sábado, 12 de dezembro de 2015

Contrato de risco ou doação do mecenas que trouxe Centúrion. Os caminhos que podem trazer Lugano de volta ao São Paulo. Autori e Levir esperam apenas um telefonema. Mas Leco segue indeciso e perdendo tempo precioso para a Libertadores de 2016...

Contrato de risco ou doação do mecenas que trouxe Centúrion. Os caminhos que podem trazer Lugano de volta ao São Paulo. Autori e Levir esperam apenas um telefonema. Mas Leco segue indeciso e perdendo tempo precioso para a Libertadores de 2016...




O impacto da impressionante festa de despedida de Rogério Ceni teve duas consequências na vida do São Paulo. E elas afetam a temporada de 2016. Carlos Augusto Barros e Silva decidiu por ser um presidente que tenta agradar não só o seu grupo político conservador. Mas a maioria. E ontem ficou encurralado. Conselheiros, membros de sua diretoria, chefes de organizadas, torcedores comuns exigiram a volta de Diego Lugano. Assim como o maior ídolo que abandonava a carreira. Rogério Ceni é um homem de 42 anos que conhece muito bem a simbologia do futebol. Maquiavélico, sabia muito bem para quem queria dar a tarja de capitão, antes de ser ovacionado pelos apaixonados são paulinos. Deu ao zagueiro uruguaio, amigo íntimo e parceiro da conquista do Mundial de 2015. "Para mim, entregar a faixa de capitão para ele durante o jogo foi mais uma homenagem. De todos os grandes atletas que conheci no São Paulo, ele foi um cara que sempre demonstrou muito comprometimento com o que desejava fazer. Vim conversando ao lado dele no ônibus e pude retomar assuntos que sempre tivemos. É um jogador que evoluiu muito desde quando chegou aqui. Pouca gente entende tão bem o São Paulo como ele", resumiu Rogério Ceni. O goleiro está cada vez mais propenso em seguir no futebol como técnico. E ele conhece profundamente o nível dos clubes na América do Sul. Os grandes talentos já estão na Europa há muito tempo. Os medianos também. Não há equipes fora do comum por aqui. Como não terá na Libertadores de 2016. Rogério Ceni também tem plena consciência da falta de liderança, de garra, de espírito de luta que domina o elenco do São Paulo. O quanto sofreu tentando motivar Paulo Henrique Ganso, Alan Kardec, Michel Bastos. Além de Pato e Luís Fabiano que já foram embora e não voltam. Rodrigo Caio é a digna exceção, mas é muito novo para liderar atletas rodados, vividos. Seus gritos e orientações nos vestiários não são levados em consideração, como deveriam. Por tudo isso, o goleiro deixou claro que acredita ser obrigatória volta de Diego Lugano. Falou abertamente a Leco. Sabe que o jogador de Juan Figer aceita. Há um acordo com a direção do Cerro Portenho. Ele troca o Paraguai no mesmo instante. Basta ter a proposta oficial.

Lugano é o maior salário do futebol paraguaio. Recebe US$ 70 mil mensais, cerca de R$ 271 mil. O teto que Leco pretende implementar é de R$ 400 mil. Está dentro dos parâmetros. "Vou tirar poucos dias de férias, no máximo 15. Ainda tenho um ano e meio de contrato com o Cerro. Me apresento no Paraguai no dia 28 de dezembro, se nada acontecer até lá, né?", disse ontem o zagueiro, deixando claro seu desejo de retornar. O vice de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, é o maior inimigo do retorno do uruguaio. O considera velho demais, aos 35 anos. E acredita que ele não tem mais condições físicas para marcar atacantes velozes. E teme a reação dele e da torcida caso acabe no banco de reservas. Só que ontem diante de tanta pressão, conselheiros garantiam que Leco estudava duas possibilidades para ter Lugano e fazer a vontade da esmagadora maioria são paulina. A primeira seria oferecer um contrato de risco, nos moldes que o Santos fez com Ricardo Oliveira. O mesmo salário que ganha no Paraguai por seis meses. Renovável por mais seis meses ou um ano, com direito a aumento. Seria a saída conciliatória. O clube não se arriscaria. E ainda o dirigente ficaria bem com muita gente importante que defende o retorno. A segunda saída seria pedir a contratação por um ano, bancada pelo milionário Vinicius Pinotti. O mesmo empresário que deu Centurión ao clube. Pinotti é o atual diretor de marketing do clube. Ele gastou do próprio bolso R$ 15 milhões com o argentino. O ídolo uruguaio sairia muito mais barato. Seria uma grande saída para Leco. O clube não correria qualquer risco de prejuízo. Amigos de Pinotti garantem que ninguém da diretoria pediu esta nova contribuição para o mecenas.

Leco foi massacrado ontem e hoje pela manhã. Foram tantos e tantos pedidos que já percebeu. Se o São Paulo fracassar na Libertadores sem o uruguaio a pressão será enorme sobre o dirigente. Já se o clube não conseguir o título com Lugano no elenco, Leco será poupado. Fez o que quase todos no Morumbi desejam. O contrato de risco e possibilidade de um novo presente de Pinotti são os assuntos mais recorrentes depois da incrível festa de ontem no Morumbi. E Rogério Ceni não só apontou quem acredita ser o jogador ideal como novo capitão do São Paulo. Deu sua indicação do melhor treinador. Seu também amigo Paulo Autuori. O ídolo acredita que o treinador merece um voto de confiança. Ele foi campeão da Libertadores e do Mundial de 2005. A péssima campanha de 2013, Ceni credita ao time fraco, sem competitividade. E acredita que, se um time bom for entregue a Autuori, tudo será bem diferente em 2016. O São Paulo disputará a pré-Libertadores. Pelo calendário da Conmebol, o clube deverá atuar já na primeira semana de fevereiro. O trabalho está completamente atrasado. Não há um técnico que defina o elenco que deseja trabalhar. Os jogadores voltarão de férias no dia 6 de janeiro. Ele terá apenas um mês para escolher o time e impor sua filosofia.

Paulo Autori está à mão. Quer voltar ao Morumbi. Deixou muito claro na festa de ontem. Leco não tem a mesma convicção que Rogério Ceni. Está indeciso. Lamentou pelos cantos não poder contratar Cuca, envolvido com problemas graves de saúde na família. Levir Culpi espera apenas um telefonema. Quer voltar a trabalhar no Morumbi. Falcão também voltou a fazer parte das especulações. Além de outra análise dos treinadores sul-americanos livres. A insegurança de Leco em relação a um novo treinador é assustadora. E prejudicial ao São Paulo. Ataíde garante que o novo comandante será anunciado nas próximas horas. Como jurava assim que acabou o Brasileiro de 2015, no domingo passado. Se os dirigentes quiserem, há um capitão uruguaio à mão. Assim como um treinador campeão mundial. Lugano e Paulo Autuori, os protegidos de Rogério Ceni. Tudo depende do indeciso Leco...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 12 Dec 2015 12:09:01

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