Teve consequência o caos provocado pela iminente renúncia de Carlos Miguel Aidar. Mais o demissão do vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro, o abandono do cargo do diretor de futebol, Rubens Antônio Moreno. E a troca do Morumbi pelo México de Juan Carlos Osório. O primeiro efeito colateral recaiu sobre Alexandre Pato. O atacante percebeu que a melhor atitude a fazer seria reatar seus elos com o Corinthians. O clube é dono de 60% de seus direitos federativos até o final de 2016. Com o São Paulo devendo perto de R$ 300 milhões e mergulhado no caos político, Pato e seu empresário Gilmar Veloz decidiram agir. Veloz intermediou um jantar de pacificação entre Pato, o homem que manda no Corinthians, Andrés Sanchez. E ainda os empresários, sócios e parceiros Kia Joorabchian e Giuliano Bertolucci. Os dois especializados em negociações com o Exterior. Principalmente Inglaterra e Alemanha. O encontro de reconciliação aconteceu na pizzaria Cristal. A conversa foi para deixar claro que o São Paulo não estará no futuro do jogador em 2016. As promessas de Aidar de contratá-lo em definitivo do Corinthians não são mais levadas a sério por Pato. Andrés ficou sabendo da promessas que Pato fez aos jogadores do São Paulo. Que nunca mais jogaria outra vez no Corinthians. Por conta da ameaça de membros das organizadas, quando invadiram o CT no ano passado. Eles juraram que quebrariam suas pernas. O jogador nunca passou tanto medo, escondido no vestiário. E ele também sabe que Tite e grande parte do elenco ainda não o perdoa pelo pênalti que eliminou o Corinthians diante do Grêmio em 2013, quando ele tentou dar uma cavadinha e Dida defendeu. Pato, a princípio, quer mesmo voltar para a Europa. Veloz autorizou Kia e Bertolucci. Os dois estão buscando equipes para encaixar o atacante. O nome do Borussia surge como primeiro interessado. A questão é que Andrés Sanchez está querendo se aproveitar da ocasião. E mostrar que pode fazer o que muitos consideraram impossível. Ter lucro com o atacante. Ele tem certeza que o São Paulo não exercerá sua prioridade. Não terá como pagar R$ 43 milhões pelos 60% dos direitos que o Corinthians possui. O preço está fixado em 10 milhões de euros. Se até 31 de dezembro o clube do Morumbi não depositar essa quantia, ele teria de voltar ao Parque São Jorge. Só que ele não quer. Nem Tite.
Só que a pedida corintiana para o Exterior não será os 10 milhões de euros tão propagados. O Corinthians quer muito mais do que R$ 38 milhões. Por que, descontados os 40% de Pato, sobrariam cerca de R$ 23 milhões ao clube. O investimento para ter Pato foi de R$ 43 milhões. Andrés já avisou na frente do jogador e de Gilmar Veloz que não aceitará tão pouco. Não quer ter prejuízo. E diz que pretende lucrar com o atleta. Ou então tê-lo de volta, o que arrepiou o atacante. Membros da diretoria corintiana já foram autorizados por Andrés. Estão dizendo para quem pergunta que o preço do jogador é de 25 milhões de euros, cerca de R$ 108 milhões. Assim, o clube ficaria cerca de R$ 64 milhões. Balela. Por mais que Alexandre Pato tenha marcado 24 gols nas 50 partidas que disputou, Andrés sabe que não vale tanto assim. Ele quis que Gilmar Veloz e seu pupilo entendessem que não aceitará proposta de 10 milhões de euros, cerca de R$ 43 milhões, como era o preço do atacante no meio do ano. E não houve interessados efetivos. Por mais que Pato valorize uma mera sondagem do Manchester United.
A última coisa que passa na cabeça de Aidar é Alexandre Pato. O presidente do São Paulo deve mesmo protocolar sua renúncia à presidência do São Paulo. O seu substituto, Carlos Augusto Barros e Silva, ficará 30 dias no cargo. E depois deverá concorrer ao cargo. Se com sorte, for eleito, não terá autonomia para autorizar o gasto de R$ 43 milhões. Andrés Sanchez sabe que não há a menor possibilidade de o Corinthians seguir pagando R$ 800 mil mensais ao atacante. Seria prejudicial ao ambiente do clube. Elias, Renato Augusto, Gil, Danilo, Ralf já tiveram seus direito de imagem atrasado. O clube pediu dois empréstimos para solucionar dívidas com atletas em 2015. Talvez peça um terceiro para pagar 13º, prêmio por uma eventual classificação para a Libertadores e pelo título. Não há como bancar um atleta recebendo R$ 800 mil. O contrato está assinado e Pato não abre mão desse dinheiro. Kia e Bertolucci já acionaram seus contatos pela Europa anunciando o "renascimento" de Pato. Pato já decidiu que chega de Brasil. Vai ficar até o final do ano no São Paulo. E conta com o apoio do "dono" do Corinthians para voltar à Europa.
O jogador não se esqueceu da promessa irônica que Andrés fez em julho. Se o atacante não quisesse mesmo retornar ao Corinthians, o emprestaria para o Bragantino. Foi uma piada. Mas Pato percebeu quem deveria procurar. Andrés Sanchez. E ele acionou seu amigo de sempre. Kia, o homem que levou a MSI ao Corinthians. O iraniano já busca clube para o atacante. Triste final para a estrela midiática da Zona Leste. Aquela que os dirigentes garantiam. Seria a cereja do bolo no time campeão mundial em 2012. Desde fevereiro de 2014, o clube paga para jogar pelo São Paulo. R$ 400 mil por mês. E agora coloca seu futuro nas mãos de Kia...
Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 13 Oct 2015 10:33:42
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