sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Juvenal Juvêncio e Aidar têm disputa importante. Qual dos dois terá o apoio de Rogério Ceni quando parar? A única saída para o goleiro não ter de optar será trabalhar como comentarista na tevê...

Juvenal Juvêncio e Aidar têm disputa importante. Qual dos dois terá o apoio de Rogério Ceni quando parar? A única saída para o goleiro não ter de optar será trabalhar como comentarista na tevê...




Os ex-presidentes do São Paulo discutem hoje o plano apresentado pelo CEO do clube, Alexandre Bourgeois. Ele foi indicado pelo empresário Abílio Diniz. As metas são conseguir recursos para enfrentar as dívidas que batem nos R$ 400 milhões. E o velho desejo de Carlos Miguel: a modernização do Morumbi. A principal proposta é a criação de um Comitê Gestor que administrará o clube junto com o presidente do São Paulo. Algo parecido com o que o Santos esboçou com Luís Álvaro. Só que além da mudança de gestão, há uma silenciosa e importante disputa. Não é segredo para ninguém que o clube hoje está dividido. Metade do lado de Carlos Miguel Aidar. E a outra metade com o ex-presidente Juvenal Juvêncio. Ambos irão brigar por tudo até 2017 quando haverá nova eleição no São Paulo. Até lá algo muito importante deverá acontecer. Em dezembro, daqui cinco meses, Rogério Ceni finalmente deverá se aposentar. Ele é o maior ídolo da história do futebol do São Paulo. São 42 anos e 24 como goleiro do único clube de sua carreira. Ele é muito mais do que um jogador. Tem espaço importante não entre os jogadores, Comissões Técnicas. Mas se tornou referência para conselheiros, dirigentes. Seu nome é a grife mais importante do Morumbi. Ele ainda não definiu publicamente qual caminho irá seguir. Há grande possibilidade que, após encerrar a carreira, passe um ano sabático estudando para se tornar técnico de futebol. Ou ainda decida se tornar gerente profissional de futebol. Trabalharia como elo entre a diretoria, o técnico e os jogadores. Cargo importante e de confiança daquele que for presidente do clube.

Só que aliados de Carlos Miguel como de Juvenal querem contar com o ídolo ao seu lado. Nessa corrida, a vantagem parece ser de Juvenal Juvêncio. Rogério Ceni e o ex-presidente sempre foram muito ligados. Virou tradição no Morumbi, em época de eleição, o goleiro atuar de amarelo. Não por coincidência. Mas por ser a cor da tradicional chapa de Juvenal. O ex-presidente sempre levou muito em consideração as opiniões de Ceni. Para tudo relacionado ao futebol. Até escolha de treinadores e contratações. O goleiro cansou de ser consultado. A relação é muito afetuosa. Neste período que Juvenal luta contra o câncer na próstata, o goleiro se mostrou preocupado, solidário. Com Aidar, a relação é muito mais fria. Profissional apenas. O presidente não é um grande frequentador do Centro de Treinamento do São Paulo. Pelo contrário. Prefere que Ataíde Gil Guerreiro converse com os jogadores. Carlos Miguel só reconhece a autoridade natural que o goleiro exerce no grupo de atletas. Ataíde deixa Rogério Ceni ainda um pouquinho mais distante da atual administração. O vice de futebol acredita que não há mais como adiar a aposentadoria do goleiro. O jogador estava acostumado com dirigentes insistindo na sua permanência. Que prolongue sua carreira indefinidamente. Ataíde, não. O departamento de marketing de Carlos Miguel pode não ter conseguido um patrocínio master em mais de um ano de trabalho. Só que busca faturar o máximo com a despedida do jogador. Já arrumou promoções como fazer o goleiro bater bola com torcedores. O evento arrecadou R$ 880 mil.

Há várias ações que estão sendo planejadas. Como lançamentos de camisa, amistosos, tentativa de reeditar a final do Mundial de 2005, com os jogadores que atuaram pelo Liverpool, despedidos em vários estados. Enfim, tudo que possa agradar o goleiro e ser muito lucrativo. Ao clube e ao jogador. Haverá um filme, um documentário sobre o jogador. Suas conquistas, seus recordes, seus gols. Os dois lados se articulam sabe o que significaria ter Rogério Ceni apoiando abertamente um grupo. Muricy Ramalho, por exemplo, deixa transparecer nas suas entrevistas que é muito mais próximo de Juvenal. O que atrapalha o ex-presidente em relação a Ceni é a data da próxima eleição. Deverá acontecer nos primeiros meses de 2017. Caso Rogério pare mesmo em dezembro e não queira ficar um ano longe do futebol, a situação se mostra mais fácil para Aidar. O presidente não tem nada de ingênuo. Oferecerá tanto a chance de ser gerente e tornar dirigente ou auxiliar técnico ou treinador de uma categoria da base. O que Rogério Ceni escolher.

Embora não seja conselheiro, porque é tão importante Aidar ou Juvenal ter o jogador ao seu lado? A popularidade. Há a certeza da companhia da mídia. Rogério Ceni tem a aura da seriedade, dedicação ao clube, ao torcedor. Em setembro completará 25 anos de São Paulo. Tudo isso é muito importante. Há ainda cinco meses para Rogério Ceni definir com calma que lado seguir. Por enquanto, ele se aplica demais para a tentativa dos seus dois últimos sonhos como jogador. Classificar a equipe para a Libertadores de 2016. E quem sabe com o derradeiro título? A chance maior é ganhando a Copa do Brasil. No longo Brasileiro, o elenco foi enfraquecido com o desmanche feito por Aidar. A opção para Rogério Ceni não ter de escolher um lado da guerra pode estar na televisão. Marcos teve um convite para trabalhar na TV Bandeirantes como comentarista. Não aceitou. O goleiro tem grande capacidade do comunicação. Seu nome é visto com interesse por alguns executivos da Globo como comentarista. A verdade é que Ceni será muito assediado. Convite para trabalhar no futebol não vai faltar. Escolher um lado da guerra no São Paulo. Sair de férias por um ano. Ou pensar na tevê. O jogador de 42 anos tem apenas cinco meses para definir o seu futuro. Cinco meses passam muito rápido. Para quem completará 25 anos de carreira. E para quem é tão importante na vida do São Paulo Futebol Clube...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 28 Aug 2015 01:45:53

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