domingo, 5 de junho de 2016

O Palmeiras derrotou o Flamengo, o árbitro, o gás pimenta, sua bipolaridade. Conseguiu sua primeira vitória no Brasileiro fora de sua arena. 2 a 1 no Mané Garricha. Jogo marcante para a caminhada do time de Cuca...

O Palmeiras derrotou o Flamengo, o árbitro, o gás pimenta, sua bipolaridade. Conseguiu sua primeira vitória no Brasileiro fora de sua arena. 2 a 1 no Mané Garricha. Jogo marcante para a caminhada do time de Cuca...




O Palmeiras conseguiu uma vitória que serve como marco no campeonato. Dá ânimo, confiança para a luta pelo Brasileiro. O time superou o renascimento do Flamengo, com Zé Ricardo. Deixou para trás sua bipolaridade, ganhando sua primeira partida fora dos seus domínios. Não precisou de um pênalti claríssimo não marcado pelo instável árbitro da Fifa, Dewson Fernando Freitas da Silva. Deixou para trás até o gás pimenta lançado pela polícia para conter outra lamentável briga entre as organizadas. Confronto que enfeiou o jogo de maior público em todo o torneio. 54.665 torcedores que bancaram uma arrecadação de R$ 2.828.565,00, no Mané Garrincha, em Brasília. O resultado de 2 a 1 foi justo e importante para o Palmeiras. O Flamengo segue sua instabilidade, a indefinição sobre o futuro. Como Cuca prometeu que o Palmeiras será campeão brasileiro de 2016, o time tem a obrigação de ganhar fora dos seus domínios. Não era o que estava acontecendo. Teve derrotas frustrantes contra Ponte Preta em Campinas e São Paulo, no Morumbi. Havia vencido três partidas em casa. Mas precisa acabar com essa gangorra, esse perde e ganha, a bipolaridade.

Sabendo dos problemas de indefinição no futebol do Flamengo, com o time entregue ao ex-treinador do sub-20, o treinador tomou uma decisão. Faria seu time atuar como se fosse o dono do Mané Garrincha, com a equipe fazendo marcação alta, pressionando, não deixando os rivais respirarem. O desejo era definir o jogo logo no início. Cuca sabia das deficiências defensivas do adversário. Principalmente a dupla de área Léo Duarte e César Martins. Tinha certeza que a velocidade do ágil ataque formado por Dudu, Gabriel Jesus e Róger Guedes. Com seu meio de campo adiantado, a tendência era que conseguiria criar chances logo no início da partida. Por isso treinou tanto definição, chutes a gols antes dessa partida. Antes de comprovar sua tese, o técnico passou por um susto. Alan Patrick cobrou falta e Matheus Sales desviou, obrigando Fernando Prass a fazer excelente defesa. Isso a dois minutos de jogo. Aos três, o Palmeiras marcava 1 a 0. O marcado César Martins errou a virada de jogo. Tchê Tchê com um toque inteligente e hábil de cabeça, descobriu Gabriel Jesus mais livre que muitos criminosos delatores da operação Lava Jato. Ele invadiu a área e tocou com convicção, na saída de Alex Muralha.

