quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Diretoria do Corinthians se sentiu traída. E não fez questão nem de tentar segurar Edu Dracena. Já o Palmeiras segue contratando os jogadores que pode, sem os milhões da Crefisa...

Diretoria do Corinthians se sentiu traída. E não fez questão nem de tentar segurar Edu Dracena. Já o Palmeiras segue contratando os jogadores que pode, sem os milhões da Crefisa...




A direção do Corinthians esperava negociar Felipe ou Gil com o Exterior. Mas tanto Giuliano Bertolucci como Carlos Leite não estão conseguindo sucesso. A tendência é que sigam como a dupla de zagueiros titular de Tite. O rompimento informal entre Paulo Nobre e o casal dono da Crefisa, José Roberto Lamacchia e Leila Pereira, travou a contratação de grandes nomes. Nada de Conca, Fred, Lucas Lima, Dedé, Ricardo Goulart, Everton Ribeiro ou o zagueiro titular da Seleção Paraguaia, Bruno Valdéz. Por isso a contratação de atletas emergentes ou baratos pelo Palmeiras. Vagner, Bruno Carvalho, Erik, Rodrigo e Régis. Alexandre Mattos e Marcelo Oliveira queria outros jogador que tivesse liderança, assim como Fernando Prass e Zé Roberto. Mattos sempre teve proximidade de Edu Dracena. Tinha certeza do seu descontentamento com a reserva no Parque São Jorge. Também havia fortes indícios que o clube rival queria se livrar do salário de R$ 280 mil. Marcelo Oliveira comprou a ideia logo de cara. Mas restava Paulo Nobre. O presidente palmeirense ficou assustado. Não queria entrar em conflito com Roberto de Andrade. E telefonou para o presidente do Corinthians. Perguntou se era verdade que não renovaria com Edu Dracena. Se fosse, pedia permissão para começar a negociar com ele.

Roberto ficou surpreso com a ligação. Ainda acreditava que poderia ser possível seguir com o jogador. Mesmo atuando pouco, foram 33 partidas e dois gols, ele era um grande líder do time. Um dos atletas que mais se empolgavam e animava o grupo nos jogos decisivos. Andrade foi rápido. Percebeu que Edu Dracena havia vazado seu descontentamento para o Palmeiras. Sendo assim, não haveria a menor possibilidade de renovação de seu contrato. Se sentiu traído. E o liberou para Paulo Nobre. Antes, agradeceu a atitude ética do presidente palmeirense. Edu Dracena negociava renovação no Parque São Jorge. Até aceitava o mesmo salário. Mas, aos 34 anos, queria mais dois de contrato. E talvez encerrar a carreira e tentar começar uma carreira como dirigente no clube. Só que tudo isso foi travado com a confirmação do interesse do Palmeiras. As negociações acabaram. Só haveria uma pessoa com capacidade de reverter o quadro. Tite. E ele não estava interessado em Edu Dracena. O treinador se gaba de ter insistido com Felipe, mesmo quando muitos o questionavam, depois de péssimas autuações no final de 2014 e no início de 2015. Gil era incontestável. Já Edu Dracena não foi um pedido seu. E sim uma insistência dos dirigentes que viram "uma oportunidade", na saída do zagueiro do Santos. Tite não mexeu o dedo mínimo para segurar Edu Dracena no Corinthians. O Palmeiras estendeu tapete vermelho ao jogador. Primeiro, não exerceu seu direito de compra do bom Jackson. Não quis pagar R$ 3 milhões ao Internacional. A postura foi surpreendente. O jogador tinha a certeza de que seria comprado. Mas Nobre resolveu abrir espaço para o zagueiro que veio do Corinthians.

O presidente palmeirense aceitou oferecer um contrato de dois anos. Com os mesmos R$ 280 mil. Com multa rescisória. Ou seja, se o Palmeiras decidir mandá-lo embora terá de pagar até o último mês. Edu Dracena já adiantou a Alexandre Mattos que está disposto a ser o líder do Palmeiras na Libertadores da América. Não falará qualquer palavra contra o Corinthians e, principalmente, contra Tite. Embora se julgue injustiçado. Sabe que a dupla que formou com Gil foi muito eficiente. Ao contrário de Guerrero, que não quis jogar no Palmeiras, Edu Dracena sabe que não terá qualquer perseguição por parte dos torcedores organizados corintianos. Ele sai do clube com a bênção de Tite e Roberto de Andrade. "Com o Edu Dracena, chegamos a 95% do grupo que irá disputar a temporada de 2016. A ordem de Paulo Nobre é clara. Seguir sem pensar no dinheiro da Crefisa. Pensando em atletas que o Palmeiras possa pagar. Como Vagner, Roger Carvalho, Rodrigo, Régis, Erik... E o veterano Edu Dracena. Zagueiro que não deixará saudades no Corinthians...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 23 Dec 2015 12:16:30

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