domingo, 4 de outubro de 2015

Chute perfeito de Rodriguinho dá empate injusto ao Corinthians. Líder escapa de derrota para a Ponte Preta em Campinas. E dos erros de Tite. Por sorte, mantém cinco pontos de vantagem sobre o Atlético Mineiro...

Chute perfeito de Rodriguinho dá empate injusto ao Corinthians. Líder escapa de derrota para a Ponte Preta em Campinas. E dos erros de Tite. Por sorte, mantém cinco pontos de vantagem sobre o Atlético Mineiro...




A sorte ajudou a injustiça. O Corinthians estava jogando muito mal. Saiu na frente. Tomou a virada da Ponte Preta. Tite fez duas substituições incompreensíveis. Tirou Elias e Jadson. Os dois estavam bem na partida. Colocou Rodriguinho e Danilo. O time piorou ainda mais. A diferença para o Atlético Mineiro caia para quatro pontos. A derrota parecia inevitável. Até que, aos 39 minutos, Edílson cobrou lateral, Ferron cortou de cabeça. A bola sobrou no pé de Rodriguinho, o chute saiu fortíssimo, indefensável. 2 a 2. Placar injusto. Tite se virou para os torcedores da Ponte que o xingavam e mostrou o ouvido. O desafiava a continuar a xingá-lo. E ao final da partida, fazia irônicos acenos de tchau. Ele tinha mais é que comemorar com seus jogadores. No íntimo ele sabia, deu muita sorte. Mesmo tendo jogado mal e sendo prejudicado por seu treinador, o Corinthians conseguiu sair de Campinas com um importantíssimo ponto. E manter cinco de distância do Atlético Mineiro, seu incansável perseguidor. Vantagem significativa, faltando dez rodadas para acabar o Brasileiro. Diante do que aconteceu no jogo, ninguém nem reclamará que antes da rodada deste final de semana, a diferença era de sete. O que vale é comemorar que ela não caiu para quatro, como seria mais justo. "Diante da circunstância, foi um bom resultado. Correr atrás da Ponte foi difícil, é um time que veinha de quatro vitórias, equipe muito qualificada. O ponto fará diferença lá na frente", apostava Ralf, extenuado de tanto correr atrás dos meias e atacantes campineiros. A partida mostrou duas propostas diferentes de jogo. O Corinthians de Tite tentava diminuir o ritmo, tocar a bola. Com jogadores mais técnicos, Tite pretendia vencer a partida com a movimentação compacta da equipe, apostando no conjunto da equipe, não nas individualidades. Já o empolgado Doriva buscava a quinta vitória consecutiva, na base da correria, da velocidade. Principalmente nos contragolpes, pelas laterais do campo. Queria aproveitar a pressão que a torcida fazia no Moisés Lucarelli. O treinador sabia que possuía atletas menos talentosos. Tinha de apostar na volúpia. O Corinthians acabou se impondo no primeiro tempo. Elias, Jadson, Renato Augusto conseguiam com trocas de bola dominar a vontade campineira. Outra vez ficava claro que o ponto fraco corintiano é seu ataque. Vagner Love e Malcom seguem atrapalhando o time. São peças fracas em um time coeso. Jadson teve uma chance clara, limpa, aos 22 minutos. Rodinei errou passe infantil. A bola caiu para Vagner Love. Ele tocou para o meia corintiano. Livre, chutou fraco. Tirou de Marcelo Lomba, mas proporcionou a chance para o próprio Rodinei salvar em cima da risca. Aos poucos, o líder do Brasileiro foi encurralando a Ponte. Só faltava o gol. Malcom e Love seguiam indecisos, perdendo tabelas, lances fáceis. Atrapalhando as investidas. Quando Malcom conseguiu acertar um passe, a bola caiu no pé de Elias, o volante descobriu Jadson livre, na entrada da área. O chute saiu perfeito. Indefensável para Marcelo Lomba. Corinthians 1 a 0, aos 42 minutos. O gol fazia justiça ao time que foi muito melhor na primeira etapa. Vale também lembrar a excelente temporada do meia corintiano, autor de 15 gols na temporada, 12 só no Brasileiro. A perspectiva era que o Corinthians consolidasse uma fácil vitória na segunda etapa. Mas não foi o que aconteceu. Por dois motivos. O primeiro foi que Doriva adiantou de vez a marcação do seu meio de campo. Para ele era tudo ou nada. E o segundo, estava no fato de o time de Tite diminuir demais o ritmo. Não acreditar que o rival iria reagir. Aos dois minutos, a Ponte quase pagou a ousadia. Jadson, livre do lado direito da área bateu forte, cruzado. A bola caiu nos pés de Felipe, dentro da pequena área. A defesa da Ponte Preta estava completamente desarrumada. Mas o zagueiro teve a coragem de chutar para fora. O lance aconteceu aos dois minutos. E passou a ideia aos corintianos que venceriam a partida quando quisessem. Foi quando Doriva colocou em campo o truculento Diego Oliveira no lugar do meia Cristian. Com Biro Biro atormentando Gil e Felipe, com sua incessante correria, o pesado atacante acabava com importante espaço na definição das jogadas ofensivas. E foi assim que veio o empate da Ponte. Rodinei cruzou forte, Diego Oliveira cabeçou, ajeitando para Elton empurrar a bola para as redes. Ele parecia, mas não estava impedido. Gol legal da Ponte, aos 15 minutos. O empate atordoou os confiantes corintianos. E incendiou o ânimo dos ponte-pretanos. Três minutos vinha a virada. Graças a um contragolpe em velocidade. Biro Biro chutou cruzado, Cássio espalmou. A bola procurou Diego Oliveira. O chute mortal saiu forte. 2 a 1, Ponte Preta.

Tite tratou de cometer sua primeira heresia. Tirou Elias que fazia boa partida. Era um dos únicos corintianos lúcidos. Colocou Rodriguinho. Lucca na vaga de Malcom se justifica. Mas o técnico estava queria provar que estava em péssima tarde. Tirou Jadson, jogador que criava muito perigo à Ponte, e mandou a campo Danilo. As trocas não estavam dando certo. A Ponte seguia dominando o jogo. Tite era muito xingado pela torcida campineira. E criticado até por corintianos por ter tirado Elias e Jadson. A situação estava ficando complicada. A diferença para o Atlético Mineiro cairia para quatro pontos com a derrota, que parecia irreversível. Até que houve um simples lateral para Edílson cobrar. Até os pipoqueiros do estádio Moisés Lucarelli sabiam que ele lançaria a bola para a área com as mãos. Foi o que aconteceu. Ferrón a desviou da pequena área. Só que não havia marcação alguma para o rebote. A bola caiu no pé esquerdo de Rodriguinho. Ele não teve dó da estúpida falha do setor defensivo campineiro. E cravou a injustiça no placar. 2 a 2.

Ao final da partida, Tite ironizava a torcida adversária que o xingou durante todo o jogo. Principalmente na hora das substituições. Só que ele precisa pensar. E trocar o orgulho, a ironia pela preocupação. Assistir o teipe do jogo. Perceber a bobagem que fez ao tirar Elias e Jadson. Deu toda a chance para a Ponte Preta vencer. E mais, de o Atlético Mineiro se aproximar de vez. Desta vez, o chute de Rodriguinho o salvou. O Corinthians comemora ter cinco pontos de vantagem. Mas se Tite não errasse tanto, poderia estar a sete...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 04 Oct 2015 18:11:20

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