quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Ministério Público do Rio vai ajudar o Paulista. E investigar se alguém pagou para a Portuguesa ser rebaixada à Segunda Divisão. Flamengo e Fluminense foram os beneficiados. CBF não se manifesta...

Ministério Público do Rio vai ajudar o Paulista. E investigar se alguém pagou para a Portuguesa ser rebaixada à Segunda Divisão. Flamengo e Fluminense foram os beneficiados. CBF não se manifesta...




Para o Ministério Público de São Paulo, a Portuguesa vendeu sua vaga na Série A de 2014. Um ou mais funcionários teriam ganho dinheiro para que Heverton fosse escalado contra o Grêmio, pela última rodada do Brasileiro. Com o jogador irregular em campo, o clube paulista acabou sendo rebaixado para a Série B. E agora despencou para a Terceira Divisão. Só que para ter essa certeza, precisa saber quem pagou. A suspeita óbvia vem do Rio de Janeiro. Dos clubes beneficiados com a queda. E por isso, o MP paulista pediu para o Ministério Público carioca ajudar nas investigações. Tudo teria acontecido sob a administração de Manoel da Lupa. O ex-presidente não atende às ligações da imprensa. Está incomunicável. Assim com o atual presidente, Ilídio Lico. Ele já deu algumas insinuações de que algo teria acontecido. Avisou que não tinha provas. Torcedores e conselheiros estão exigindo uma investigação interna para que o culpado ou os culpados sejam revelados. O MP paulista investiga a vida financeira de todos ligados à Portuguesa em 2013, até o presidente Manoel da Lupa. As provas. A CBF notificou a Portuguesa da suspensão de Héverton. O clube foi avisado por seu advogado no Rio. Seis funcionários souberam da notícia. Havia uma pasta onde constava os nomes dos jogadores suspensos. Ela era entregue à Comissão Técnica antes das partidas. Contra o Grêmio, o então treinador Guto Ferreira não recebeu a pasta. O jornal O Estado de São Paulo garante que o MP já tem indícios. Pessoas ligadas ao clube teriam ganho entre R$ 4,5 milhões e até R$ 20 milhões. As investigações buscam saber a origem desse dinheiro. E os auditores pedem ajuda para o Ministério Público do Rio de Janeiro. As suspeitas óbvias são dos beneficiados Fluminense e Flamengo. Os dois acabaram se salvando com o rebaixamento da Portuguesa. Assim que acabou a última rodada do Brasileiro, o time das Laranjeiras havia caído. Mas o rival da Gávea havia escalado André Santos irregularmente. Ele seria o clube rebaixado depois de perder quatro pontos. Mas a escalação de Héverton salvou os dois. A CBF não se manifesta. Enquanto não houver provas concretas que algum clube deu dinheiro a funcionários da Portuguesa, tudo continuará como está. O procurador do STJD, Paulo Schmidtt, não fará denúncia alguma enquanto as investigações da justiça não forem conclusivas, definitivas. As diretorias do Flamengo e do Fluminense também não se envolverão no caso. Não até que sejam acusadas formalmente pelo Ministério Público. Seguem normalmente no Brasileiro. E já se planejando para 2015. No ano passado, o então promotor público responsável pelo caso Roberto Senise, afirmou haver a possibilidade de que uma suposta fraude envolvendo a Portuguesa e o Banif, patrocinador do clube, possa estar relacionada com a escalação irregular de Héverton.

"A suposta fraude, investigada pelo Ministério Público, está relacionada a operações financeiras casadas entre o banco Banif e a antiga diretoria da Portuguesa, cujo presidente era Manoel da Lupa. Segundo Senise, o caso pode ter causado um prejuízo financeiro entre R$ 4 milhões e R$ 32 milhões à Portuguesa", publicou a Folha de São Paulo. O então advogado da Portuguesa, no Rio, Osvaldo Sestário, já deixou claro várias vezes. Não só informou o clube paulista que não poderia escalar Héverton. Como depois da irregularidade comprovada recebeu ligações, pedidos dos dirigentes para que assumisse o "erro". "Eles me pediram mais de uma vez para que eu ajudasse e assumisse a culpa. Prometeram que iam me ajudar, falando da minha conduta. Eu disse que não poderia fazer isso, porque eu iria assumir um erro que eu não cometi, seria ruim para a minha carreira e não ajudaria a Lusa. Estavam desesperados quando me fizeram esse pedido." O jogador entrou com um processo contra a Portuguesa. Pede R$ 13 milhões por danos morais. Segundo ele e seus advogados, o clube paulista o envolveu em uma situação que prejudicou sua carreira, sua imagem. E garante que não retirará o processo de maneira alguma. O clube paulista já teria perdido R$ 30 milhões com seu rebaixamento para a Segunda Divisão. No Canindé, a atual diretoria avisou que estava realizando uma investigação interna. Os alvos eram o ex-presidente Manoel da Lupa, o ex-vice jurídico Valdir Rocha e o advogado Sestário. 2014 está acabando, a Portuguesa está na Terceira Divisão e não houve conclusão alguma. O Ministério Público paulista avisa que continua as investigações. Aventa até a possibilidade de o dinheiro ter sido depositado fora do Brasil, em alguma paraíso fiscal. Para isso, terá pedirá a ajuda do Ministério Público do Rio de Janeiro. Inaceitável é um caso tão importante e simbólico ser investigado com tanta lentidão. Mesmo assim, advogados garantem que a pena pode ser retroativa. Se algum outro clube estiver envolvido no caso Heverton, poderá ser punido. Mesmo se a investigação levar dez anos. Ou até mais tempo. O que, infelizmente, parece ser o caso. A quem interessa essa demora? A pergunta talvez seja respondida no futuro. Talvez...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 12 Nov 2014 11:18:36

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