sábado, 15 de novembro de 2014

O Palmeiras tentou até o último minuto pela liberação de Valdivia. Mas o plano fracassou. Ele jogou muito bem pelo Chile. Pior para o time de Dorival contra o favorito São Paulo no Morumbi...

O Palmeiras tentou até o último minuto pela liberação de Valdivia. Mas o plano fracassou. Ele jogou muito bem pelo Chile. Pior para o time de Dorival contra o favorito São Paulo no Morumbi...




O que Dorival Júnior mais temia, aconteceu ontem à noite. Valdivia foi muito bem no amistoso entre Chile e Venezuela. Com direto a até gol da linha de fundo, na vitória por 5 a 0. A decisão estava nas mãos do treinador argentino Jorge Sampaoli. E ele pensou no amistoso mais importante, o de terça-feira, contra o Uruguai. E não liberou o camisa 10 para reforçar o Palmeiras amanhã contra o São Paulo. E sem Valvidia, o Palmeiras é bem outro. Com ele no Brasileiro, o Palmeiras soma sete vitórias, três empates e seis derrotas. Já sem o jogador, são dez derrotas, três empates e apenas quatro vitórias. Os números têm um peso importantes no clássico de amanhã. Uma derrota é capaz de encostar outra vez o time na zona do rebaixamento. Se o Coritiba vencer o Flamengo e o Chapecoense o Vitória, a equipe de Dorival passaria a ser a 16ª no Brasileiro. Ficando uma posição apenas acima dos quatro piores. O time tem um retrospecto assustador contra o São Paulo no Morumbi. A última vitória aconteceu em 2002, há 12 anos. Há vinte partidas entre os dois que o Palmeiras não vence no Morumbi. Neste ano, o clube não venceu um clássico sequer no Brasileiro. Na temporada toda, os palmeirenses não derrotaram corintianos e santistas. Só os são paulinos no Paulistão. Empatou duas vezes e perdeu cinco. O rendimento é medonho. Comparável ao de 1962, quando o time venceu apenas um clássico, empatou outro e perdeu dez. Os números não deixam dúvidas a limitação do elenco formado por Paulo Nobre e Brunoro. O contrato de Valdivia vai até o meio do ano que vem. Para tentar convencê-lo a renovar antecipadamente, o atual presidente, favorito nas eleições, promete um grande time em 2015. Com o auxílio de Walter Torre, presidente da construtora responsável pela nova arena. O chileno ganhar R$ 475 mil mensais desde 2010. Sabe que até o rival de Nobre, e seu antigo inimigo, Wlademir Pescarmona o deseja no elenco. E tem garantido que a primeira providência caso consiga reverter o quadro eleitoral será também renovar o contrato do meia. Mas Valdivia sabe que sua carreira é altamente instável. Quer ter a certeza de que o Palmeiras continuará na Primeira Divisão do Brasileiro. Disputar a terceira vez a Série B seria um desgaste imenso. Ele sabe que ainda tem mercado. Sua certidão de nascimento mostra 31 anos. Mercados ascendentes como o norte-americano e o chinês seriam atrativos. Fora o árabe que conheceu.

O meia também vive uma relação que mais parece um carrossel com a Seleção Chilena. Já chegou a ser banido por ter se apresentado embriagado, de acordo com jornais locais. Disputou duas Copas do Mundo, a de 2010 e 2014. Ambas de maneira decepcionante. Foi tão criticado que ele mesmo decidiu se aposentar, antes que fosse aposentado do selecionado. Mas em uma reviravolta impressionante e, que tem muito a ver com o fisioterapeuta cubano, José Amador, o meia se revigorou. Redescobriu a alegria de jogar após o Mundial. Soma atuações marcantes. Na hora exata em que o Palmeiras se perdia na zona do rebaixamento. A faixa de capitão que Dorival Júnior lhe colocou no braço foi o estímulo que lhe faltava. Se sentiu responsável pela sorte do time no Brasileiro. Em cada partida tem mostrado além do talento, a vontade que quase sempre lhe faltou. Por isso o desespero discreto de Dorival. Ele sabe da importância do clássico de amanhã contra o São Paulo. Ter pela frente o São Paulo ainda sonhando com o título brasileiro. Caminhando firme com uma vaga praticamente garantida para a Libertadores. Situação oposta de quem reza para estar na Primeira Divisão amanhã. O Palmeiras até fretaria um jato para trazê-lo para o clássico. Só dependeria da liberação de Sampaoli. O treinador argentino até pensou seriamente na possibilidade. Mas percebeu que criaria dois problemas. O primeiro seria o desgaste da viagem e do jogo que, certamente, será muito brigado, disputado. E o outro estaria no privilégio do meia, que já tem fama de mimado pelos próprios jornalistas chilenos. Resolveu que não deixará ninguém sair da delegação chilena. Concentração total até o jogo contra o Uruguai. Dorival Júnior revezou o Palmeiras com Felipe Menezes e Mazinho para a imprensa ver. Colocando Diogo e Henrique no ataque. Mas há a grande chance de escalar seu time com cinco jogadores no meio de campo. Nada impede que coloque Renato, Marcelo Oliveira, Victor Luiz, Wesley e Diogo. Henrique seria o único jogador à frente. Tanto cuidado defensivo por não ter Valdivia.

Dorival manteve o discurso para os jornalistas brasileiros que não acreditava na liberação de Valdivia. Não poderia desvalorizar os jogadores limitados que possui. Acompanhou calado o esforço dos dirigentes palmeirenses, em contato com os chilenos. Até que veio ontem à noite a resposta definitiva. Caso o Palmeiras seja derrotado, haverá quatro partidas para o clube tentar sua salvação. Sport Recife na inauguração do seu novo estádio. O Coritiba, rival na luta pela permanência na Série A, Internacional em Porto Alegre, lutando pela Libertadores. E o Atlético Paranaense, sem maiores pretensões, na sua arena. Serão necessários seis pontos nestas quatro últimas partidas. O único alívio será a certeza da presença de Valdivia. Ao contrário do que acontecerá amanhã no Morumbi. Quando o time, sem ele, será um mero franco atirador. Diante do favorito São Paulo o que vier será lucro...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 15 Nov 2014 16:47:04

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