sábado, 8 de novembro de 2014

Rio Grande do Sul dá o golpe certeiro nos vândalos e racistas infiltrados nas organizadas. Tornozeleiras eletrônicas. Para deixá-los cinco quilômetros longe dos estádios. E monitorá-los até nos metrôs e em tocaias nas estradas...

Rio Grande do Sul dá o golpe certeiro nos vândalos e racistas infiltrados nas organizadas. Tornozeleiras eletrônicas. Para deixá-los cinco quilômetros longe dos estádios. E monitorá-los até nos metrôs e em tocaias nas estradas...




A notícia está mexendo com as cúpulas de torcidas organizadas de São Paulo e Rio de Janeiro. Principalmente as lideranças apoiadas por vândalos. Há um clima de mal estar. O motivo veio do Rio Grande do Sul. Até que enfim as autoridades descobriram a fórmula de não só afastar os violentos membros das organizadas dos estádios. E também ter a certeza de que eles estiveram ou não em confrontos com outras torcidas em toda a cidade. A velha desculpa, até da riquíssima Federação Paulista de Futebol, era que tudo seria muito caro. Instalar nos estádios um confiável sistema de monitoramento biométrico custaria milhões. A biometria utiliza digitais, pontos do rosto ou até as íris dos olhos para identificar o indivíduo. Com a maioria dos clubes em estado pré-falimentar eles não se dispunham a gastar com esse sistema. Os vândalos ficavam livres para entrar à vontade nos estádios, mesmo com ordens de restrição da polícia. Daí as acomodadas medidas que não levavam a nada. Proibir certas torcidas de acompanharem os jogos. Hipocrisia da pior espécie. Quem não entrava nos jogos eram as camisas com o logotipo da organizada. Os vândalos estavam lá. Era acomodação pura das autoridades. Mas no Rio Grande do Sul foi feito um trabalho sério. E teve como inspiração países europeus. Principalmente a Inglaterra. A determinação de obrigar o vândalo ir até a delegacia se mostrou enorme desperdício financeiro. Além de tirar policiais da rua para buscar esses torcedores. O custo, em média, era de cerca de R$ 1.000,00 mensais para acompanhar mensalmente cada um deles. Somando, lógico, a busca pelos fujões. Qual a solução? Colocar tornozeleiras eletrônicas nesses vândalos. Aí cada passo seria monitorado da própria delegacia nos dias de jogos. O torcedor não poderia chegar perto do estádio. E também haveria a certeza que ele estava ou não em uma grande briga entre organizadas até longe das arenas. Não haveria mais necessidade de investigação, nada. O custo caiu para 20%, algo como R$ 200,00 por vândalo.

A decisão foi um sucesso e vários países europeus começaram a adotar o mesmo sistema. No Brasil, os gaúchos saíram na frente. Mostraram como se deve fazer. O chefe organizada, Guarda Popular, do Internacional, Gilberto Bitencourt Viegas, o Giba do Trem, foi um dos primeiros. Ele está proibido de frequentar o Beira Rio até o final deste ano. O motivo: agrediu um guarda municipal em 2013. Em dias de jogos do Inter, ele tinha de comparecer a uma delegacia. Só que investigações mostraram que ele havia se aproximado dos barras bravas, membros violentos de organizadas argentinas. E ele foi proibido também de acompanhar jogos da Argentina na Copa do Mundo em todo o país. Tudo estava dando certo. Até que Gilberto não resistiu. Tentou entrar no Beira-Rio na partida entre o Inter e o Flamengo. Foi pego e o Ministério Público ordenou que fossem colocadas tornozeleiras eletrônicas para monitorá-lo. Ele se negou e está foragido. Mas toda a repercussão do caso fez com que a ideia vingasse. E já está valendo para o clássico de amanhã. O temido Grenal. A Promotoria do Torcedor já determinou que 54 torcedores envolvidos em vandalismo não possa entrar no jogo. 30 gremistas e 24 colorados. 49 deles deverão se apresentar às delegacias antes do jogo. Gilberto continua foragido. E a novidade que interessa: quatro já estão com as tornozeleiras eletrônicas. Se eles chegarem a cinco quilômetros da Arena Grêmio, serão processados. E poderão ser presos. É a grande novidade contra os vândalos no país.

As tornozeleiras eletrônicas também ajudarão a polícia gaúcha no exemplar caso de racismo contra o goleiro Aranha. O juiz Marco Aurélio Xavier determinou que Patricia Moreira da Silva, Eder Braga, Fernando Ascal e Ricardo Rychter estão proibidos de assistir jogos do Grêmio por um ano. Precisam se apresentar na 2ª Delegacia de Pronto Atendimento em Porto Alegre. Uma hora antes das partidas e liberados meia hora depois. A medida começou a valer neste mês e terminará em novembro de 2015. Se Patricia, Eder, Fernando ou Ricardo deixarem de cumprir esta determinação, passarão a usar tornozeleiras eletrônicas e serão monitorados por um ano. A notícia se espalhou. A Polícia de Minas Gerais se encantou com a ideia. O promotor de Defesa do Consumidor, Fernando Abreu, já divulgou. Há 30 tornozeleiras eletrônicas disponíveis para os vândalos de Belo Horizonte. A promotoria e a PM está discutindo até a possibilidade de colocá-las nos torcedores mais violentos de Cruzeiro e Atlético. Já nessas decisões da Copa do Brasil. A Polícia de São Paulo e do Rio de Janeiro estão acompanhando atentas a nova postura dos gaúchos e mineiros. A notícia já chegou nas maiores organizadas paulistas e cariocas. Daí a tensão neste final de semana. Seria um golpe certeiro nos criminosos infiltrados. Estariam cinco quilômetros longe dos estádios. E monitorados por onde fossem, principalmente nos confrontos em metrôs, tocaias em estradas. A solução está aí. Não há mais desculpa. Rio Grande do Sul mostrou o caminho. O Brasil não protegerá o futebol dos vândalos, dos criminosos, dos racistas só se não quiser. As tornozeleiras são as soluções mais baratas e precisas. Basta as autoridades cumprirem sua obrigação. Fazer valer o dinheiro público que embolsam a cada final de mês. E, independente de partido político, trabalhar pela população...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 08 Nov 2014 10:08:35

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