigo do rebaixado Goiás. E o goleiro Vagner, do Avaí, time que também desceu para a Série B. São apostas, jogadores competitivos. Nenhum brilhante. Mas Nobre mantinha a esperança de trazer de volta um renegado. Enfrentaria até as torcidas organizadas que nem podem ouvir falar no seu nome. Diego Souza. O nômade de 30 anos e 11 clubes. E que, apesar do bom futebol que jogou com a camisa verde, entre 2008 e 2010, deixou o Palestra Itália da pior maneira possível. Com direito a mostrar os dedos médios aos torcedores, cansado de ser vaiado, xingado por não estar jogando bem.

Diego Souza ficou preocupado, a princípio, quando soube que o Palmeiras queria seu retorno. Ele sabia muito bem o que havia acontecido com Vagner Love. O quanto ele apanhou de membros das organizadas. E das ameaças que recebeu depois que desrespeitou os torcedores. Mas o dinheiro seria muito alto. A Crefisa deveria bancar essa transação. Só que Paulo Nobre decidiu repetir a mesma coisa que fez com Roger Carvalho, Rodrigo e Vagner. Ou o dinheiro sairia do próprio Palmeiras, sem a participação do patrocinador, ou nada feito. O meia ainda pertence ao Metalist da Ucrânia até junho de 2015. E não aceita mais emprestá-lo. Quer vendê-lo. Além disso, o Fluminense e o São Paulo também mostram interesse. A vantagem é do clube carioca. Pelo Rio de Janeiro, cidade natal do meia e por Eduardo Baptista, que foi seu treinador enquanto esteve emprestado ao Sport. Só muito dinheiro poderia balançar Eduardo Uram. E essa quantia o Palmeiras não pode dispor. A Crefisa tem sobrando. Mas os dois lados se afastaram. Justo neste período que deveriam estar mais unidos, na formação do time para a Libertadores de 2016. Marcelo Oliveira e Alexandre Mattos tiveram que rever sua postura em relação aos contratados. Eles estavam conversando com Everton Ribeiro. O meia gostaria de recuperar seu lugar na Seleção Brasileira. E sabe que atuar no Al-Ahli dos Emirados Árabes sabotou sua permanência. O salário de R$ 1 milhão era a compensação. Mas se o Palmeiras oferecesse perto dos R$ 700 mil que paga a Lucas Barrios, poderia "dar negócio" por empréstimo. Só que não é o clube que banca o argentino naturalizado paraguaio. É a Crefisa.

"A base para 2016 já está formada. A gente fez essas contratações em número elevado em 2015 porque reconhecemos que o planejamento de 2014 não saiu como imaginávamos. Em vez de contratar pontualmente, nós mantivemos alguns jogadores pontualmente e contratamos o resto do elenco. Para 2016, o elenco é este e vai ser reforçado com um ou outro valor", revelou, Paulo Nobre à rádio Globo na semana passada. Seu discurso é completamente diferente do que fazia a Oliveira e Mattos em novembro, antes de entrar em conflito com o casal dono da Crefisa.

A falta de entendimento entre os bilionários Nobre e Lamacchia estão sabotando o plano da montagem do prometido grande time para a Libertadores de 2016. Essa postura egoísta é um desperdício. A hora de união era agora. Há conselheiros tentando unir os dois lados. Mas há muita irritação, mágoa. Quem perde com isso é o Palmeiras. Sozinho não tem condições de grandes reforços. E não sabe lidar com um patrocinador riquíssimo. Ninguém faz nada de graça. Se o casal dono da Crefisa tem pretensões políticas, melhor seria compor. Não ficar com melindres em praça pública. O reflexo virá em 2016...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 14 Dec 2015 12:40:54

Nenhum comentário:

Postar um comentário