quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O Atlético Mineiro se impôs no Independência. Mas a Copa do Brasil não está ganha. O Cruzeiro promete o troco, uma reviravolta no Mineirão. Pena que a Globo não mostrará a histórica final para São Paulo...

O Atlético Mineiro se impôs no Independência. Mas a Copa do Brasil não está ganha. O Cruzeiro promete o troco, uma reviravolta no Mineirão. Pena que a Globo não mostrará a histórica final para São Paulo...




Ao final do primeiro duelo no Independência, Alexandre Kalil estava orgulhoso. Posava vitorioso. Acreditava ter valido a pena ter feito toda a confusão com os ingressos da decisão da Copa do Brasil. No final, não havia nenhum torcedor cruzeirense para apoiar o time cansado, travado de Marcelo Oliveira. O Cruzeiro foi mais um da longa lista daqueles que caíram no Horto e morreram. O Atlético Mineiro conseguiu uma ótima vitória por 2 a 0. Tem excelente vantagem para o jogo final, no Mineirão, dia 26. Agora será a torcida celeste que terá de gritar "eu acredito". "Somos os maiores mandantes do mundo. O Atlético Mineiro é o maior mandante da história do mundo", bradava, empolgado, Kalil. Ele tinha motivo para comemoração. No acanhado Independência, os 18 mil atleticanos transformaram o estádio em um caldeirão. Não pararam de cantar, de empurrar os jogadores durante toda a partida. Cumpriram sua missão. Assim como Levir Culpi. Ele tratou de cortar as artérias cruzeirenses.Josué, Leandro Donizete e Dátolo fizeram de Everton Ribeiro e Ricardo Goulart dois jogadores dispensáveis. Levir travou os articuladores dos contragolpes celestes. O Atlético Mineiro dominava o meio de campo. E assim impunha o ritmo que lhe interessava. Muita correria, vontade de atropelar o adversário. Conseguiu e fundamental gol graças à incompetência crônica da arbitragem Brasileira. O juiz Marcelo de Lima Henrique confirmou o gol de Luan impedido, aos oito minutos do primeiro tempo. O incansável atleticano tem apenas 1m69. E marcou diante de uma zaga formada por Bruno Rodrigo e Léo. Cada um tem pelo menos 15 centímetros mais que ele. "Sabíamos dessa jogada do Atlético. Mas não tivemos como treinar para anulá-la. Tenho até falado da preocupação com esse calendário desumano. Os jogadores estão cansados. Tenho falado depois de vitórias, e o Cruzeiro está muito bem no Brasileiro, é líder. Estava olhando com o preparador físico. O nosso time fez 28 jogos, quarta e domingo. O Cruzeiro é uma equipe mal treinada, sabíamos da jogada do lateral e poderíamos ter treinado. O Atlético-MG não está brigando pelo título, pode poupar, isso talvez se refletiu no segundo tempo, com um pouco mais de vigor físico", admitia Marcelo Oliveira.

