terça-feira, 4 de novembro de 2014

A troca de provocações e ironias entre Andrés e Carlos Miguel. A briga é pela liderança dos dirigentes brasileiros. E a formação de uma liga independente. Para enfrentar a CBF e redistribuir o dinheiro da transmissão dos jogos...

A troca de provocações e ironias entre Andrés e Carlos Miguel. A briga é pela liderança dos dirigentes brasileiros. E a formação de uma liga independente. Para enfrentar a CBF e redistribuir o dinheiro da transmissão dos jogos...




Não adianta. Carlos Miguel Aidar já recebeu até recados de velhos amigos corintianos. Para que esquecesse Andrés Sanchez e tudo o que ele faz ou diz. Com muito carinho, ele é tratado como "Carlinhos", apelido que carregou quando era conhecido como o filho de Henri Couri Aidar, que presidiu o São Paulo entre 1972 e 1978. Amigos conselheiros do Parque São Jorge pediram que deixasse de provocações, como classificá-lo de "mestre de obras do Itaquerão". Suas declarações pouco antes da Copa não foram esquecidas. Principalmente por Andrés. "Havia uma determinação do presidente da República para uma construtora fazer um estádio novo. E ele não torce para o São Paulo, ele torce para o Corinthians. E mandou fazer. A construtora disse sim, senhor, e fez o estádio. Está lá. Cheio de problemas. O Corinthians não é o dono do estádio, é da construtora. Ele nunca vai conseguir pagar aquele dinheiro." "O Itaquerão não vai ter show. Por um motivo simples. Aquilo (Itaquera) é outro mundo, é outro país, não dá para chegar lá." Andrés é muito vingativo. E na primeira oportunidade que encontrou Carlos Miguel, em um restaurante paulista, o ex-presidente corintiano deu o troco. O chamou de elitista por desprezar a Zona Leste de São Paulo. E ainda pediu a Mario Gobbi que não levasse os clássicos contra time de Aidar no Itaquerão. Não queria que o "time da elite" pisasse no estádio do Corinthians. E que os confrontos acontecessem longe de São Paulo. Como em Manaus, Natal. Mas o seu ex-pupilo não lhe deu ouvidos. Foi um dos motivos que piorou o afastamento entre os dois. A situação havia acalmado um pouco. Mas Andrés não perdoou a chance quando viu Carlos Miguel bradar contra a CBF. Exigindo dinheiro por usar os jogadores do clube. O dirigente queria liderar um movimento nacional para cobrar a entidade. "Isso é o São Paulo que está com dificuldade financeira e está cobrando lá na CBF. A CBF não tem como pagar jogador que é convocado", ironizou o ex-presidente corintiano na Jovem Pan. Mas tomou o troco. "Carlinhos" se esqueceu dos conselhos que recebeu de amigos corintianos. E partiu para o confronto. Desta vez ainda mais pesado. "O São Paulo está cobrando um direito dele. As dificuldades financeiras do São Paulo não são nem um terço das dificuldades do Corinthians. Acho que o Andrés está passado da eleição do Corinthians e não faz ideia do tamanho da dívida do seu clube." E foi além. Humilhou a avaliação do rival em relação aos "anos negros" como ele classificou o mandato de Marco Polo del Nero à frente da CBF.

"Ao contrário. O Andrés está fazendo discurso de derrotado. Ele só não é candidato derrotado porque retirou a candidatura dele. O Marco Polo vai fazer uma gestão muito boa. Ele está desligando pessoas ligadas ao Ricardo Teixeira, esses sim eram pessoas desserviam o futebol. Está fazendo o que o Marin não fez." Aidar usou a rádio para dar o novo troco. Para tristeza de Andrés, Mario Gobbi tem lavado as mãos nesse confronto. Não quer inimizade com Aidar por causa do seu ex-mentor. Mas Roberto de Andrade será diferente, se eleito. Ele não tolera as provocações do presidente do São Paulo. Sua filosofia combina com o ex-presidente corintiano. Andrés não quer ver Aidar liderando qualquer movimento entre os clubes brasileiros. Seja na formação de uma nova liga ou brigando por mais dinheiro da transmissão da Globo. O presidente do São Paulo sabe bem disso. E está tentando primeiro pacificar o São Paulo, afetado pela briga com o ex-presidente Juvenal Juvêncio. Quando conseguir, vai "dar a vida" pela reforma do Morumbi. Aí chegará a etapa de tentativa de formação de uma liga independente. Para questionar a CBF e cobrar o fim de privilégios da Globo a Corinthians e Flamengo. O que Andrés não deseja de forma alguma ver liderada por seu oponente. Será nesta hora que a guerra de verdade vai acontecer...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 03 Nov 2014 13:35:27

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