quinta-feira, 14 de maio de 2015

Soberba, atraso de salários e péssimo futebol. Os culpados pela eliminação do Corinthians da Libertadores de 2015. Outro vexame contra o limitado Guarany, desta vez no Itaquerão...

Soberba, atraso de salários e péssimo futebol. Os culpados pela eliminação do Corinthians da Libertadores de 2015. Outro vexame contra o limitado Guarany, desta vez no Itaquerão...




Acabou de forma vexatória a Libertadores da América para o Corinthians. De nada adiantou o apoio de 40 mil torcedores apaixonados, cantando, vibrando os 90 minutos no Itaquerão. Descontrolado psicologicamente, o time de Tite não conseguiu superar a marcação do limitado Guarany do Paraguai. Tendo de vencer por três gols de diferença, perdeu por 1 a 0. Além de jogar muito mal, a equipe teve Fábio Santos e Jadson expulsos infantilmente. A eliminação nas oitavas de final foi absolutamente justa. O time corintiano foi péssimo no Paraguai e no Brasil. De maneira constrangedora acabou sua invencibilidade de 32 jogos no seu estádio. A perspectiva no clube é péssima: desmanche do time, crise financeira. Vagner Love, Cristian e Petros, que nem ficaram no banco ontem, deverão ser os primeiros a sair. Ralf e Gil têm negociações adiantadas. Danilo e Emerson dificilmente terão seus contratos renovados. Assim também como Guerrero, se não baixar sua altíssima pedida, também poderá ir embora. "Ficamos tristes. Não queremos perder, ser eliminados. Mas infelizmente jogamos mal de novo. A derrota no Paraguai nos pressionou a ter de vencer por uma grande diferença de gols. Não conseguimos ter tranquilidade e acabamos perdendo de novo. Foi triste, mas futebol é assim mesmo", dizia, arrasado, Cássio. "A gente teve a felicidade, não vamos negar (de enfrentar o Guarany), a gente foi presenteado por Deus, vamos dizer assim, nessas oitavas com um jogo que não é tão complicado, não é nenhum time brasileiro, nenhum grande expoente da Argentina." Essa definição do diretor de futebol do Corinthians, Sérgio Janikian, ficará marcada na história. Essa era a perspectiva da diretoria corintiana assim que saíram os confrontos das oitavas de final da Libertadores. Havia muita confiança que o time passaria sem sustos pelo Guarany paraguaio. Isso fez com que os dirigentes nem se preocupassem muito com a dívida de direito de imagem de vários atletas. E salários de outros. Agiram como se ganhassem duas semanas na busca de, ao menos, R$ 15 milhões em empréstimo. A dívida com os atletas passa dos R$ 22 milhões. Mas os R$ 15 milhões já amenizariam. Só que Roberto de Andrade não conseguiu o dinheiro. Nem Caixa ou BMG quiseram disponibilizar o dinheiro. Por um motivo: o Corinthians não apresenta garantias de pagamento. A bilionária dívida com o Itaquerão nem começou a ser paga. Mas faltou visão aos dirigentes. Vários jogadores e, principalmente, seus agentes estavam profundamente irritados com o atraso de salários e direito de imagem. Passaram a vazar informações em off para a imprensa. O resultado é que o ambiente foi sendo sabotado para a Libertadores. Os dirigentes só acordaram depois da inesperada derrota por 2 a 0 no Paraguai, onde pouco antes do jogo, o diretor de futebol agradecia a Deus pelo adversário. Com todo o dinheiro circulando no clube tendo como destino a dívida com o Itaquerão, Roberto de Andrade resolveu prometer a premiação para as quartas de final da Libertadores aos atletas: R$ 2 milhões. Seria um mero paliativo, um alívio. Mas a notícia não agradou muita gente. A dívida com os jogadores chega a mais de R$ 20 milhões. O que é enorme demonstração de incompetência dos dirigentes. Disputar a Libertadores devendo ao time tem todas as características de suicídio. Foi exatamente o que fez Tite. Não bastasse a falta de pagamentos de direitos de imagem e salários, o treinador caiu na tentação. Ele comandava o time de melhor futebol no início da temporada no Brasil. Mas caiu na tentação. Mostrou em matéria do Esporte Espetacular da Globo, segredos táticos do seu time. Como atacava, como marcava. Um prato cheio para os treinadores adversários. Detalhava com orgulho o seu 4-1-4-1. Fernando Jubero, treinador do Guarany, soube muito bem aproveitar a aula do professor Tite. Se o brasileiro não só dizia, como mostrava suas triangulações pelos lados, caberia ao paraguaio evitá-las. Elas não aconteceram. Tanto no Paraguai como hoje no Itaquerão. Bastou montar duas linhas, com quatro zagueiros e cinco jogadores no meio de campo e pronto. Fagner e Fábio Santos teriam marcadores por setor, nas laterais do campo. Renato Augusto e Malcom seriam acompanhados. Além disso, o time paraguaio tinha sempre nove jogadores atrás da linha da bola. Não havia espaço para o time brasileiro impor sua compactação. Ou seja, Tite ensinou a como o Guarany anular sua própria equipe. Irritados com fatores fora e dentro do campo, os jogadores corintianos passaram a forçar bolas na área paraguaia. Seu meio de campo era absolutamente desprezado. O time passou a dar chutões da sua intermediária na zaga muito bem montada. Não havia paciência, movimentação combinada. Tudo parecia improviso. Ralf não tinha função, já que o Guarany só se defendiam. Elias também estava preso demais atrás, inacreditavelmente inseguro. Dava pena ver Guerrero lutando sozinho. Tentando resolver de qualquer maneira, na raça, na trombada. Nada de prático conseguiu durante a partida toda. A não ser um cartão amarelo. Malcom, a escolha de Tite foi uma catástrofe. O garoto se intimidou e não acrescentou nada ao Corinthians. Ele ocupou a vaga de Emerson, suspenso. Tite despachou Vagner Love do banco. Assim como fez com Cristian e Petros. Mostrou para os dirigentes corintianos que não os deseja mais no elenco. Simples assim.

Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 14 May 2015 00:06:34

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