quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Absurda falta de critério do paulista Luiz Flávio de Oliveira dá a vitória ao paulista Corinthians contra o pernambucano Sport. Mancha o Brasileiro de 2015. "Por mim, sairíamos de campo. O pênalti seria cobrado com o gol vazio." Diego Souza...

Absurda falta de critério do paulista Luiz Flávio de Oliveira dá a vitória ao paulista Corinthians contra o pernambucano Sport. Mancha o Brasileiro de 2015. "Por mim, sairíamos de campo. O pênalti seria cobrado com o gol vazio." Diego Souza...




"Por mim, sairíamos de campo. E deixava o Corinthians bater o pênalti com o gol vazio. Não aceito o que o juiz fez com o Sport. O Corinthians mais uma vez foi beneficiado. Parabéns para quem fez a escala desse jogo. Estava claro que haveria confusão." A indignação era de Diego Souza, revoltado com a derrota do Sport. E muito mais com a atuação do árbitro Luiz Flávio de Oliveira. O meia estava mais do que certo. Qualquer lance duvidoso causaria muito alvoroço. A CBF estragou toda a beleza do confronto entre Corinthians e Sport. O jogo maravilhoso, empolgante taticamente. Com lances de muita técnica, talento ficará esquecido. Na vitória corintiana por 4 a 3, como já era esperado, o Luiz Flávio de Oliveira roubou a cena, ao marcar um pênalti que decidiu o jogo. A favor do Corinthians. Eram 41 minutos do segundo tempo. A sensacional partida estava empatada em 3 a 3. Guilherme Arana foi até a linha de fundo e cruzou forte para a área. Rithely deu um carrinho tentando cortar o lance. A bola bateu no seu braço que estava levantado. Pênalti marcado. Jadson cobrou e marcou. O lance é interpretativo. E já causaria enorme discussão. Ritheli teve ou não a intenção de cortar a bola com a mão? A ira pernambucana já seria imensa. Só que tudo ganha uma proporção ainda maior. Porque na quinta rodada do Brasileiro, na quarta-feira, dia 3 de junho, Cruzeiro e Flamengo jogavam no Mineirão. Alecsandro ainda defendia o Flamengo. Ele desceu pela linha de fundo e cruzou. O cruzeirense Pará deu o carrinho com o braço levantado. A bola tocou no braço. O pênalti não foi marcado. Quem era o árbitro? Luiz Flávio de Oliveira. O mesmo lance. Critérios absolutamente diferentes. Favorecendo sempre o time da casa. Mas ainda tudo fica pior, inaceitável. Mancha o Brasileiro de 2015.

Porque Luiz Flávio de Oliveira é paulista. E sua decisão ajudou o paulista Corinthians a se tornar líder do Brasileiro. Prejudicando não só os pernambucanos. Mas todos os 19 concorrentes do Campeonato Nacional. "Essa situação me deu náuseas e vontade de vomitar. O que vimos aqui foi uma aberração. Foi um caso anunciado. Se sabia desse risco. Falamos antes sobre isso (fato do jogo ser apitado por um árbitro paulista) com a comissão de arbitragem. Não adiantou. "Poderia perder se fosse licitamente. Não dessa forma. Os jogadores lutaram e foram guerreiros. Mas sabemos o quanto é difícil fazer futebol no Nordeste. É muito difícil lutar contra determinadas forças. Temos que nos superar e sabemos que a tarefa é gigantesca. Não é fácil derrubar determinadas forças. Me causa nojo o que vi aqui." A reclamação desesperada foi do vice presidente do Sport, Arnaldo Barros. O clube pernambucano deverá entrar com um protesto formal na CBF contra o juiz. Não aceita que ele apite mais seus jogos no Brasileiro. "Eu não vi o lance. Tudo o que eu falar vai ser incoerente. Vou falar como falei do lance contra o São Paulo. Estou em uma idade em que me permito falar do que vejo. Não queria estar na pele da arbitragem. Tudo que fizesse seria questionado", disse Tite. O treinador corintiano foi coerente. Na terça-feira ele não poderia ter sido mais claro. Mostrou sua revolta pela escalação do árbitro paulista em tão importante confronto.

