domingo, 30 de novembro de 2014

Dorival, Brunoro e vários jogadores deverão se despedir do Palmeiras no domingo. O reeleito Paulo Nobre promete reformulação total. Sonha com Mano, Abel e Cuca. E em escapar do rebaixamento...

Dorival, Brunoro e vários jogadores deverão se despedir do Palmeiras no domingo. O reeleito Paulo Nobre promete reformulação total. Sonha com Mano, Abel e Cuca. E em escapar do rebaixamento...




"O Palmeiras não vai cair." Anunciou Paulo Nobre a seus amigos mais próximos. Ele estava feliz, tranquilo. O presidente reeleito do clube que ganhou o apelido de "campeão do século XX", apostava todas as suas fichas na ruindade do Vitória e no Santos. Muito mais do que o elenco que montou vencer o Atlético Paranaense. A apatia do homem a quem o Palmeiras deve R$ 150 milhões é algo inacreditável. A sua reeleição magra foi constrangedora, apesar do seu poderio econômico. Ele é herdeiro do Itaú e tem patrimônio que passa da casa do bilhão de reais. Concorreu com Wlademir Pescarmona, dono de uma gráfica. Nobre vencer com apenas 810 votos de vantagem, 2.421 votos contra 1.611 da oposição. O momento é tão deprimente no clube que, apesar de quase 11 mil sócios, pouco mais de quatro mil foram votar ontem. O desânimo, a vergonha, o constrangimento domina o ambiente. Não é para menos. Enquanto eram contabilizados os votos que davam mais dois anos para Nobre, o Palmeiras sofria mais uma derrota. Desta vez contra o Internacional, a 20ª no Brasileiro. O time perdeu um turno inteiro e mais uma partida. A chance do terceiro rebaixamento em 12 anos é grande. E será definida na última rodada, quando o enfrentamento é com o Atlético Paranaense e o Vitória enfrenta o Santos em Salvador. Paulo Nobre tem a certeza de sobrevivência na Série A por causa dos baianos. O time comandado por Ney Franco é péssimo. E nem em casa tem mostrado personalidade. Com um ponto a menos, teria de vencer e ainda torcer para os rivais empatarem ou perderem para os paranaenses. Se depender dos principais jogadores do clube e muitos conselheiros, para garantia, o Palmeiras deveria mandar dinheiro aos santistas. Não custa nada prevenir. Assim, o clube ficaria livre do que pior pode acontecer à esta altura do Brasileiro, depender de si.

Dorival Júnior sabe que comandará sua última partida como treinador palmeirense. Sua campanha é lastimável. O time não tem o menor padrão tático. Os jogadores se tornaram bipolares: ou inseguros ou descontrolados, briguentos. Não há paz para os atletas conseguirem jogar. Repórteres que acompanham o time comentam o quanto Dorival está perdido. Não passa confiança aos atletas, altera demais a equipe. E é dependente de Valdivia até para tomar água. Uma pena porque Dorival era um dos treinadores mais promissores de sua geração. A simples comparação com Gareca o desmoraliza. Na sequência de nove partidas pelo Brasileiro, que culminaram com sua demissão, o argentino chegou a quatro pontos. Quase foi deportado imediatamente. Só que Dorival enfrentou Santos, Cruzeiro, Corinthians, Bahia, Atlético-MG, São Paulo, Sport, Coritiba e Internacional. Diante desses adversários, Gareca somou quatro pontos. Dorival, quatro. E contando com Valdívia e Fernando Prass, que não jogaram com o argentino. Os números são incontestáveis. Assim como o péssimo futebol palmeirense. Contra o Internacional, já são cinco derrotas seguidas. Paulo Nobre assinou contrato com Dorival até o final do Paulista de 2015. Mas o clima é pesado demais no Palestra. A chegada de um outro treinador, de renome, já era prioridade para Pescarmona. A ideia contagiou até partidários do presidente reeleito. Cuca, Mano Menezes e Abel Braga ganham espaço.


José Carlos Brunoro e seus 36 contratações, deram um título sequer. Pelo contrário, só embaraçaram Paulo Nobre, envergonharam os torcedores. Assim que o Brasileiro acabar, o ultrapassado dirigente será mandando embora. Rodrigo Caetano, dispensado pelo Vasco, e Alexandre Mattos, responsável pelo Cruzeiro, são os mais cotados. Embora tente esconder, o próprio presidente reeleito não gostaria de fazer a última partida do Brasileiro no recém inaugurado estádio palmeirense. E levar o jogo para o Pacaembu. São esperados protestos dos torcedores, principalmente, os das organizadas. Isso se o time conseguir se salvar. Caso seja rebaixado, a nova arena poderá ser depredada. O conselheiro vitalício palmeirense e muito amigo de Paulo Nobre, Marco Polo del Nero, trabalha para o jogo contra o Atlético Paranaense passe para o Pacaembu. Além de presidente da FPF, ele já foi eleito comandante da CBF, a partir de primeiro de janeiro. Seu parceiro José Maria Marin não colocará obstáculo.

Nobre também fará o que prometeu. Até de forma precoce e amadora: a reformulação no elenco palmeirense. Além de Dorival Júnior e Brunoro, mais da metade dos inchado grupo de jogadores não seguirá no Palestra Itália. Essa certeza é que faz com que atletas como Bruno César estejam completamente fora de si. Valdívia continua em tratamento intensivo do edema na sua coxa. E deverá jogar contra o Atlético Paranaense. Atuará com a aura de salvador da Pátria. Basta uma vitória contra o desinteressado adversário para a permanência na Série A. O chileno tem proposta para renovação. Nobre quer o jogador mais dois anos no clube, até o final de seu novo mandato. Como Guerrero no Corinthians, ele deseja contrato de três anos. Nobre sabe que começa o novo mandato com importante rejeição no Palmeiras. A oposição juntando Pescarmona, Belluzzo e o tradicional grupo político Fanfulla promete cobrar muito forte o presidente reeleito. Até o Walter Torre, dono da nova arena, exige a sobrevivência na Série A.E mesmo inimigo declarado de Nobre, promete ajudar na contratação de atletas. Mustafá Contursi continua ao lado do presidente reeleito, mas está cada vez mais difícil justificar sua administração. As dívidas aumentaram, passam dos R$ 300 milhões, e o time é lastimável. Paulo Nobre fará de tudo para o Palmeiras não ser rebaixado. Os jogadores sabem desde o primeiro turno, que terão bônus para escapar do grande vexame. Haverá promoção de ingressos aos torcedores. Se cogita que as entradas para o próximo domingo deverão custar até R$ 10,00. A relação com a diretoria santista será é muito boa. Garantir o empenho para que o clube do Litoral vença o Vitória se tornou missão especial do presidente. Diante de toda essa pressão, o bilionário dirigente tem certeza que o pior não acontecerá. Garante a parceiros e tensos conselheiros ligados à sua reeleição. "O Palmeiras não cai", diz com orgulho. Como se não soubesse que, sob seu comando, o clube passa por um centenário inesquecível. Vergonhoso. Jamais o garoto que frequentava a extinta organizada Inferno Verde, teria amigos íntimos na Mancha Verde, imaginaria que tivesse o Palmeiras sob seu controle. E montaria para o campeão do Século XX, um time digno do pior grau de constrangimento. Assim, Paulo de Almeida Nobre começa seu novo mandato na Sociedade Esportiva Palmeiras...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 30 Nov 2014 12:35:39

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