quinta-feira, 16 de junho de 2016

A tentativa por Roger do Grêmio, por enquanto, falhou. Sylvinho e Oswaldo estão na mão. Fernando Diniz e Eduardo Baptista recusaram. Na verdade, o Corinthians se desespera sem Tite...

A tentativa por Roger do Grêmio, por enquanto, falhou. Sylvinho e Oswaldo estão na mão. Fernando Diniz e Eduardo Baptista recusaram. Na verdade, o Corinthians se desespera sem Tite...




A difícil vida do Corinthians sem Tite. Roberto de Andrade contava com o treinador até o final de seu mandato, em 2017. Até no Parque São Jorge havia a certeza do fracasso de Dunga. Mas os dirigentes contavam que Del Nero o manteria no cargo até a Copa da Rússia. O dirigente realmente não previu que teria de abrir mão de seu treinador de confiança já. Marco Polo poderia ter avisado antes, que o ódio seria o mesmo. Fiel ao seu estilo aparentemente democrático, Tite mantinha todo o futebol profissional corintiano com rédeas curtas. Sob seu comando jogadores subiam da base, eram emprestados, comprados, vendidos. Era treinador, manager, psicólogo. Contava com a extrema confiança de Roberto de Andrade e de Andrés Sanchez. O baque de perdê-lo foi maior do que o desabafo de Roberto de Andrade. Ele está muito mais do que "puto" com a CBF. Ele está desorientado. E tendo de fazer uma aposta com graves consequências. Qual o substituto ideal para Tite? Alguém que siga de olhos fechados o que fazia no clube? Mas sem sua vivência, personalidade ou respeito diante do elenco? Se for essa aposta, seria Osmar Loss. Treinador do time sub-20, vice campeão da Copa São Paulo de 2016. Conhece profundamente os métodos de Tite, os garotos. Só que sua experiência é nula com os profissionais. Há o forte medo de que seria "engolido" pelo elenco. Fábio Carrille, auxiliar de Tite, que dirige o time hoje contra o Fluminense, também está descartado. É considerado promissor, mas inexperiente para assumir a equipe definitivamente. Andrés e Roberto acreditam que o substituto está fora do Parque São Jorge. Vários conselheiros que formam a cúpula do clube já trataram de entrar em ação. Querendo mostrar poder foram atrás de Eduardo Baptista, Fernando Diniz, Oswaldo de Oliveira e Sylvinho.

Abel Braga foi o primeiro treinador a ser lembrado. O técnico campeão da Libertadores com o Internacional tem inimigos importantes no Parque São Jorge. Aliados de Andrés Sanchez não se esquecem que ele dirigia a equipe gaúcha em 2007. Bastava vencer o Goiás e o Corinthians não seria rebaixado para a Segunda Divisão. Mas há nove anos se desconfia que o Internacional não deu a alma para vencer o jogo. O time goiano venceu e atirou a equipe paulista para a Série B. O rancor contra Abel ainda é fortíssimo. A desculpa oficial é que ele negocia com o Flamengo. E ninguém quer tocar no assunto 2007 publicamente. Lembrar do rebaixamento à Segunda Divisão. De tristeza já basta a saída de Tite. Andrés Sanchez é muito próximo de Nelsinho Baptista. O treinador de 65 anos dirige o Vissel Kobe no Japão. É considerado por Andrés um exemplo de profissional. Lamenta não ter seguido com ele, após o rebaixamento de 2007 e contratado Mano Menezes. Nelsinho passou todos os conhecimentos e a retidão de caráter para Eduardo Baptista, seu filho, técnico de 46 anos, que dirige a Ponte Preta. Seria o desejo do homem que manda no Corinthians tê-lo dirigindo a equipe.

Ético, Eduardo mandou avisar aos intermediários corintianos que vai cumprir seu contrato até o final de 2016 com a Ponte Preta. Ele aprendeu muito ao deixar o Sport e ir para o Fluminense. Se queimou e se arrependeu. Não quer ser visto como mercenário e homem sem palavra. Por isso agradeceu e disse não. Publicamente já que o convite não foi oficial, repetirá que não foi consultado. Fernando Diniz, treinador do Audax, seria o predileto de Tite. Moderno, inteligente, ousado. Apesar de o Corinthians precisar financeiramente, no mínimo, se classificar para a Libertadores de 2017, Andrés e Roberto de Andrade aceitariam os riscos. Mas Diniz também mostrou muita dignidade. Foi direto a seus interlocutores corintianos. Disse que havia um compromisso de honra com Mario Teixeira, dono do Audax. Ele seguirá comandando o Oeste, time que o Audax arrendou extraoficialmente, na Série B. Quer classificá-lo para a Série A do Brasileiro. Só aceitaria trabalhar no Parque São Jorge se fosse liberado por Mário. Mas isso significaria implodir o projeto que está dando muito certo. E ainda pode render o que o dirigente deseja, muito dinheiro.