"É uma insensibilidade de quem comanda. Há uma série de árbitros importantes de outros estados. Isso só gera pressão. Tem de cuidar do espetáculo. O Corinthians não precisa de outros artifícios para ganhar. Não precisa ser malandro. Foi campeão da Libertadores e do Mundo assim." Tite antecipou o óbvio. Em outras palavras. Se o Corinthians vencesse a partida, não aceitaria questionamentos. Não queria que o mérito fosse do juiz paulista apitando uma partida de uma equipe paulista contra outra pernambucana. Mas foi exatamente o que aconteceu. A vitória que colocou seu time na liderança do Brasileiro é questionada no país todo. Graças à absurda escalação de Luiz Flávio de Oliveira. Ontem foi a primeira vez na história que a arbitragem fez um protesto nacional. Foi contra o veto da presidente Dilma, que vetou o direito de arena aos juízes, na medida provisória 671. Eles entraram com pulseiras pretas, atrasaram por um minutos os jogos e mostraram os números zero e cinco. Os tais 0,5% das transmissões reivindicados, que gerariam R$ 9 milhões por ano ao sindicato dos árbitros. Mas o protesto só virou motivo de revolta no Itaquerão. Os árbitros perderam toda a solidariedade com o estranho critério da marcação do pênalti de Luiz Flávio. Por que ele não marcou pênalti para o Flamengo? E resolveu marcar a favor do Corinthians?

"Cosme, nós confiamos muito no Luiz Flávio. Ele é um dos grandes árbitros deste país. Vou explicar. A ideia é do doutor Marco Polo. Ele acredita que já passou da hora de essa desconfiança toda. Não é porque um árbitro nasceu no mesmo estado do time que está jogando, que ele favorecerá esta equipe. Ou você acha que o Luiz Flávio foi escalado para ajudar o Corinthians? Não tem nem cabimento. Foi um voto de confiança da CBF na qualidade dos nossos árbitros." A explicação foi dada ao blog na terça-feira, um dia antes do jogo de ontem. O coronel Marcos Marinho, presidente da Comissão de Arbitragem de São Paulo, detalhava que a ideia era do presidente da CBF, Marco Polo del Nero. Esse "voto de confiança da CBF na qualidade dos nossos árbitros" provocou um estrago histórico. O lance que determinou a vitória do Corinthians contra o Sport não será esquecido. Não há como duvidar da honestidade de Luiz Flávio. Apenas questionar sua incoerência inexplicável. Ele é um árbitro Fifa. Precisa ter uma linha de raciocínio imutável. Não foi o que aconteceu em dois jogos que trabalhou. Para deixar tudo mais constrangedor. Leandro Vuaden não marcou um pênalti absurdo contra o Corinthians no último lance do clássico contra o São Paulo. Wesley chutou e Uendel defendeu a bola com o braço. A própria Comissão de Arbitragem da CBF apontou o grave erro.

Nos dois últimos jogos, pênaltis deram ao Corinthians três pontos. Dois a mais com a vitória e não o empate ontem. E o não marcado no domingo, garantiu mais um. Só nestas duas rodadas, a tabela de classificação estaria alterada. O líder seria o Atlético Mineiro com seus 36 pontos. O Corinthians passaria a ser segundo, com 34. E o São Paulo, seguiria em terceiro, com 33 e não apenas 31. Não é o que acontece. Graças a critérios de Luiz Flávio e de Vuaden, o Corinthians amanhece primeiro colocado com 37 pontos. O Atlético tem 36 e o São Paulo, 31. Esses pontos poderão fazer muita diferença na definição do título, da classificação para a Libertadores... Pior do que a atingir a credibilidade do torneio, houve a exposição desnecessária de Luiz Flávio. Um árbitro com reputação inquestionável, honesto. Mas como impedir o raciocínio rasteiro de que um juiz paulista favoreceu um time paulista e prejudicou um pernambucano? Ainda mais diante do que o próprio árbitro fez em Minas Gerais, quando agiu de maneira completamente diferente, em um lance igual... Só resta torcer que a CBF tenha o mínimo de bom senso. E perceba a estupidez da "experiência". Confrontos entre clube de dois estados diferentes exigem a escalação de um juiz de um terceiro estado. As consequências de um jogo empolgante foram lastimáveis. A incrível vitória do Corinthians é motivo de dúvida. O Sport revoltado. Luiz Flávio questionado. A desconfiança domina o próprio Campeonato Brasileiro.

A troco do que?



Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 13 Aug 2015 03:50:47

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