sexta-feira, 7 de novembro de 2014

A dolce vita de Emerson Sheik. As regalias do jogador pagas pelo Corinthians. R$ 520 mil mensais. Santos, Flamengo, Vasco, China? Só vai pensar no futuro em 2015. Agora está ocupado...

A dolce vita de Emerson Sheik. As regalias do jogador pagas pelo Corinthians. R$ 520 mil mensais. Santos, Flamengo, Vasco, China? Só vai pensar no futuro em 2015. Agora está ocupado...




São R$ 520 mil mensais. Pouco importa que tenha sido dispensado do Botafogo há mais de um mês. O dinheiro cai religiosamente na sua conta bancária. Nem executivos das maiores multinacionais norte-americanas ou europeias recebem tanto. Amigos o cumprimentaram por exigir que seu salário do empréstimo fosse vinculado ao Parque São Jorge. Esperto, escapou da fileira de atletas botafoguenses que sofre por atraso de salários. Emerson Sheik só irá jogar em outra equipe novamente em 2015. As contratações no Brasil estão proibidas. O mercado para o Exterior fechado. O que ele pode fazer? Se manter em forma fazendo ginástica em academia, correr na praia. E aproveitar a vida. Solteiro e muito bem relacionado, se divertir é o que o atacante de 36 anos faz melhor.

Conselheiros no Parque São Jorge não cansam de questionar Mario Gobbi. Estão furiosos porque o Corinthians já acumula R$ 40 milhões de déficit em 2014. Querem de qualquer maneira que o clube encontre uma maneira legal para parar de continuar a pagar o salário de Sheik. Gobbi responde que não pode fazer nada. Metade do salário é parte do pagamento do uruguaio Lodeiro. E os R$ 260 mil restantes são responsabilidade corintiana. Esse foi o acordo. Emerson sabe que não atuará mais no Parque São Jorge. Nem mesmo depois que seu maior inimigo, Mano Menezes, for embora. Ele criou uma área de atrito forte demais com as organizadas ao beijar na boca o dono do restaurante Paris 6. A rejeição ao atacante por parte dos chefes das torcidas já foi passada aos candidatos a presidente do Corinthians. O ódio entre Mano e Sheik é recíproco. Ambos garantem que nunca mais trabalharão juntos. O treinador por acreditar que o jogador estava acomodado no Corinthians. E sem o menor envolvimento na recuperação do time nesta temporada. O atacante não esconde de ninguém que considera Mano o técnico mais arrogante com que já trabalhou. Os dois não fazem questão nem de disfarçar. Confirmam publicamente que não aceitam trabalhar um com o outro.

Sheik perdeu o apoio também de um treinador com quem sempre se deu muito bem. E responsável pela renovação do seu contrato no Corinthians: Tite. O técnico que está para voltar ao Parque São Jorge ficou decepcionado com a falta de dedicação do jogador no último semestre de 2013. Quando mais precisou dele, de sua personalidade irreverente, de sua liderança. Emerson estava desinteressado. E não percebia o quanto Tite foi criticado por ter convencido Gobbi a renovar contrato com o veterano atleta. Em vez de se dedicar, Sheik se omitia. Caso retorne mesmo ao Parque São Jorge, Tite não quer trabalhar novamente com Emerson. Na nova reformulação que o time sofrerá, ele está fora. Roberto Andrade, Paulo Garcia ou Ilmar Schiavenato. Quem vencer a eleição no Corinthians tentará um acordo com Sheik. Tentará economizar R$ 3,1 milhões. E rescindir o contrato do jogador. Seria o primeiro ato dos sonhos dos candidatos. Acontece que Emerson está longe de ser bobo ou ingênuo. A não ser que ele tenha uma proposta financeiramente muito compensadora, não vai jogar no lixo seis meses de salários. Por isso empresários ligados à periferia do futebol mundial buscam clubes para o jogador. Os mercados chineses, norte-americanos e árabes são os mais indicados ao veterano atacante. No Brasil, conselheiros corintianos ouviram nos últimos dias o nome do Santos. Dependendo de quem vença a eleição, Sheik poderia ser emprestado até o final do seu contrato para a Vila Belmiro. O jogador teria também boas relações com o Vasco e Flamengo. Todos esses clubes não aceitariam pagar o salário integral do atacante. Apenas a metade. O que já seria uma economia de mais de R$ 1,5 milhão.

Sheik não está nem um pouco preocupado. Sabe que legalmente está amparado. E a amigos já disse que fará o que for melhor para ele e sua família. Primeiro ele deseja esperar pelo desligamento oficial de Mano Menezes do Parque São Jorge. E o fim do vínculo com o Botafogo, até o final deste ano. Suas férias serão de quase três meses. O jogador acertou ontem sua participação em um amistoso contra veteranos da Seleção Argentina em Natal. A partida festiva acontecerá no dia 23 de novembro. Sheik ganhará cachê para atuar com Marcos, Cafu, Edílson e outros contra Caniggia, Mancuso, Batistuta. Sheik tem o status de grande estrela da festa. Enquanto isso no Parque São Jorge, todo final de semana é a mesma coisa. Conselheiros almoçam revoltados com o dinheiro desperdiçado no atacante. E que tanto fez para o clube vencer a sonhada Libertadores, em 2012. Parece até que foi em outra encarnação. Ninguém poderia supor que aquele atleta tão importante se tornaria alguém que virou símbolo de dinheiro jogado fora. Cobram omissão de Gobbi, mas o irritado presidente responde que não pode fazer nada contra. Legalmente está tudo acertado. Só que os três candidatos à presidência corintiana não comungam da mesma opinião. Farão de tudo para se livrar de Emerson. Tentando não pagar nem mais um centavo do excelente salário de R$ 520 mil que recebe. Sheik sabe de tudo isso. Mas não se importa. Pensará nisso em fevereiro, após as eleições. Antes disso quer acompanhar de camarote a saída do seu inimigo declarado, Mano Menezes, do Corinthians. Até lá, no entanto, tem muito o que fazer...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 07 Nov 2014 12:25:42

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