Dois profissionais profundamente ligados ao Corinthians foram consultados. E disseram sim. São de perfis diferentes. Oswaldo de Oliveira e Sylvinho. O treinador do Sport foi campeão mundial com o clube em 2000. Oswaldo começou sua carreira como treinador para valer ao herdar o grande time montado por Vanderlei Luxemburgo, quando ele se preocupava apenas em ser técnico. Aos 65 anos, Oswaldo vive sua decadência como treinador. Não consegue se firmar mais em clube algum. Foi demitido do Botafogo, Santos, Palmeiras, Flamengo. E está com a corda no pescoço no Sport Recife. Lógico que ele ficou animadíssimo com a possibilidade de voltar ao Parque São Jorge. Deu indícios claros que aceitaria a troca. Basta ter o convite. Roberto de Andrade é amigo íntimo, fã, parceiro de longas conversas. O trata por Oswaldinho, na intimidade. Sylvinho também ficou surpreso e vibrou com a sondagem. Aos 42 anos, nasceu como jogador no Corinthians. Depois passou pelo Arsenal, Celta, Barcelona, Manchester City. Dono de muita personalidade, se prepara para ser treinador desde 2011, quando foi auxiliar de Vagner Mancini no Cruzeiro. Acompanhou Mancini no Sport. De lá, para o Náutico. Em 2013 e 2014 trabalho no Corinthians como auxiliar de Tite e depois de Mano Menezes. Partiu para a Itália, para trabalhar como assistente de Roberto Mancini, na Inter de Milão. Roberto de Andrade e Andrés têm a recomendação de Edu Gaspar e Tite. Os dois o consideram muito sério e preparado para o cargo. Também conhece profundamente o Parque São Jorge. E trabalha com um dos grandes treinadores do mundo. O grande receio é que ele nunca foi técnico, apenas auxiliar.

Mano Menezes foi barrado com ódio ontem publicamente por Roberto de Andrade. O motivo é que ele virou "homem de Mario Gobbi", ex-presidente rompido com a cúpula do clube. E além disso, seguiu no comando da Seleção mesmo depois que Andrés foi mandado embora por José Maria Marin. Sanchez nunca perdoou o que chama de traição. "O Mano Menezes não vem trabalhar comigo. Não gostaria. Não quero. Não tem o perfil de que gosto." Há o medo em relação às indicações de treinadores estrangeiros. O Corinthians não pode passar por um período de adaptação. A pressão financeira por uma boa campanha no Brasileiro e na Copa do Brasil é imensa. Pelas dívidas no Itaquerão. Não pode, por exemplo, passar pelo que o Cruzeiro sofre com o português Paulo Bento, na zona do rebaixamento. Existia um sonho na alma de Andrés e Roberto. Só pessoas de extrema confiança dos dois sabiam. Praticamente impossível. Roger do Grêmio. Ele tem o perfil competitivo, moderno, de resultado a curto prazo que interessa demais aos dois comandantes do Corinthians. Mas renovou seu contrato com o clube gaúcho até o final de 2017. "É querer e desquerer", disse Romildo Bolzan, presidente do Grêmio. A sondagem foi feita. Roger procurou a direção do clube. A multa é de R$ 1,4 milhão. O Corinthians pagaria. A resposta de Romildo foi "não". De jeito algum. Para não haver um rompimento com o Grêmio, o treinador aceitou continuar em Porto Alegre. Existia um sonho na alma de Andrés e Roberto. Só pessoas de extrema confiança dos dois sabiam. Praticamente impossível. Roger do Grêmio. Ele tem o perfil competitivo, moderno, de resultado a curto prazo que interessa demais aos dois comandantes do Corinthians. Mas renovou seu contrato com o clube gaúcho até o final de 2017. "É querer e desquerer", disse Romildo Bolzan, presidente do Grêmio. A sondagem foi feita. Roger procurou a direção do clube. A multa é de R$ 1,4 milhão. O Corinthians pagaria. A resposta de Romildo foi "não". De jeito algum. Para não haver um rompimento com o Grêmio, o treinador aceitou continuar em Porto Alegre. Mas os dirigentes acreditam que o Corinthians insistirá.
O nome de Dorival Júnior também foi discutido. Mas sem tanto entusiasmo. Roberto de Andrade e Andrés querem resolver a situação o mais rápido possível. Dentro do atual cenário, valeria a aposta em Syilvinho. É a mais real. Ele tem profundo conhecimento do futebol moderno, nasceu no Corinthians, dono de personalidade forte, sempre foi líder. É ambicioso. E cinco anos de experiência como auxiliar. De Vagner Mancini passou para Tite, Mano e Roberto Mancini. Sylvinho se mostra pronto e disposto a assumir o cargo. O que o Corinthians não pode fazer é perder tempo. Andrés e Roberto juram que isso não irá acontecer. Prometem que nas próximas horas o nome será anunciado. Mas a verdade é que o clube não se preparou para perder Tite...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 16 Jun 2016 12:04:07

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