quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Final de Libertadores? River Plate contra Tigres? De novo a Globo vira as costas. Mostrará hoje os tiros e explosões do envelhecido Bruce Willis. Desrespeito repetitivo...

Final de Libertadores? River Plate contra Tigres? De novo a Globo vira as costas. Mostrará hoje os tiros e explosões do envelhecido Bruce Willis. Desrespeito repetitivo...




"O único erro de Fogo Contra Fogo que não pode ser creditado a seus realizadores é o título brasileiro - cópia do filme de Michael Mann, de 1995, com Al Pacino e Robert De Niro - provavelmente escolhido por pessoas alheias à produção do longa em si. De resto, a estreia de Josh Duhamel como protagonista se mostra uma combinação de erros que começa no roteiro e tem seu ápice na desastrosa performance de um elenco recheado de atores conhecidos. Na trama, o bombeiro Jeremy Coleman (Duhamel) presencia um assassinato e aceita a proposta do detetive Cella (Bruce Willis) de testemunhar contra o culpado: David Hagan (Vincent D"Onofrio), um mafioso procurado pela polícia há anos. Blindado pelo programa de proteção à testemunha, Coleman muda de cidade, afim de escapar das ameaças constantes de Hagan. Uma mudança no julgamento do criminoso faz com que ele fique solto e comece a caçar o bombeiro, tentando por um fim à possibilidade dele depôr no tribunal. Sem querer passar a vida inteira fugindo, Coleman decide ir atrás do vilão para acabar com ele com as próprias mãos. A batida proposta de mostrar um cidadão pacífico se transformando em um assassino é mau executada desde a motivação do personagem - o inverossímil romance com a agente federal Talia Durham (Rosario Dawson), que também é ameaçada por Hagan. Tão ruim quanto o desenvolvimento da química entre o casal é a tentativa de incluir os problemas familiares do bombeiro e também do detetive Cella - interpretado por Bruce Willis de forma canastrona e preguiçosa. Com tantas tramas paralelas sem desenvolvimento pleno, é inevitável que o enredo principal careça de sustentação. Sem uma grande cena de ação, o diretor David Barrett (A Qualquer Preço, de 1998) se baseia em sequências de violência gratuita para impactar o espectador. Com cortes rápidos e close-ups no protagonista, Barret tenta demonstrar o desconforto de Coleman ao fazer o que não quer e não sabe: matar uma pessoa. A montagem de algumas cenas é eficiente (a morte do primeiro capanga de Hagan, por exemplo), mas fraqueja no mais importante elemento de sua construção: a atuação. Se Duhamel sequer tem a capacidade de convencer como um bom moço em simples comédias românticas, não é supreendente sua desastrosa tentativa de encarnar um bombeiro/assassino/mulherengo/vingador. Como se não fosse o bastante copiar o título de um verdadeiro filme de ação, Fogo Contra Fogo se flagela ainda mais ao relembrar a impecável atuação de Edward Norton em A Outra História Americana, quando coloca a boca de Josh Duhamel no meio fio. Referências tão explícitas não deixam esta tentativa de filme se tornar mais do que um exemplar de ação esquecido numa sessão de um Domingo Maior." Essa é a crítica que Thiago Romariz fez no dia 7 de fevereiro de 2013. Dá a sua visão sobre o filme "Fogo contra Fogo". Está no excelente site sobre cinema, Omelete.

Está publicada aqui para preparar o telespectador da tevê aberta. O que não tem condições de pagar um canal a cabo e gosta de futebol. E que, ingenuamente, gostaria de assistir a final da Libertadores da América de 2015. Enquanto River Plate e Tigres estarão decidindo o título em Bueno Aires, a dona da Libertadores no país mostra o filme menor de Bruce Willis. E daí se os argentinos poderão conquistar seu terceiro título depois de 19 anos, uma redenção emocionante? Ou se os mexicanos podem ganhar pela primeira vez a competição na história? Bobagem. Melhor a violência e explosões de um filme B de ação, lógico. Será sempre assim. Ou a Globo não deixou de mostrar a final da Copa América entre Chile e Argentina? Agora vira as costas para a decisão da competição mais importante do continente. Na semifinal da Libertadores, apenas Rio Grande do Sul, Santa Catarina. Paraná e Minas Gerais mostraram Internacional e Tigres. Mais de cem mil torcedores protestaram no facebook. Mas não foram levados em conta. Não são só os torcedores que são deixados de lado. Ambev, Itaú, Johnson & Johnson, Magazine Luiza, Vivo, Volkswagen pagaram juntos R$ 1,3 bilhão pelas transmissões de futebol na Globo. A Coca Cola, descontente, não se interessou em continuar pagando para jogos pela emissora. Mas esta é a política cruel. Qualquer campeonato importante, mesmo na sua decisão, como hoje, pode deixar de ser mostrado. Pouco importa se todas as fase anteriores foram transmitidas. Falta de sorte de quem acompanhou. Se o telespectador estiver interessado de verdade, que arrume dinheiro para pagar por um canal a cabo. Muitos enfrentam a legalidade e buscam a "Gatonet". Compram aparelhos que "roubam" as imagens da tevê fechada. Outros buscam sites que transmitem os jogos de forma clandestina nos computadores. Ou então, assista o filme que a Globo impõe nesta quarta-feira, dia de final da Libertadores. E espere para ver os gols e lances nos noticiários. Após a partida, depois da meia-noite. No ano passado, também não mostrou o San Lorenzo sendo campeão pela primeira vez do torneio. Vencendo o Nacional. Seus executivos acreditam que o futebol não existe sem brasileiros. Desrespeito e desprezo repetitivos ao seu telespectador. Que venha o envelhecido Bruce Willis e seus tiros, explosões...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 05 Aug 2015 12:29:20

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