quarta-feira, 12 de novembro de 2014

A Seleção transformou Istambul em Recife. E com a torcida a favor, goleou os ingênuos turcos. Com show de Willian. 4 a 0 foi pouco...

A Seleção transformou Istambul em Recife. E com a torcida a favor, goleou os ingênuos turcos. Com show de Willian. 4 a 0 foi pouco...




O Brasil teve na Turquia o seu adversário mais ingênuo, desde a volta de Dunga. Willian teve uma excelente atuação. E a Seleção tranquilamente goleou a Turquia por 4 a 0. Dois gols de Neymar, um contra e outro de Willian. A partida valeu como teste. Luiz Adriano mostrou que pode ser muito útil, como atacante fixo. Vai dar trabalho a Tardelli. Assim também como Diego Alves a Jefferson. E Thiago Silva ficou a partida toda como reserva de Miranda. "Nunca tinha saído aplaudido pela torcida adversária com a Seleção Brasileira. Sei que estou crescendo na Seleção, mas não posso me empolgar", dizia Willian, o melhor da partida. "Conseguimos transformar o estádio que é um caldeirão a nosso favor. Foi ótimo", comemorava David Luiz. Já são cinco vitórias em cinco jogos. 12 gols a favor e nenhum sofrido. O início da volta de Dunga à Seleção não poderia ser melhor... Dunga estava interessado neste quinto jogo desde a sua retomada na Seleção Brasileira. Pela primeira vez ele teria, por conta das circunstâncias, um atacante fixo. Com a impossibilidade de Diego Tardelli, o treinador optou por Luiz Adriano. O artilheiro do Shakthar Donestk começaria a partida. E com ele, o esquema mudaria. Tudo se encaixava, o treinador sabia que a defesa turca atua com três zagueiros. Mas Fatih Terim tinha uma maneira estranha de defender. Deixava o volante Erkin à frente da defesa. E eles tinham a orientação para atuarem em linha. Opção suicida diante de um ataque veloz e habilidoso, como o brasileiro. Por acaso, Luiz Adriano se mostrava importante. Até mais do que Tardelli. Com ele, o treinador brasileiro abriu inteligentemente Willian pela direita, Oscar pela esquerda. Quase como se fossem dois pontas. Neymar tinha toda a intermediária para correr por onde quisesse do meio para a frente. Dunga foi esperto. Abrindo os meias, abriu os zagueiros da Turquia. Sobrava muito espaço na defesa. Os setores do time adversário também estavam distantes. De nada adiantava ter um exército até de cinco jogadores no meio. Se ele estava longe do ataque e da defesa. Taticamente, o adversário era fácil demais para o Brasil. Talvez o mais ingênuo que Dunga já teve pela frente.

O que facilitava o trabalho é que, além de definidor, Luiz Adriano é muito inteligente. Ele não repete o que Fred cansou de fazer na Copa. Nada de ficar fixo entre os zagueiros. Com condições técnicas para fazer tabelas, ele mostrava físico para correr, atrair dois zagueiros. Ou até enfrentá-los no corpo a corpo. A empolgada torcida turca logo foi virando casaca. Desde os primeiros minutos quando as coisas começaram a dar errado, as arquibancadas de Istambul parecia as de Recife. Não foi difícil entender porque a Turquia está há dois anos sem ganhar na cidade. E os treinadores do selecionado local detestam jogar por lá. Enfrentam os torcedores mais volúveis da Europa. O inesperado apoio só deu mais força à Seleção. Fernandinho e Luiz Gustavo davam sustentação à defesa. Aliás, outros dois pontos importantes. Diego Alves teve a justa chance no gol brasileiro. E Dunga fez justiça a Miranda. O conservou como titular enquanto Thiago Silva, capitão na Copa, estava no banco de reservas. O primeiro gol já poderia ter saído aos 16 minutos. O aturdido Altintop estava ajudando a zaga e tentou atrasar para o goleiro. Entregou nos pés de Neymar. Ele chegou a driblar Demirel. Mas perdeu o ângulo. O erro não foi por acaso. Foi forçado. O Brasil marcava forte a péssima saída de bola turca. Mas o gol viria três minutos depois. Fernadinho fez excepcional lançamento do campo brasileiro. E adivinhe? Pegou a defesa turca em linha. Neymar ganhou na corrida e marcou como quis. 1 a 0, Brasil. A Turquia sentiu o golpe. O time tentou se adiantar, buscar empatar o jogo e tentar calar a torcida que já começava a atrapalhar. Foi ótimo para o Brasil. Mais espaço para os volantes e os meias. Aos 23 minutos, Danilo foi para a frente e cruzou de maneira consciente. A bola chegaria a Luiz Adriano. Mas não precisou. O lateral Kaya desviou e fez contra. 2 a 0. Os turcos agiram de maneira outra vez emocional. Se adiantaram ainda mais. O que possibilitou um verdadeiro show de Willian. O meia não se continha mais em ficar aberto como ponta. Tratou de atuar onde mais gosta, como meia. Deu chapéus, dribles, lançamentos. Mostrou toda sua habilidade e visão de jogo. Foi o melhor da partida. Só estava faltando o gol. E ele veio. Neymar fez ótima jogada pela esquerda com Oscar. E cruzou para o meia do Chelsea fazer 3 a 0 aos 43 minutos. O estádio Fenerbahce Sukru Saracogiu virava de vez a Ilha do Retiro. As palmas e comemoração festiva dos torcedores era um tapa na cara da seleção turca. A partida já estava decidida. Mas Dunga não quis mexer no time. Não antes de conseguir mais gols. A Turquia, vaiada e xingada pelos seus torcedores, voltou ofensiva. Não aprendeu com os três gols que tomara. Sofreu o quarto. Neymar fez ótima tabela com Willian e, sozinho, diante do novo goleiro Babacan, marcou 4 a 0, aos 14 minutos. Era a senha para o Brasil começar a fazer suas substituições. Com o jogo ganho, Dunga precisava testar novos jogadores. Entraram Casemiro, Philippe Coutinho, Roberto Firmino, Douglas Costa e Fred. Com o jogo ganho, nada acrescentaram. Na próxima terça-feira, a Seleção enfrenta outro adversário coadjuvante europeu: a Áustria. Nem é preciso escrever que ao final da partida, o Brasil foi muito aplaudido. E os turcos vaiados, xingados. Istambul é assim...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 12 Nov 2014 18:34:38

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