domingo, 23 de agosto de 2015

Itaquerão fez Corinthians jogar como Corinthians. Goleou o pobre Cruzeiro de Luxemburgo por 3 a 0. Disparou na liderança do Brasileiro. E ainda recuperou Vagner Love...

Itaquerão fez Corinthians jogar como Corinthians. Goleou o pobre Cruzeiro de Luxemburgo por 3 a 0. Disparou na liderança do Brasileiro. E ainda recuperou Vagner Love...




Nem parecia o mesmo time acovardado que perdeu para o Santos na Copa do Brasil, na Vila Belmiro. Se atuasse em qualquer campo como se estivesse em Itaquera, o Corinthians seria imbatível. Equipe com personalidade, intensidade, vibração, agressividade. Chegou fácil à sua oitava vitória consecutiva no seu estádio. O confronto de hoje foi até constrangedor. Triste o que Gilvan Tavares fez com o Cruzeiro. O atual bicampeão do país nas mãos de Marcelo Oliveira, não passa de uma triste caricatura, nas mãos do decadente Vanderlei Luxemburgo. A derrota por 3 a 0 foi até modesta. Não é por os paulistas lideram o Brasileiro e os mineiros namoram com o rebaixamento. O destaque do jogo foi quem mais Tite desejava. Vagner Love. Luciano, com rompimento de ligamento no joelho, só voltará a atuar em 2016. O treinador precisava que seu artilheiro despertasse da letargia. A péssima dupla de zaga Manoel e Paulo André, colaborou. E o atacante marcou dois gols na fácil vitória. "Foi um dia especial. Graças a Deus, Ele me deu a oportunidade de fazer os gols. Agradeço minha família e meus companheiros, sempre estiveram do meu lado, me apoiaram. Não fui só eu que fiz o gol. Todos os jogadores fizeram comigo. Esse grupo é muito especial. Minha hora ia chegar", comemorava Love. O duelo foi desigual até antes do jogo. Na escalação. Tite optou por um agressivo 4-2-4 quando o time tinha a bola. Quando não tinha, marcava a frente, na intermediária cruzeirense. Fez do atual bicampeão brasileiro, um time pequeno. Luxemburgo levou à campo uma equipe insegura, amedrontada. Tentou encher o meio de campo, mas os jogadores recuaram naturalmente diante da pressão adversária. O sufoco corintiano no primeiro tempo foi intenso. A bem da verdade, o Cruzeiro teve um grande momento aos dez minutos. Quando Leandro Damião e Marquinhos encaixaram uma linda tabela. E o atacante chegou cara a cara com Cássio. O chute saiu forte, cruzado. O goleiro fez ótima defesa. Chance perdida, o castigo veio a galope. O canhoto Malcom levou a bola da direita para o meio da defesa cruzeirense. Quando estava pronto para chutar, Elias se antecipou e bateu forte. Fábio rebateu. E a sobra foi para Vagner Love estufar as redes mineiras. Ele não marcava desde 2 de julho, contra a Ponte Preta. Quem mais vibrou com o gol foi Tite. O treinador recebeu a notícia da diretoria que o clube não tem dinheiro para contratar ninguém na vaga de Luciano. A única solução era a recuperação de Love.

