domingo, 23 de novembro de 2014

Com toda a justiça, o país está de novo de joelhos diante do Cruzeiro. Talento, competência e organização. Tetracampeão do Brasil...

Com toda a justiça, o país está de novo de joelhos diante do Cruzeiro. Talento, competência e organização. Tetracampeão do Brasil...




O País de dobra novamente ao talento, à competência, à organização. O Cruzeiro é de novo campeão brasileiro. Repetiu 2013 e pela primeira vez na sua história conquistou dois títulos seguidos. Foi a conquista da visão tática e do planejamento de Marcelo Oliveira. Fez sua festa hoje, na sua casa, diante de seus torcedores. Com duas rodadas antes do final do torneio. Venceu o esforçado Goiás e o ridículo gramado do Mineirão por 2 a 1. Gols dos seus jogadores mais talentosos: Ricardo Goulart e Everton Ribeiro. Neste 2014 tão sofrido depois do vexame na Copa, o Cruzeiro orgulha o Brasil. A conquista do bicampeonato, ou tetracampeonato brasileiro como lembram os torcedores, premia o time que melhor aplica os ensinamentos da Copa do Mundo. Marcelo Oliveira já havia mostrado no ano passado o resultado da compactação, do atacar e recompor em conjunto. Do toque de bola eficiente. De laterais que não têm medo de atuar como pontas. Time de intensa movimentação e, sem a covardia tática de muitos. Atuando da mesma maneira dentro ou fora de casa. O maior inimigo do time nesta temporada foi o cansaço. Apesar de reforços interessantes como Dedé, Manoel, Marquinhos. Fora Neilton que nem conseguiu jogar. O desgaste neste final de ano foi inevitável. A sede por conquistas teve como grande inimiga o estúpido calendário brasileiro, que sacrifica os clubes mais fortes. Os envolvidos em mais competições, como por exemplo, a Libertadores. Aliás, o único pecado do ano foi cometido na Libertadores. O time pagou caro por optar não saber atuar como pequeno fora do Brasil. Tinha vergonha de se defender. E acabou vendo o sonhado título escapar. Ficou a lição fundamental para 2015.

No restante do ano, o time conseguiu ser perfeito. Venceu o Mineiro, no duelo contra o eterno rival Atlético. Conseguiu suportar a tensão de ser a melhor equipe do país. O time a ser batido. Mas comprou os duelos, colecionando vitórias, somando pontos. Administrando inclusive reservas importantes como Dagoberto, Júlio Baptista, Nilton, Manoel. Marcelo Oliveira fez o time jogar por dois anos seguidos da mesma forma. Buscando a vitória fosse qual fosse o adversário. Ele pôde escolher e colocar os atletas certos onde desejas. Conseguiu fazer de Everton Ribeiro e Ricardo Goulart os grandes condutores do time. Do meio para a frente, sem posição fixa. Os dois meias flutuando, aparecendo para concluir a gol de todas as maneiras. Com chutes fortes, cabeçadas. Willian o velocista para os contragolpes. Sempre presente nas jogadas agudas, nas triangulações importantíssimas pelas beiradas do campo. Marcelo Moreno misturando gols e atuando de costas para o gol, como um pivô de futebol de salão. Ajeitando com carinho a bola para quem vinha de trás. Marquinhos também ganhou espaço em momento fundamental no Brasileiro. Juntou técnica, habilidade e agilidade. Quando o ataque fraquejava, ele deixava os marcadores ensandecidos.

Vale destacar também os volantes versáteis, modernos. e com pulmões incríveis como Henrique e Lucas Lima. Prontos para desarmes como para marcar gols. Davam a sustentação para os meias atacarem como também cobriam os laterais/alas/pontas. Fábio mostrou porque ser um grande injustiçado na Seleção Brasileira. Há anos é um dos melhores goleiros do país. Em 2014 fez defesas fantásticas que salvaram o time. Principalmente nesta reta final do Brasileiro, quando a equipe já estava cansada demais. Não terá o prazer de disputar uma Copa do Mundo por ser muito tímido e religioso fervoroso demais para os treinadores do Brasil. Infelizmente, as coisas são assim. Maike e Ceará pela direita; Egídio e Samúdio pela esquerda foram importantes para o time. Principalmente Maike e Egídio que atuavam como pontas antigos quando o Cruzeiro tinha a posse de bola. Não é por acaso que o Cruzeiro conquistou o título tendo chegado a 64 gols em 36 partidas. Sempre foi uma equipe voltada para o ataque. Fruto de treinamento intensivo, visão de jogo e coragem de Marcelo Oliveira.

No meio de tanta festa e sonhos para 2015, há a necessidade de a direção do clube e mesmo o treinador repensar os zagueiros de área. Dedé, Bruno Rodrigo, Léo e Manoel foram o ponto fraco do time. Conseguiram não atrapalhar a ponto de tirar o título do Cruzeiro. Mas falharam demais durante a competição. Lentos, sem recuperação, tempo de bola. Ficaram bem abaixo do restante da equipe. Se o Cruzeiro quer sonhar com Libertadores e Mundial no próximo ano precisa buscar mais dois zagueiros com maior talento. Negociar Léo, Bruno Rodrigo e até Manoel. Na partida de hoje, o time sofreu. Mesmo com os torcedores lotando o Mineirão, o Goiás conseguiu tirar proveito da afobação, da vontade exagerada de ser campeão. Criou inúmeras chances até para vencer o jogo. Mas parou no talento de Fábio. Mesmo muito bem marcados, Ricardo Goulart e Everton Ribeiro conseguiram marcar de cabeça os dois gols cruzeirenses. Samuel havia se aproveitado de falha inaceitável da zaga para marcar o gol do Goiás. Foram 22 vitórias, oito empates e seis derrotas. Aproveitamento de 68,5%. Legítimo bicampeão, ou tetracampeão, como querem os torcedores. E com menos dinheiro investido que, por exemplo, São Paulo e Santos. Mas muito maior competência. As conquistas do estadual e, agora, do Brasileiro darão toda a força para quarta-feira. O time irá lutar para tentar a Tríplice Coroa. Reverter a vantagem do maior rival, o Atlético Mineiro, que venceu a primeira partida da decisão da Copa do Brasil por 2 a 0. Se conseguir, terá o privilégio de obter a sonhada Tríplice Coroa, depois de 11 anos. Quem ainda tem coragem de duvidar do Cruzeiro Esporte Clube, tetracampeão desse país chamado Brasil?





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 23 Nov 2014 18:57:14

Nenhum comentário:

Postar um comentário