domingo, 9 de agosto de 2015

Três bolas na trave. Pressão o tempo todo. Pênalti não marcado. Mas o São Paulo não aproveitou a covardia do Corinthians. No final, o injusto empate em 1 a 1 no Morumbi...

Três bolas na trave. Pressão o tempo todo. Pênalti não marcado. Mas o São Paulo não aproveitou a covardia do Corinthians. No final, o injusto empate em 1 a 1 no Morumbi...




O São Paulo acertou três bolas na trave. Teve um pênalti não marcado no último lance do jogo. Quando Uendel desviou com a mão chute de Wesley. Contou também com a covardia tática de Tite como cúmplice. Seu Corinthians jogou a partida toda atrás, sem ambição. No final, o empate em 1 a 1 muito injusto. A equipe de Osório deixou escapar a chance de uma vitória importante no Morumbi. "Se houvesse merecimento no futebol, o São Paulo ganharia este jogo. Quem merecia sair com a vitória é o São Paulo por tudo que fez. Hoje, mais uma vez, não contamos com a sorte", analisou Luís Fabiano. Osório aproveitou a semana de treinamentos e montou seu esquema predileto. Ousado, sem dúvida. Assumiu a responsabilidade de comandar o clássico. Fez o São Paulo tomar a iniciativa do jogo desde os primeiros minutos. Três zagueiros, cinco no meio de campo e dois atacantes. Liberou Bruno e Carlinhos como pontas. Sabia que Tite iria montar sua equipe para contragolpear. E com todos seus jogadores atrás da linha da bola. O que deixava o Corinthians recuado demais. Por mais que fossem velocistas, Malcom e Luciano, estavam isolados de mais. De novo, o treinador corintiano mostrava covardia tática exagerada. Tudo o que conseguiu foi oferecer espaço para o São Paulo pressionar, criar chances, ganhar confiança. Osório liberava Tolói e Lucão para ajudar na frente, como elemento surpresa. Com volume de jogo, o São Paulo criou chances e mais chances. Acertou três bolas na trave. Duas com Luís Fabiano em chutes com raiva e outra com leve desvio de cabeça de Centurión. Mas o São Paulo tinha um defeito. A ansiedade em tentar marcar, deixava um grande buraco no meio campo. Sua marcação era frouxa, ao perder a bola na intermediária era desesperador. E o Corinthians aproveitou muito bem tanta liberdade.

Aos 21 minutos, Malcom deu um bom passe para Uenel. Ele driblou como quis Tolói. E cruzou para Luciano, livre pelo meio, marcar 1 a 0. Parecia que a partida contra o Atlético Mineiro se repetia. Quando o São Paulo criou, dominou, não fez. E acabou sofrendo o gol. O time de Osório não ficou tão tenso quanto em Belo Horizonte. Conseguiu segurar os nervos. Até porque Tite depois da vantagem injusta, deixou o Corinthians ainda mais atrás. Era irritante a falta de coragem. Em vez de tocar a bola nas intermediárias, o time seguia com todos seus jogadores atrás e chutões. É irritante pensar que o técnico corintiano sonha dia e noite com a Seleção. Como? Se contra um rival desesperado, sem entrosamento, ele monta sua equipe totalmente sem ambição. Se comporta com treinador de equipe pequena. Não havia o menor cabimento para o Corinthians ter jogado todo atrás. Se Ganso tivesse um pouco mais de iniciativa, o São Paulo não sairia perdendo o primeiro tempo. Isso porque o Corinthians fazia duas linhas defensivas. Uma em cima da linha da sua grande área e outra na sua intermediária. Ninguém acompanhava o meia do São Paulo individualmente. Ele que fazia questão de encostar nos marcadores. Além da garra tradicional, faltava inteligência ao meia. Quem jogou muito bem foi Luís Fabiano. Enfrentava no peito seus marcadores corintianos. Conseguia encontrar espaço para virar, chutar forte para o gol de Cássio. Se tivesse um pouco de sorte, seus dois chutes raivosos no primeiro tempo não teriam explodido na trave. Mas entrado. O volume de jogo do São Paulo foi impressionante. No intervalo, todos esperavam alguma mudança tática no Corinthians. Mas ela não aconteceu. O mesmo medo, atraindo o rival para sua grande área. Mas o castigo não tardou. Luiz Eduardo apoiando o ataque descobriu Luís Fabiano na entrada da área. Ele rolou para Centurión livre na esquerda. O chute não saiu forte. Cássio espalmou na direção de Luís Fabiano. O veterano atacante empurrou para as redes 1 a 1, aos dois minutos do segundo tempo. Foi o décimo gol contra o Corinthians, na carreira do jogador de 34 anos. Sua maior vítima, ao lado do Vasco.


O São Paulo partiu corajoso tentando a virada. E o Corinthians seguia obcecado. Querendo travar o ímpeto do rival. E mais nada. A mesma estratégia acovardada seguia no time de Tite. Osório queria ganhar o clássico. E liberou Bruno, depois Auro, na direita. E Carlinhos, depois Michel Bastos na esquerda. O Corinthians se contentava em marcar. E não tinha saída de bola. Elias fez um dos seus piores jogos desde que voltou ao clube. Não acertava um passe. Irritado, tenso, nervoso. Jadson atuava como um volante de marcação. Malcom e Luciano também tinham de estar atrás da linha da bola quando o São Paulo começava a atacar. Estavam desgastados com tanta correria logo no início do segundo tempo. Osório se sentia à vontade. A ponto de colocar Breno em campo depois de quatro anos. O jogador que chegou a ficar preso na Alemanha, voltava ao futebol profissional. O São Paulo cumpria sua promessa de recuperação do ser humano. Ele atuou no meio de campo, no lugar de Hudson. Errou muitos passes, está sem ritmo. Mas sua entrada foi significativa, simbólica. O São Paulo seguiu pressionando, merecendo a virada. Tudo ainda ficou pior para o Corinthians com a merecida expulsão de Felipe. Ele teve de apelar, depois de mais um erro infantil de Elias no meio de campo. Fez falta violenta em Centurión e recebeu o segundo amarelo. O vermelho. Eram 37 minutos. Mais sufoco ainda à vista. E aos 47 minutos do segundo tempo, Leandro Vuaden não marcou pênalti para o São Paulo. Em Belo Horizonte, Wilton Pereira Sampaio em jogada semelhante, assinalou a penalidade ao Cruzeiro. Marinho foi cruzar e Victor Ramos colocou braço esquerdo ao lado do corpo, aumentando seu raio de ação. Pênalti. No Morumbi, depois de mais um lance de muito sufoco na área corintiana, a bola sobrou para Wesley. O chute saiu forte. E Uendel colocou seu braço ao lado do corpo, aumentando seu raio de ação. Pênalti não marcado. Eram 47 minutos do segundo tempo. Erro imperdoável de Vuaden. O empate foi selado. O time de Osório merecia ter vencido. Com o resultado, o Corinthians segue em segundo, atrás apenas do Atlético Mineiro. O São Paulo em sétimo. Mas com perspectivas diferentes. Se Tite seguir tão medroso fora de casa, seu time poderá despencar no restante do Brasileiro. Já o São Paulo está descobrindo que vale a pena ter coragem. E os nervos nos lugares. O time começa a renascer...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 09 Aug 2015 18:04:04

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