sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Pênalti não marcado para o Atlético Mineiro. Lance fundamental na derrota para o Grêmio. Resultado garantiu liderança do Brasileiro ao Corinthians. "Sempre tem uma coisa por trás nesse país", protesta Levir Culpi...

Pênalti não marcado para o Atlético Mineiro. Lance fundamental na derrota para o Grêmio. Resultado garantiu liderança do Brasileiro ao Corinthians. "Sempre tem uma coisa por trás nesse país", protesta Levir Culpi...




13 minutos do primeiro tempo. 0 a 0. Bola na área do Grêmio. Leonardo Silva gira para o gol. A bola ia forte em direção ao gol. Mas explode no braço esquerdo de Erazo, que está levantado acima da sua cabeça. Pelos critérios adotados pela Comissão de Arbitragem da CBF, pênalti. Mas a grande revelação entre os juízes do Norte do país, Dewson Freitas Silva, toma atitude contrária de, por exemplo, Luiz Flávio de Oliveira. Na quarta-feira, houve jogada parecida e um toque de Ritheli. Foi marcada a penalidade que deu a vitória ao Corinthians contra o Sport. Dewson mandou o jogo seguir. O Grêmio jogou muito bem, neutralizou o excelente toque de bola atleticano, e conseguiu a vitória merecida por 2 a 0. Não resta a menor dúvida que o pênalti não marcado fez muita falta aos mineiros. Eles não conseguiram recuperar a liderança do Brasileiro. Ficou com os corintianos. Houve muita revolta nos vestiários. Os jogadores e mesmo Levir Culpi não se conformavam com as decisões dos árbitros em favor dos corintianos. Luan não teve papas na língua. Disse publicamente o que o time atleticano pensa. "A gente fica chateado como o Corinthians foi beneficiado, com um pênalti não dado contra o São Paulo, e outro marcado ontem (que deu a vitória de 4 a 3 sobre o Sport). Se as coisas não acontecerem extracampo, como nos últimos dias, temos tudo para ser campeões do Brasileiro. Se não acontecerem..." Levir Culpi, sempre contido, não conseguiu também se segurar. "É uma preocupação, sim. Não costumo falar de arbitragem. Mas espero que o diretor de arbitragem dê uma entrevista e me convença do que aconteceu com o zagueiro do Grêmio, se é pênalti ou não. Não podemos tirar o mérito da vitória do Grêmio. Mas o jogo estava 0 a 0. E a gente fica preocupado, porque sempre tem uma coisa por trás nesse país."

Os jogadores do Corinthians sabem que foram ajudados por Leandro Vuaden, que não marcou pênalti claro contra o São Paulo. Uendel defendeu com a mão chute de Wesley. E que Luiz Flávio de Oliveira mudou seu critério no Itaquerão. No Mineirão, ele não marcou pênalti a favor do Flamengo quando Alecsandro tentou cruzar e Pará cortou com a mão. E na quarta-feira, o árbitro apontou penalidade quando Arana cruzou e a bola tocou na mão de Ritheli. Os critérios foram tão opostos que pareciam duas pessoas diferentes apitando esses jogos. Diante da reclamação generalizada, afinal foram duas partidas seguidas de decisões dos árbitros em favor do Corinthians, os atletas de Tite protestaram. Não aceitam as acusações de favorecimento. "Toda vez os caras reclamam, pô! O juiz estava ali, ele viu. Não vi o replay, mas toda vez é essa choradeira danada, pô! Tem que fazer que nem nossa equipe. Nossa equipe joga bola e esquece o juiz, deixa o juiz fazer o trabalho dele tranquilo", desabafou Jadson.

"Se a gente fosse assim tão beneficiado pela arbitragem, era líder do Brasileiro. Alguns jogos atrás, a gente teve um ou dois pênaltis que não foram marcados contra o Santos. Poderia ter dado a vitória. É o que o Tite fala. O campeonato dá em uma hora, tira na outra", filosofava Elias. O volante estava tão preocupado em mostrar a inocência do Corinthians que não percebeu algo óbvio. E que destruía a sua argumentação. Seu time já era líder do Brasileiro ontem. E seguiu sendo depois da derrota do Atlético Mineiro para o Grêmio. O jogo que não houve a marcação de pênalti no toque de mão de Erazo. A direção do Sport entrou com representação contra Luiz Flávio de Oliveira. E tudo não ficará apenas na justiça desportiva, no STJD. Depois pretende entrar na Justiça Comum contra ele.E até contra a CBF. A promessa é do presidente do clube pernambucano, João Humberto Martorelli. "Vamos agir de maneira jurídica contra CBF e o juiz. Não é a primeira vez que somos prejudicados. Isso tem que parar. É uma imoralidade o que estão fazendo, em especial nesse jogo, em que colocaram não só um árbitro paulista, como assumidamente corintiano. O mínimo que ele poderia fazer era pedir para não atuar nessa partida." Sim, Martorelli classifica Luiz Flávio de "corintiano". Muitos torcedores nas redes sociais iam pelo mesmo caminho. Alegando que o árbitro, nascido na interiorana e paulista cidade de Cruzeiro, sempre foi corintiano. A cúpula do Sport foi atrás dessas alegações e ficou convencida que é verdade. Até mesmo quem mais defende o árbitro teve de assumir. Luiz Flávio mudou o critério que adotou no jogo entre Cruzeiro e Flamengo.

"Ele acertou, foi extremamente feliz. Foi uma grande partida, com um grande público, com duas grandes equipes, um 4 a 3, tudo o que sonhamos. Uma arbitragem qualificada, jogadores disputando futebol sem reclamação. Foi um respeito ao torcedor", começou dizendo Sérgio Corrêa, presidente de arbitragem ao Sportv. Mas teve de responder sobre o jogo entre Cruzeiro e Flamengo. E não conseguiu fugir. Detalhou que Luiz Flávio errou em Belo Horizonte. "Foi pênalti também, na oportunidade conversamos com os instrutores. Não é possível que ele tenha entendido e interpretado corretamente? Houve uma evolução. No jogo anterior, Luiz Flávio se equivocou pelo posicionamento, pela mão estar no lado oposto. Neste lance do Sport ele estava bem posicionado e marcou. Jogador erra, árbitro erra, mas o mais importante é ter boa fé." Sérgio Corrêa pede boa fé. Mas na prática houve lances importantíssimos nesta e na rodada passada. E que, por coincidência, ajudaram tremendamente o Corinthians. O clube assumiu a liderança isolada do Brasileiro. Tite reconheceu que foi desnecessária a escalação do árbitro paulista Luiz Flávio de Oliveira para o jogo contra o Sport. "(A CBF) foi mal. Não precisava disso." E o treinador do Corinthians também foi claro em relação ao pênalti de Uendel no clássico contra o São Paulo no domingo. "Para mim, foi pênalti." Diante de tantos erros, da queda súbita do Atlético Mineiro da liderança, ficam as palavras de Levir. "Sempre tem uma coisa por trás nesse país..."





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 14 Aug 2015 02:00:04

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