segunda-feira, 25 de maio de 2015

Sete pontos jogados fora. Acabou a paz no Palmeiras. Semana fundamental para Oswaldo, Valdivia, Rafael Marques, Cristaldo e Leandro Pereira. ASA de Arapiraca e Corinthians pela frente...

Sete pontos jogados fora. Acabou a paz no Palmeiras. Semana fundamental para Oswaldo, Valdivia, Rafael Marques, Cristaldo e Leandro Pereira. ASA de Arapiraca e Corinthians pela frente...




Uma semana importantíssima no Palmeiras. O time enfrentará o ASA de Arapiraca na sua arena na quarta-feira. E, no domingo, o Corinthians no Itaquerão. Oswaldo de Oliveira, Valdivia, Leandro Pereira, Rafael Marques e Cristaldo estão na alça de mira de conselheiros, membros da diretoria de Paulo Nobre. O clube vive em estado de graça com sua arena. São cerca de 29 mil torcedores em cada partida em casa. Já são mais de R$ 28 milhões arrecadados em 2015. Tudo deveria estar caminhando muito bem. Alexandre Mattos contratou 22 atletas. Oswaldo de Oliveira conversou com Paulo Nobre. E ficou claro que o Paulista serviria de preparação para as competições realmente importantes do ano: a Copa do Brasil e o Brasileiro. Ficou subentendido que haveria uma arrancada fulminante no torneio. Oswaldo, pupilo de Vanderlei Luxemburgo, aproveitaria as primeiras rodadas para "acumular gordura". Somar pontos e vitórias. Atrair ainda mais público, mais sócios-torcedores, mais empolgação. E no modernoso caldeirão da Água Branca, o time seguir firme para seu objetivo real em 2015: se classificar para a Libertadores da América de 2016. Só que a prática mostra o quanto a teoria é ilusória. A primeira decepção é com o time. Embora tenha uma postura ofensiva, com ótimo preparo físico, o Palmeiras tem pecados graves. O maior deles, a afobação nos lances agudos. Faltam triangulações pelas laterais, movimentação ofensiva e, principalmente, a falta de imaginação das equipes desesperadas: cruzamentos para a área das intermediárias, chuveirinhos inócuos, improdutivos. O que só facilita o desempenho dos zagueiros adversários. Por mais que o elenco tenha atacantes fracos, caberia a Oswaldo já ter dado um padrão ao time. A desculpa que ainda está conhecendo os jogadores não convence mais. Não é possível que o Palmeiras até hoje não tenha intensidade, força para sufocar adversários mais fracos em casa, com o apoio de seu torcedor. Qual a dificuldade em adiantar a marcação, tirar o espaço para a saída de bola. Atacar em bloco, ter uma movimentação coordenada, treinada? O Palmeiras tem grandes sonhos. Viveu adormecido nos últimos anos. Teve dois rebaixamentos. Agora tem dinheiro, jogadores. E exige um grande treinador para este momento de transição. Paulo Nobre e Alexandre Mattos adoram as histórias, a erudição de Oswaldo. Sabem que contrataram uma pessoa diferenciada na vala comum do futebol. Mas a primeira função do técnico e fazer o time render. Foi por conta de pressão interna, péssimo sinal, que ele adiantou Zé Roberto onde rende mais, no meio de campo. Por ele, o deixaria na lateral esquerda. Mas depois que Egídio foi contratado, não teve como seguir restringindo o espaço do inteligente e técnico jogador. Se ele tem 40 anos, que o Palmeiras aproveite seu fôlego, sua explosão muscular para em 60 minutos tirar o máximo da sua capacidade. Para isso é preciso coordenação, movimentação sincronizada do meio de campo, dos laterais, dos atacantes. Ser uma equipe coesa, que sabe o que tem de fazer no gramado. Não é o que acontece com o Palmeiras.