O lance foi fundamental para o jogo. Os cruzeirenses sentiram o golpe. Entraram em campo certo que segurariam o 0 a 0 a ponto de irritar o time e a torcida adversária. Pelo menos por 30 minutos. Mas o plano implodiu. O Atlético estava muito melhor. Poderia ter feito o seu primeiro gol. Mas é inaceitável como a arbitragem interfere, muda os resultados de inúmeros jogos no Brasil. A decisão de ontem infelizmente foi um deles. O Cruzeiro tentou, mas não tinha como reagir. Embora com jogadores mais técnicos, a ligação entre os rivais e sua torcida prevalecia psicologicamente. Cada dividida era disputada com raiva. Todos sabiam que participavam da decisão mais importante da história dos dois clube. Marcelo Moreno pegou uma sobra e obrigou Victor a fazer grande defesa. Fábio, porém, trabalhava muito mais. O Atlético atacava e marcava em bloco. O Cruzeiro não estava preparado para sobreviver sem Everton Ribeiro e Ricardo Goulart. E apelava para chutões, ligações diretas improdutivas com o ataque. Era mais guerra do que futebol de qualidade. Mas veio o segundo tempo. O Cruzeiro tinha o volante Nilton no lugar de Lucas Silva. Mais força na marcação. Só que não deu certo. O Atlético Mineiro fez o seu segundo gol de maneira inadmissível em uma decisão. Marcos Rocha cobrou lateral para a pequena área. Carlos ajeitou e Dátolo chutou cruzado. 2 a 0, Atlético Mineiro. O gol incendiava de vez o Independência. "Vou fazer o terceiro, vou fazer o terceiro", prometia Diego Tardelli. sumido. na partida de ontem. Mas quem não produzia era Everton Ribeiro e Ricardo Goulart. Marcelo Oliveira os trocou por Júlio Baptista e Dagoberto. Daí que seu time não produzia mesmo. Ficou apenas levantando bola para a área. Foi uma triste caricatura do grande Cruzeiro campeão brasileiro de 2013. E que está a poucos jogos de ganhar pela primeira vez dois Brasileiros seguidos.

A defesa do Atlético Mineiro só teve de ser firme. E bem postada, rebateu os chuveirinhos sem imaginação do rival. O pensamento positivo de Tardelli quase funcionou. Ele teve a chance de fazer 3 a 0, só que Victor não deixou. Fez ótima defesa. O placar de 2 a 0 foi absolutamente justo. Mas não decide já o campeão da Copa do Brasil. O Cruzeiro tentará recuperar fôlego nestas duas semanas. Fazer do Brasileiro motivação. Tentar vencer Santos, Grêmio e Goiás. E chegar perto do título nacional outra vez. O empate do São Paulo ontem contra o Internacional foi excelente notícia. A distância ficou em quatro pontos. E pode voltar a ser sete pontos. Basta vencer os desmotivados santistas. O Atlético Mineiro pegará o Figueirense e o Flamengo. Tentará também vencer suas partidas e se garantir na Libertadores de 2015 também pelo Brasileiro. Uma garantia em caso de reviravolta cruzeirense no Mineirão. O próprio time de Alexandre Kalil, capaz de reviravoltas incríveis, ensinou ao Brasil. A Copa do Brasil está longe de estar resolvida. A última batalha será no Mineirão. Com 90% de cruzeirenses. E 10% de atleticanos nas arquibancadas. "Se o Cruzeiro não quis seus ingressos no Independência, o problema é dele. O Atlético não abre mão dos seus no Mineirão", avisa o presidente atleticano. Kalil está empolgado, feliz. Mas consciente. A Copa do Brasil de 2014 está longe de estar definida. No Independência, seu time deu apenas o primeiro passo para a conquista tão desejada. Com atuações perfeitas de Josué, Leandro Donizete e Dátolo. No Cruzeiro, só Fábio se salvou, fazendo grandes defesas. A disputa está aberta. 2 a 0 de vantagem é um placar que Minas Gerais se acostumou a virar. Corinthians e Flamengo que o digam. Eliminados depois de goleados por 4 a 1 pelo Atlético. O registro provinciano fica para a Globo. Como esperado, ela não mostrou a primeira partida final da Copa do Brasil para a capital paulista. Transmitiu São Paulo e Internacional, jogo antecipado do Brasileiro. Ou seja, a emissora carioca tinha exclusividade da Copa do Brasil na tevê aberta, mas não deixou que sua final fosse vista. Repetirá a dose no dia 26. Não mostrará o jogo decisivo no Mineirão para quem mora no estado mais populoso do país.Colocará na tela São Paulo e Nacional de Medellin pela Sul-Americana. A Globo compra todos os torneios de futebol possíveis. Muitos para não transmitir a decisão. E impedir que alguém mostre...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 13 Nov 2014 05:01:06

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