segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O talento do São Paulo venceu a vontade do Palmeiras. 2 a 0 foi até pouco no Morumbi. O fantasma do rebaixamento volta a assombrar o Palestra Itália...

O talento do São Paulo venceu a vontade do Palmeiras. 2 a 0 foi até pouco no Morumbi. O fantasma do rebaixamento volta a assombrar o Palestra Itália...




O talento venceu a vontade. O São Paulo derrotou o Palmeiras por 2 a 0. O time de Muricy é vice e ainda persegue o Cruzeiro na briga pelo título. Já o de Dorival Júnior perdeu pela 17ª vez no Brasileiro. Se reaproxima da zona do rebaixamento. E completa 12 anos sem vencer o rival no Morumbi. Luís Fabiano e Rafael Tolói fizeram os gols. "Gostaria de encerrar a carreira com o título brasileiro. Mas infelizmente a diferença do Cruzeiro não está caindo. Se hoje foi o meu último clássico no Morumbi? Acho que sim. E nós jogamos pior do que contra o Internacional. Mas foi suficiente para ganhar", disse Rogério Ceni. E o goleiro tinha razão. O Morumbi foi palco de um jogo truncado, brigado. Mas feio. Palmeiras e São Paulo tinham armas diferentes. Os elencos são díspares. Muricy Ramalho tem à disposição jogadores consagrados como Rogério Ceni, Kaká, Ganso, Michel Bastos, Luís Fabiano. Do lado palmeirense, um time limitado e que fazia a diretoria suspirar de saudade de Valdivia. O São Paulo mais experiente, mais talentoso. Buscando a vitória tocando a bola, explorando sua superioridade técnica. Já os palmeirenses apelavam para a luta pela sobrevivência. Do clube na Série A e dos próprios jogadores, que desejam continuar no Palestra Itália em 2015. Se houver dinheiro para formar um equipe forte, pouquíssimos continuarão na próxima temporada. Carlos Miguel Aidar tenta se reaproximar de Paulo Nobre, mas o dirigente palmeirense não o perdoa por ter "roubado" Alan Kardec. Os técnicos sabiam o quanto seus presidentes queriam a vitória. O clássico foi marcado pelo nervosismo. Com divididas rígidas. Entradas fortes, de lado a lado. O Palmeiras corria muito. Tentava compensar a ausência de seu principal jogador com vitalidade. Mas exagerado nervosismo. Pelo menos, Dorival conseguia marcar muito bem Paulo Henrique Ganso e Kaká. Os dois tiveram imensa dificuldade para se movimentar. Muricy outra vez deixou o meio de campo muito distante do ataque. O que facilitou ao Palmeiras que só se preocupava em travar as jogadas do rival e tentar contragolpes. O treinador do São Paulo errava ao colocar Michel Bastos na lateral. Desperdício puro. O Palmeiras se espalhava no campo como time pequeno. Tinha além de sua defesa, com quatro homens, mais cinco formavam uma linha na intermediária. E apenas Henrique na frente. Era angustiante ver o artilheiro sozinho. Já o São Paulo respondia com um tradicional 4-4-2. Com as fracas atuações de Ganso e Kaká, Luís Fabiano e Alan Kardec eram pouco acionados. E tinham de recuar para buscar a bola. Apesar de chegar a ter 73% de posse de bola, o São Paulo pouco concluía a gol. Em compensação, a primeira chance foi impressionante. Michel Bastos cruzou, Kardec cabeceou. E Fernando Prass fez sensacional defesa, aos 17 minutos. O lance assustou os palmeirenses. E logo em seguida, aos 21 minutos, tomaram o primeiro gol. Na primeira descida pela direita, Hudson cruzou e Luis Fabiano se aproveitou da indecisão da zaga palmeirense. E bateu forte, sem defesa para Fernando Prass. Na comemoração, o atacante ia tirando a camisa, mas lembrou que tomaria o cartão amarelo. Chegou a tirar um braço. Se lembrou e a recolocou. "De vez em quando eu tenho uns surtos depois dos gols e quero tirar a camisa. Desta vez me lembrei e parei antes. Na hora", disse o atacante.

Mas Dorival Júnior ficou possesso. Queria o cartão ao atacante. E se indispôs com o árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza. O gol deixou sua equipe ainda mais nervosa. O São Paulo mostrou um defeito que iria perdurar durante todo o jogo. Uma lentidão inexplicável. Ganso estava em um dia de sono. Kaká seguia sua fraca fase. Mesmo sem se abrir, o São Paulo teve uma grande chance. Aos 37 minutos, Juninho, o pior em campo, conseguiu acertar uma jogada. E cruzou para Henrique livre. O atacante tocou, mas Rogério Ceni salvou com o pé direito. Grande defesa que fez a torcida são paulina pedir o adiamento de sua aposentadoria. O que não vai acontecer. Aos 45 minutos, a complicada defesa palmeirense deu o segundo gol para o São Paulo, que recusou. Nathan furou, errou a bola em um cruzamento primário. A bola sobrou para a Alan Kardec. Ele teve a coragem de concluir pessimamente, para fora. O São Paulo voltou para o segundo tempo de forma irritante. Tocando a bola sem a menor objetividade. O que estimulava o Palmeiras a atacar. Dorival logo tirou do time o improdutivo Wesley. No seu lugar, Mazinho, jogador com muita vontade e nenhuma visão de jogo. Mas nem deu para o treinador passar muita raiva com a precipitação de Mazinho. Logo Dorival foi expulso por Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza. Ainda reflexo da discussão do primeiro tempo. Por coincidência, o Palmeiras viveu seu melhor momento no jogo. Dominava o meio de campo. Só não tinha talento para que a bola chegasse em seu definidor, Henrique. Luís Fabiano e Tóbio se estranhavam. Para que o atacante não fosse expulso, Muricy colocou Pato no seu lugar. O Palmeiras apostava na velocidade de Allione no lugar de Diogo. Iria atuar ao lado de Cristaldo que substituiu Diogo. Quando as coisas pareciam que iriam se complicar para o São Paulo, veio o segundo gol. Michel Bastos cobrou escanteio. Edson Silva desviou e Tolói acertou um belíssimo chute. 2 a 0, São Paulo, aos 33 minutos do segundo tempo. O gol foi um balde de água fria no Palmeiras. O time se entregou. Sabia que sofria sua 17ª derrota. Ainda deu tempo para Osvaldo perder um gol absurdo, sozinho com Fernando Prass, chutou longe, por cima. Mas o jogo já estava decidido. O São Paulo continua com chances matemáticas de alcançar o Cruzeiro. E ganhou moral para a primeira partida da semifinal da Copa Sul-Americana contra o Nacional de Medellin. O Palmeiras segue sua sina neste século. E está novamente ameaçado pelo rebaixamento. Restam quatro partidas para terminar o Brasileiro. Sport na nova arena. Coritiba no Paraná. Internacional no Rio Grande do Sul. E Atlético Paranaense no novo Palestra Itália. O time precisa de seis pontos para escapar da Segunda Divisão. A preocupação da diretoria e dos jogadores é imensa. Com razão...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 16 Nov 2014 21:27:05

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