Nesta semana há a necessidade de duas vitórias e de futebol convincente. A primeira é mais do que obrigatória. Diante do ASA de Arapiraca pela Copa do Brasil. O vexame aconteceu em 2002, o clube alagoano eliminou o clube verde, então treinado por Vanderlei Luxemburgo. Foi a indicação do rebaixamento no Brasileiro, que viria certeiro no final do ano. A lembrança deste vergonhoso confronto ainda é um dos vários fantasmas que rondam o Palestra Itália. Uma goleada na quarta-feira, com bom futebol, seria revigorante para Oswaldo. Outro resultado ruim, outra decepção diante de sua torcida, pode aumentar o coro de descontentamento com o treinador. Para culminar a semana, há o Corinthians esperando por sua equipe no Itaquerão. Depois de três jogos no Brasileiro, o Palmeiras conquistou apenas dois empates e uma derrota. Dois pontos e sete desperdiçados. Péssimo início para quem se exige ao menos a classificação à Libertadores.

O Palmeiras não conseguiu vencer o grande rival em 2015. Perdeu para os corintianos em casa. E, na partida que valeu a classificação à final do Paulista, empatou no Itaquerão. E ganhou a vaga nos pênaltis. Desde agosto de 2011, o time verde não vence o arqui-inimigo. Com o clube de Tite mergulhado em grave crise financeira, a oportunidade é excelente. Oswaldo já sabe o quanto será questionado. Mais do que ele, só Valdivia. O meia chileno conseguiu ser unanimidade no Palmeiras. Primeiro eram as torcidas organizadas que o rejeitavam. Depois, os torcedores comuns, cansados de sua falta de comprometimento. O descontentamento atingiu o executivo de futebol, Alexandre Mattos. Ele cansou de mostrar a Paulo Nobre que não compensa manter o caro chileno. Ele não atuou nem na metade dos jogos no seu longo e caríssimo contrato de cinco anos. Agora o presidente palmeirense começa a ceder. Valdivia percebeu que não tem respaldo para renovar. Suas últimas atuações têm sido deprimente. Como ontem contra o Goiás. Mereceu as vaias que recebeu dos torcedores. Ele se preocupou mais com o ego, em provocar o árbitro Marcelo de Lima Henrique do que jogar. Disperso, errando passes infantis, precipitado, lento. Sua fase é péssima.

O Asa e o Corinthians, no Itaquerão, são jogos que podem reacender a paixão incontrolável e inexplicável dos palmeirenses pelo meia. Ele é tinhoso. Sabe disso. Se quiser ter uma mínima chance de renovar, precisa se desdobrar. Talento tem de sobra. Sempre faltou foco, comprometimento com a própria carreira. Se deixou acomodar pelos milhões que o contrato oferecido por Belluzzo. Agora entrou na fase de definição sobre seu futuro. Seu compromisso com o clube terminará em agosto. E ele já está na lista de pré-convocados por Sampaoli para disputar a Copa América. Cada jogo ganhou importância enorme ao meia, se ele quiser seguir no Palmeiras. O Cruzeiro e o Flamengo seguem interessados. Quanto a Leandro Pereira, Cristaldo e Rafael Marques, Alexandre Mattos se convenceu que é preciso buscar um artilheiro de verdade. O trio é muito fraco. Há a necessidade de gastar mais do que o clube desejaria. E, se dependesse apenas dele, o clube contraria Guerrero do Corinthians. Na sua avaliação, feita a Paulo Nobre, a pressão sobre o peruano demoraria dois meses. Logo ele seguiria normalmente no clube. Dá o exemplo de Ganso que saiu do Santos para o São Paulo. O meia só enfrenta dificuldade quando precisa atuar na Vila Belmiro.

Nobre não quer problemas com Andrés Sanchez ou Roberto de Andrade. Só negociará com o peruano se tiver a permissão dos dois. Empresários oportunistas ofereceram o argentino naturalizado paraguaio Lucas Barrios. Ele pertence ao Spartak de Moscou e está emprestado ao Montpellier da França. Jogador raçudo, artilheiro, mas sem grande técnica. Está muito abaixo de Guerrero. Só que sua aquisição seria fácil na próxima janela que será aberta no meio do ano. Pelo menos em um ponto, Paulo Nobre, Alexandre Barros e Oswaldo de Oliveira concordam. O nível dos artilheiros contratados é baixo, diante da expectativa pelo time que montaram. E agora decepciona. A semana será de muita pressão e cobrança no Palestra Itália. Acabou a paz para Oswaldo, Valdivia e Leandro Pereira, Cristaldo e Rafael Marques...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 25 May 2015 08:58:30

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