quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Flamengo não teve piedade de Cristóvão. O motivo: diretoria não admitiu perder para o Vasco de Eurico Miranda. Oswaldo é o favorito. Cuca, o sonho...

Flamengo não teve piedade de Cristóvão. O motivo: diretoria não admitiu perder para o Vasco de Eurico Miranda. Oswaldo é o favorito. Cuca, o sonho...




A modelo Adriana Dias Cruz ouviu um engraçadinho na platéia gritar. Mexe mais. E ela devolveu ao pote a bola que havia escolhido. E quando retirou outra, sacramentou o duelo das oitavas de final da Copa do Brasil. Vasco e Flamengo. A estranha reação de Adriana levantou suspeitas. Desviou o foco do principal. Duas filosofias iriam se contrapor. A de Eduardo Bandeira de Mello, representando a modernidade. Contra o passado com seu digno representante, Eurico Miranda. Nos confrontos estavam frente à frente a maior rivalidade do futebol do Rio de Janeiro. E a cúpula do Flamengo exigia de Cristóvão Borges a vitória. Eliminar o Vasco era uma questão de honra. Bandeira de Mello passou todos os aborrecimentos possíveis por causa da ligação entre Eurico e o presidente da Federação Carioca de Futebol. Tanto que está disposto a fazer o clube não disputar o torneio estadual de 2016. Se for obrigado, colocará time de juniores. Isso se for reeleito, lógico. Cristóvão sabia que tinha a obrigação de vencer o lanterna do Campeonato Brasileiro. Mesmo com a empolgação previsível da contratação de um novo comandante, Jorginho. Só que o treinador não conseguia fazer o time render. As partidas do rubro negro sempre foram irregulares, inconstantes, imprevisíveis. Foram 18 jogos, oito vitórias, um empate e nove derrotas. Grande parte da diretoria já defendia a troca antes mesmo do primeiro jogo contra o Vasco. A insegurança de Cristóvão nas entrevistas se refletia em campo. Principalmente na parte defensiva. A desculpa que a diretoria se preocupou em contratar jogadores interessantes do meio para a frente era consistente. Mas na hora de gastar, os dirigentes brasileiros são sempre assim. Pensam nos atletas que vão agradar mais conselheiros, imprensa e torcedores. Daí o enorme investimento em Guerrero. Caberia a Cristóvão saber equilibrar o time. Buscar na categoria de base zagueiros com o talento do lateral esquerdo Jorge. Buscar volantes firmes como Cáceres, liberado para o Al Rayyan do Catar. O treinador que desse um jeito. Escalasse cinco atletas no meio de campo, tornasse o Flamengo covarde. Afinal, de que maneira, o Corinthians de Tite atua fora de casa? Mas a filosofia de Cristóvão é ofensiva. Combinava com o que esperavam torcida, diretoria e imprensa. Só que os resultados foram pífios. Sabotados pelo fraquíssimo poder de marcação. E pela péssima qualidade dos volantes e zagueiros que a diretoria oferecia. O diretor Rodrigo Caetano mandou mil recados pela imprensa. Queria o Flamengo eliminando o Vasco da Copa do Brasil. Embora houvesse a rivalidade histórica, ele exigia que Cristóvão colocasse em prática o que os conselheiros ironizavam. O "bem" teria de vencer o "mal". Pois não foi o que aconteceu ontem no Maracanã. O Flamengo teve chances para matar o jogo. Guerrero perdeu gols incríveis diante de Martín Silva. Sheik não foi bem. Ederson também não. Wallace conseguiu ser expulso e comprometer ainda mais o time. A derrota veio no gol de Jorge Henrique. Os conselheiros exigiram de Bandeira de Mello a cabeça de Cristóvão. Rodrigo Caetano estava muito disposto a entregá-la. O presidente flamenguista não suportava perder de novo para o seu inimigo filosófico Eurico Miranda. E Cristóvão, diante de tanta cobrança, colocou a cabeça na guilhotina. A demissão acabou sendo um alívio.

O Flamengo agora busca no mercado um substituto. O mais fácil é Oswaldo de Oliveira. Desempregado, morando no Rio. Está à espera de um mero telefonema. Alguns conselheiros ainda têm coragem de sugerir Mano Menezes, o treinador que demitiu o clube em 2013. Cuca é o sonho. Mas está enriquecendo até o seu bisneto na China. Rodrigo Caetano ficaria muito mais satisfeito. Só que a contratação se mostra praticamente inviável. Até pela necessidade de um novo comandante. Até porque há dois encontros marcados no Maracanã. Domingo, o São Paulo pelo Brasileiro. O clube ocupa a desconfortável 13ª colocação. E na próxima quarta-feira, a revanche, valendo a vida ou a morte, contra o Vasco do retrógrado Eurico Miranda. Bandeira de Mello bancou o quanto pôde Cristóvão Borges. Mas as circunstâncias e, principalmente, o risco de eliminação da Copa do Brasil, justo para o clube dominado por Miranda, mudaram a convicção do presidente.

imagens da Internet Até porque neste duelo contra o time de São Januário vale também apoios ou deserções na tentativa de reeleição. Por isso não há drama de consciência na demissão do substituto do demitido Luxemburgo. Mais do que planejamento, o Flamengo atual precisa de resultados. Fosse qualquer outro adversário na Copa do Brasil, a paciência com Cristóvão seria maior. Mas não contra o Vasco da Gama. Seja qual for o novo técnico, já sabe sua principal missão. Dar uma virada história. E eliminar o rival e seguir forte na Copa do Brasil. O discurso não será de apenas tentar. Virou obrigação se classificar. A bela Adriana Dias Cruz tem uma grande participação no caos na Gávea...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 20 Aug 2015 14:22:11

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