segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O Palmeiras perde para o Coritiba. Soma quatro derrotas seguidas. Tomou oito gols e não marcou nenhum. Despenca na tabela. Está seriamente ameaçado pelo rebaixamento...

O Palmeiras perde para o Coritiba. Soma quatro derrotas seguidas. Tomou oito gols e não marcou nenhum. Despenca na tabela. Está seriamente ameaçado pelo rebaixamento...




O Palmeiras sofreu a quarta derrota consecutiva. Outra vez mostrou futebol fraquíssimo. Perdeu para o Coritiba por 2 a 0. Escapou de uma goleada graças a Fernando Prass. O time de Dorival Júnior despenca na tabela. Já é o 16º colocado no Brasileiro. Está em situação desesperadora na luta para tentar se salvar do rebaixamento. Nas quatro últimas partidas, os palmeirenses tomaram oito gols e não conseguiram marcar sequer um. "O nosso time não consegue marcar gol. Isso vai dando confiança aos adversários. Temos de mudar, melhorar enquanto ainda há tempo. A situação está muito complicada", admitia Fernando Prass. Além de perder o jogo, Dorival cometeu um pecado mortal. Colocou Valdivia em campo sem a menor condição de jogar. Ele não estava recuperado de seu estiramento na coxa esquerda. Contusão que sofreu por atuar pela Seleção Chilena. Ficou sem atuar contra São Paulo e Sport Recife. Tardiamente, a direção do clube reconhecia que foi um grande erro o liberar para os amistosos de seu país. Sem ao menos tentar segurá-lo. O treinador palmeirense sabia que não havia o que fazer. Sem Valdivia, sua fraca equipe perde seu melhor jogador. O único capaz de fazer algo diferente. Com capacidade técnica de articular o time do meio para a frente. As dores que o jogador sentia eram imensas. A delegação chegou a viajar sem ele. Valdivia ficou fazendo tratamento intensivo. E viajou para o Paraná na véspera do jogo. Estava claro ainda no aquecimento que o meia continuava mal. Se poupava. Quando o jogo começou, suportou apenas 15 minutos. O técnico Marquinhos Santos fez questão de mandar seus jogadores dividirem forte com o chileno. Fazerem faltas duras, testar a musculatura do jogador. Foi o que bastou. Logo ele estava andando em campo, evitando divididas. Desistindo de tentar dribles, infiltrações. Nada. Virou um triste fantasma no gramado. Era como se o Palmeiras tivesse dez jogadores. Nove atletas ruins, limitados na linha. E um goleiro muito bom. Esse era o lado paulista. Do paranaense, Alex fazia a sua antepenúltima partida da carreira. Se movimentava com dificuldade. Também joga com fortes dores. Mas estava muito melhor do que o chileno. Aos 37 anos, está no fim da caminhada como atleta. Sofria do mesmo mal de Valdivia, mal acompanhado demais. O time do Coritiba é péssimo.

Mas empurrado por sua torcida, que lotou o Couto Pereira, o time da casa sempre esteve mais próximo da vitória. No primeiro tempo foi só correria. Seu principal destaque ofensivo era Zé Love. Incapaz de fazer uma tabela, dominar uma bola, ele tinha a oferecer apenas vontade e nenhum talento. Os primeiros 45 minutos foram torturantes para quem assistiu à partida. Os dois treinadores congestionaram o meio de campo e ainda prenderam seus laterais. Mesmo o Coritiba que atuava com três zagueiros, se protegia. Tinha medo de sofrer um gol e desmanchar. Mas não havia esse risco. Com Valdivia como um zumbi, a esperança era Wesley no meio de campo. Só que ele vive a pior fase de sua carreira. Inseguro, sem saber o que fazer em campo. Dorival mantê-lo na equipe é um sinal de puro desespero. O péssimo elenco não é culpa do técnico do Palmeiras. Ele foi montado por Brunoro e Paulo Nobre. O treinador tenta escolher aqueles que são menos piores. Ao final do primeiro tempo, o veterano Lúcio entregava o que Dorival Júnior havia pedido ao time. Seu sonho dourado era empatar a partida. Voltar do Paraná com o 0 a 0. Por isso montou a equipe como se fosse o Juventus da Mooca. Menor impossível: 4-5-1. Sem condições sequer de correr, Valdivia havia trocado com Henrique. Ele ficou parado na frente nos 30 minutos finais do primeiro tempo. E o tosco atacante, tentava alguma coisa no meio de campo. Um caos. No segundo tempo, Dorival Júnior teve o bom senso de tirar Valdivia. Colocou em campo Diogo. Melhor se não pusesse ninguém. O Palmeiras continuou com dez jogadores. Marquinhos Santos percebeu que o Palmeiras não era tão fraco como imaginava. Era pior. E tratou de adiantar a marcação do seu time. Complicou tudo de vez para o adversário.

O treinador palmeirense deve gostar de jogadores talentosos. Assim como havia deixado Diego Souza livre, na vitória do Sport, hoje escolheu privilegiar Alex. O veterano meia teve toda a liberdade de fazer o que quisesse no Couto Pereira. Com mais companhia à frente, o ex-palmeirense não mostrou piedade. Começou a colocar seus companheiros na cara de Fernando Prass. Foi assim que depois de uma bola levantada na área, Alex dividiu e, mesmo sem recursos técnicos, Zé Love teve tempo de ajeitar e fuzilar Fernando Prass. Coritiba 1 a 0, aos nove minutos. Caia por terra o plano de Dorival Júnior. Não havia mais a fazer. Sem Valdivia, o time palmeirense não sabia o que fazer. Transformou o fraco Coritiba em um Ajax dos tempos de Cruyff. Um lançamento alcançou Alex livre, diante do desesperado Fernando Prass. Ele se recusou a marcar o gol contra seu ex-time. E apenas rolou a bola para Joel. Aos 25 minutos, o Coritiba marcava 2 a 0. Depois criou várias chances e o goleiro palmeirense evitou a goleada. Com os três pontos, o Coritiba chegou à 15ª posição. Passou o Palmeiras. Deixou o pavor de novo rebaixamento ao lastimável time de Dorival Júnior. Internacional em Porto Alegre e Atlético Paranaense no Palestra. Para não ter chance alguma de Segunda Divisão, os palmeirenses precisam vencer as duas partidas. A situação desperta muito medo...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 23 Nov 2014 21:32:39

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