domingo, 16 de agosto de 2015

O vergonhoso Vasco de Eurico Miranda. Último colocado no primeiro turno do Brasileiro. Celso Roth demitido. Não, o respeito não voltou...

O vergonhoso Vasco de Eurico Miranda. Último colocado no primeiro turno do Brasileiro. Celso Roth demitido. Não, o respeito não voltou...




Foram 19 partidas. Três vitórias. Quatro empates. 12 derrotas. A última delas, hoje, neste sábado à noite. A camisa cruzmaltina foi novamente manchada. Derrota por 1 a 0 para o péssimo Coritiba. Resultado. O primeiro turno termina com o Vasco da Gama na lanterna, na última colocação. Nunca, na era dos pontos corridos, qualquer equipe que tenha terminado em último a primeira metade do Brasileiro escapou do rebaixamento. As pouco mais de oito mil pessoas que tiveram a coragem de ir ao Maracanã xingavam jogadores, Celso Roth. E gritavam em coro após mais uma humilhação. "Vergonha, time sem vergonha. Vergonha. Time sem vergonha." Não demorou, cerca de vinte minutos depois, o vice de futebol, José Luís Moreira decretava. "Celso Roth está fora do Vasco da Gama." E se levantou. Não quis dar explicação alguma aos milhões de torcedores no Brasil. A última pesquisa Ibope aponta 10 milhões. "Já falei que a palavra rebaixamento, aqui, é proibida. Se eu achar que o Vasco vai ser rebaixado, vou procurar o ponto mais distante da Sibéria e vou para lá. Se as coisas não forem feitas, pode ter essa consequência. Ficar falando de coisas que podem acontecer, não adianta. E não vou contratar mais ninguém." As promessas cheia de soberba foram feitas por Eurico Miranda. Dirigente de 71 anos. Substituto de Roberto Dinamite. O presidente teve a coragem de dizer ao assumir novamente o cargo, do qual havia sido escorraçado em 2008. Mas o "democrata" Dinamite foi uma enorme desilusão. Incompetente. Deixou a maior parte da dívida absurda de R$ 596 milhões. O Vasco é um clube completamente inviável. Atrasado. Que tem no ultrapassado São Januário, seu símbolo de decadência. Não há perspectiva. Dinheiro. Os torcedores perceberam o quanto Eurico Miranda é uma figura presa à década de 90, quando o clube era uma potência. Finge que não enxerga a realidade. Não sabe como lidar com a modernidade. A falta de imaginação na busca de patrocínios. Montagem de um elenco digno da camisa vascaína.

"Vai aqui meu agradecimento ao presidente, para a direção, e, em particular, aos jogadores. Mesmo não conseguindo os resultados, se esforçaram, se dedicaram. Futebol é assim. Tem momentos que a gente não consegue contornar. Espero que minha saída seja para o bem do Vasco, para que o Vasco volte ao caminho. Quero agradecer aos torcedores do Vasco, tivemos uma prova de carinho muito grande no jogo contra o Joinville. Não posso fazer pedido nenhum para a torcida, mas quero dizer que espero que continuem ajudando o grupo. Não tem ninguém mais triste dos que eles." O discurso de despedida de Celso Roth já estava ensaiado há muito tempo. Ele substituiu Doriva. Chegou ao clube com a visão defensiva que consagrou sua carreira. Só que encontrou um time fraco demais. Durou 13 jogos. No Brasileiro: três vitórias, um empate e sete derrotas. Na Copa do Brasil, duas vitórias.

A demissão era mais do que esperada. Há quatro partidas o Vasco não consegue fazer sequer um gol. Na campanha geral, o Vasco marcou oito gols e sofreu 31 nestas 19 partidas. A direção já contatou Oswaldo de Oliveira. Espera que ele seja o salvador nestas 19 partidas que restam no segundo turno. Antes, para complicar, a disputa das oitavas de final da Copa do Brasil. O rival será o mais detestado por Eurico Miranda, o Flamengo. Diante da derrota contra o Coritiba, o presidente fugiu da imprensa. Não quis dar entrevista. Quando um repórter colocou o microfone diante de sua boca, ele foi direto. "Você pediu licença para falar comigo?" Arrogância, truculência que foi sempre a marca registrada como dirigente de futebol. O grande problema para contratar Oswaldo de Oliveira é seu preço. Doriva recebia R$ 100 mil. Roth, R$ 200 mil. A expectativa é que o demitido treinador do Palmeiras não peça abaixo de R$ 350 mil. Os poucos conselheiros com coragem para falar para jornalistas vão pelo caminho óbvio. Eurico Miranda se deixou enganar pela conquista do Carioca. E descobriu da pior maneira possível que o Brasileiro é muito diferente. Não só pelo fraquíssimo elenco, que reforçou com veteranos sem energia e longe do auge como jogador. A falta do relacionamento íntimo com o presidente da Federação Carioca, Rubens Lopes, tem um peso enorme. O tempo está mostrado o quanto Eurico estava errado na sua entrevista mais famosa depois que reconquistou a presidência vascaína. Até Serginho Mallandro se vê no direito de dar conselhos para o Vasco não cair. Foi uma das cenas mais deprimentes dos últimos tempos. "Não, o respeito não voltou, Eurico..."




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 15 Aug 2015 23:59:50

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