O gol ensandeceu o Itaquerão lotado. Chegou a seu maior público pós Copa e sem as arquibancadas móveis, 41.014 pessoas. A vantagem no placar deu personalidade ao time de Tite. O treinador não caiu na tentação de recuar sua equipe para atrair o rival, depois que sai na frente no placar. Não. O Corinthians continuou corajoso, pressionando o Cruzeiro para arrancar uma vantagem ainda maior. Virou o duelo de um time organizado e que articulava seus ataques contra um amontoado de atletas. O Cruzeiro dependia absolutamente de jogadas individuais. Como o futebol costuma ser injusto, quase empatou assim mesmo. Sem querer, Fagner ajeitou a bola para Leandro Damião dar uma linda bicicleta. Mas a bola foi fora. O Corinthians não só se refez do susto. Como foi além. Marcou 2 a 0. Mayke, o pior jogador em campo, fez uma enorme bobagem. Mena virou a bola da esquerda para a direita. O lateral correu como Usain Bolt. Evitou que ela saísse pela lateral. Mas tudo que conseguiu foi ajeitar para Renato Augusto. O meia correu pela esquerda, livre, e cruzou para Vagner Love. O atacante não a alcançou. Mas Jadson vinha livre da direita. 2 a 0, com a maior facilidade, aos 44 minutos. Quem estava e até quem não estava no Itaquerão sabiam. O jogo estava liquidado. A combinação de um elenco comum com um técnico decadente não permitia sonhar com viradas maravilhosas. Esse Luxemburgo genial morreu há mais de dez anos. Tanto que a "incrível" mudança nos vestiários de Luxemburgo foi a entrada do lateral Fabiano. No lugar do lateral Mayke. Fantástico. Ou seja, o Cruzeiro não mudou nada. Iria continuar sua postura submissa diante do Corinthians. O time de Tite não precisava mesmo mudar. E logo aos 2 minutos, Malcom encontrou a defesa do Cruzeiro escancarada. Em um simples contragolpe, ele desceu pela esquerda e cruzou para a direita. Fábio errou o tempo de bola, falhou. E Vagner Love marcou seu segundo gol.
3 a 0 Corinthians. A torcida aplaudia satisfeita. Sabia muito bem o quanto precisa do artilheiro confiante. Quanto ao jogo tudo estava definido. Tite sabia que já tinha os três pontos. E que precisava seu time inteiro, confiante diante do Santos na quarta-feira, pela Copa do Brasil. Mandou que Renato Augusto e Jadson diminuíssem o ritmo. Cadenciasse mais a partida. O Cruzeiro não tinha forças para mudar o panorama. Levaria de São Paulo a segunda derrota em dois jogos seguidos. A primeira foi para o Palmeiras, na Copa do Brasil. Aos 40 minutos, Tite fez o que aprendeu com o futebol europeu. Substituiu Vagner Love por Danilo. Fez o atacante que marcou dois gols receber todos os aplausos dos corintianos. Deu o toque a mais de confiança que ele precisa, por exemplo, para o clássico decisivo da Copa do Brasil contra o Santos.

O péssimo Cruzeiro de Luxemburgo está a um ponto da zona do rebaixamento. Gilvan Tavares é o grande responsável. Primeiro o desmanche no time. Depois a demissão de Marcelo Oliveira. A perda de Alexandre Mattos. E a escolha absurda do decadente Luxemburgo. Não há surpresa nesta triste campanha. Vanderlei após a goleada teve a coragem de jogar a derrota nos ombros dos jogadores, lógico. "Foram três gols em erros individuais. Aí fica complicado. Mas, se você pegar no contexto geral, a equipe não jogou mal. A equipe teve uma atuação boa. Tomamos três gols. Tivemos chances e não fizemos. Não botamos a bola para dentro. Errar contra o Corinthians é morrer. Tivemos o erro no primeiro gol e conseguimos equilibrar o jogo. Tomamos o segundo gol com outro erro. Depois, teve outro erro, mas com um escorregão. O campo é bastante escorregadio. Com certeza, é uma estratégia bem utilizada. O resultado é ruim, mas a atuação não foi ruim, não". Então, tá... Pobre Cruzeiro... O Itaquerão segue como o maior aliado do time de Tite. No Brasileiro foram oito partidas. Sete vitórias e uma só derrota, contra o Palmeiras. Além dos resultados, há a personalidade. O Corinthians é outro. Esta a maior esperança não só na manutenção da liderança no Brasileiro, como reverter os 2 a 0 que time tomou do Santos na Vila Belmiro. Esquecer a postura acovardada e ser o time corajoso, vibrante, intenso de hoje, é a receita...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 23 Aug 2015 17:53:50

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