Cuca via a realização do seu planejamento. Muito mais cedo do que imaginava. Não deu nem tempo para agradecer aos céus, como tanto gosta, e Alan Patrick empatava o jogo. O meia que foi dispensado do Palmeiras acertou chute fortíssimo da entrada da área e decretou 1 a 1 aos cinco minutos. O gol deu confiança ao time carioca, apoiado por sua grande torcida em Brasília. Zé Ricardo havia comprado o confronto. Sonhava com a terceira vitória consecutiva e ver aumentar e muito a chance de ser efetivado. Ele procurava explorar a velocidade do seu time pelas laterais. Forçar triangulações, time atuando junto, compacto. O desenho tático era muito bom. Falta o principal ao elenco carioca: talento. O confronto ficou aberto. Com o Palmeiras tentando aumentar o placar. Com sua postura ousada, aberta. E o Flamengo buscando os contragolpes em velocidade. Apostando na movimentação de Fernandinho e Everton. Moisés tinha toda a liberdade para articular os ataques da equipe paulista. O jogo era interessante, indefinido, com oportunidades de lado a lado. Veio o intervalo. E ficou mais uma vez evidente que tipo de torcedores fazem mal ao futebol brasileiro. Não é segredo para ninguém que as principais organizadas de Palmeiras e Flamengo se odeiam. Em anos de confrontos já houve mortes, ônibus queimado. O Ministério Público está repleto de relatos de encontros entre os vândalos. Lógico que eles não iriam se conter. Enquanto a organização do jogo deu belo exemplo liberando a convivência entre flamenguistas e palmeirenses comuns, reservou uma ala do estádio para as organizadas. E deixou as uniformizadas dos clubes bem distantes. Só que no intervalo, a palmeirense tentou surpreender a flamenguista. Seria uma batalha selvagem se a Polícia Militar não entrasse em ação. Só que na ansiedade para separar os vândalos, a PM disparou bombas com gás de pimenta. A ação do gás infestou não só as arquibancadas. Chegou até o gramado. O reinício do jogo foi retardado graças às torcidas organizadas. Um dia, quem sabe, as autoridades resolvam trabalhar e tirar de vez os vândalos de jogos de futebol. Zé Ricardo surpreendeu. E decidiu que o time que pressionaria o outro seria o Flamengo. Adiantou sua marcação. E passou a dominar o jogo. Foram 13 minutos de domínio. Até que Cuca agiu. Trocou o volante Matheus Sales pelo atacante e vivido Luan. Ele entrou aberto, quase um ponta esquerda para trabalhar com Fabrício. Travar Rodinei e ainda dar mais espaço para os meio campistas palmeirenses. O Palmeiras equilibrou o jogo. E ainda não teve um pênalti claro marcado. Luan cruzou da esquerda, Léo Duarte errou o tempo e teve de apelar para o braço para a bola não passar. Penalidade infantil, mas que o árbitro Fifa pelo Pará, Dewson Fernando Freitas da Silva, não marcou. Em seguida, saiu Róger Guedes. Entrou Cleiton Xavier e o Palmeiras passou a ter muito mais neurônios. Aos 25 minutos, outro pênalti para o Palmeiras. Dewson não teve coragem de não marcar. Gabriel Jesus ganha de Léo Duarte invade a área e bate por cima de Alex Muralha. A bola iria beijar as redes, quando o zagueiro César Martins espalmou como um goleiro. Pênalti e cartão vermelho.

Jean foi para a cobrança e não desperdiçou. Palmeiras 2 a 1 aos 26 minutos. Com vantagem no placar e com um jogador a mais, a equipe de Cuca administrou sua importante vitória. O Flamengo não teve força para reagir. "A vitória foi muito importante. Contra um adversário forte, tradicional. E mostrando a força que o Palmeiras tem. Não só no time, mas no elenco. O Fabrício estava descansadinho, o Zé (Roberto) vinha de duas batalhas. Como o Zé tem 41 anos, é bom dar uma freada. Quem eu puser eu estou meio certo, meio errado. Isso é bom. Não estamos queimando ninguém, estamos usando o elenco, e tem dado certo", comemorava Cuca. "O Palmeiras é um pouco mais entrosado que a nossa equipe, tem um grande treinador como o Cuca e jogadores talentosos que são difíceis de ser marcados quando inspirados. Então acho que foi mérito do Palmeiras a vitória. Cometemos pênalti e perdemos um jogador quando estávamos melhor no jogo. Vamos esperar para ver o que vai acontecer", dizia Zé Ricardo, sem a menor ideia se seguirá ou não treinador do Flamengo. Este é o futebol brasileiro. Rei do improviso. E palco de farra dos vândalos. Quem paga são os inocentes...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 05 Jun 2016 18:39:40

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