domingo, 25 de outubro de 2015

Guerrero? Vagner Love roubou a cena no Itaquerão. Marcou o gol que materializou a vitória de Tite sobre Oswaldo. Corinthians derrota Flamengo por 1 a 0. E torcedores já arriscam gritos de 'é campeão'...

Guerrero? Vagner Love roubou a cena no Itaquerão. Marcou o gol que materializou a vitória de Tite sobre Oswaldo. Corinthians derrota Flamengo por 1 a 0. E torcedores já arriscam gritos de 'é campeão'...




Enquanto toda a atenção estava voltada para Guerrero no Itaquerão. Mas Vagner Love roubou a cena. Materializou com o gol, a lição tática de Tite sobre Oswaldo de Oliveira. Mesmo jogando em casa, recuou a equipe para atrair a marcação de Márcio Araújo sobre Renato Augusto e de Jonas sobre Elias. Teve a intermediária para contra-atacar e vencer o fundamental jogo. Nem o pênalti claro de Marcio Araújo em Elias fez falta. O erro de Wilton Pereira Carvalho não parou por aí. Ele ainda deu o cartão amarelo ao corintiano, que o tirou da partida contra o Atlético Mineiro, domingo, em Belo Horizonte. A vitória do Corinthians por 1 a 0 contra o Flamengo o deixa ainda mais perto do título brasileiro. Faltando apenas seis rodadas, o time chegou a 70 pontos. Não foi por acaso que alguns torcedores já ensaiaram gritos de "é campeão". A torcida quebrou recorde em Itaquera. Foram 43.942 ao estádio. A renda, impressionante: R$ 2.747.175,00. Guerrero teve atuação pífia. Além de não jogar, se recusou até a dar entrevista, desgostoso por ter jogado tão mal. O Flamengo estagnou com 44 pontos. Ocupa a 10ª colocação no Brasileiro. Está a 26 pontos do Corinthians e já a seis da zona de classificação da Libertadores. A situação de Oswaldo de Oliveira é cada vez mais complicada para 2016. Não há sequer um candidato à eleição do clube carioca que o queira no próximo ano. Nem Eduardo Bandeira de Mello. Oswaldo tentou a mesma estratégia que deu certo no Paulista, quando ainda era treinador do Palmeiras. Ele venceu o Corinthians durante o torneio e depois o eliminou nos pênaltis, da final, empatando o jogo. Sua preocupação foi travar a fluência de jogo corintiano. Marcando individualmente peças importantíssimas de Tite. O treinador corintiano desta vez foi mais esperto. Intuiu que Jonas correria atrás de Renato Augusto e Márcio Araújo seria a sombra de Elias. O que ele fez? Tratou de deixá-los mais recuados do que de costume. Atraiu os dois volantes adversários para o campo corintiano. Algo que Oswaldo não esperava. Ainda mais com o líder do Brasileiro atuando no seu alçapão, o Itaquerão. O time carioca caiu na armadilha tática. Contando com jogadores inferiores tecnicamente, os cariocas se empolgaram ao ter espaço para atacar. Mas não percebiam que só ia até a intermediária. Os paulistas estavam distribuídos com duas linhas de quatro e com Vagner Love e Malcom abertos pelas pontas. Era quase como uma mola encolhida. Bastava tomar a bola e o time contragolpeava em velocidade, em bloco, enfrentando a fraca zaga flamenguista. Foi impressionante o domínio que Tite tem dos seus jogadores. Renato Augusto e Elias se submeteram às suas ordens. Recuados e caçados por Jonas e Márcio Araújo, deixavam a intermediária para Jadson reinar. Era ele o segredo do jogo. Everton e Alan Patrick nem entendiam o que estava acontecendo. Tite foi esperto e deixou Ralf mais perto de Edílson, lateral que é muito falho na marcação. O treinador sabia que Oswaldo colocaria Jorge e Everton para tentar explorar o ponto fraco corintiano. O futebol é como o xadrez. Costuma vencer quem antevê as atitudes do adversário. Quanto a Guerrero, o treinador corintiano sabia de suas artimanhas. A de sair para os lados e tentar desorientar os zagueiros. Principalmente se um o acompanha por onde for. Tite mandou que Gil e Felipe, cada vez melhor, o marcassem por setor. Tinha certeza que, mal acompanhado como está na Gávea, a bola não chegaria com qualidade. E os zagueiros conseguiriam anular o ex-companheiro. O homem que marcou os gols que deram o Mundial ao Corinthians no Japão, em 2012. Inclemente, a torcida corintiana foi cruel. O xingou e vaiou durante todo a partida. O tratou como "mercenário" por ter trocado o Parque São Jorge pela Gávea. Ele sentiu falta demais de Sheik, suspenso. O time do Flamengo é muito limitado. Sozinho e muito bem marcado, ele não fez nada de útil durante a partida. Os contragolpes começaram a se encaixar logo aos 16 minutos. Malcon serviu Vagner Love, dentro da grande área. Ele invadiu e, sozinho diante de Paulo Victor, teve a coragem de chutar fora. Aos 20 minutos, o atacante se aproveitou de falha bizarra de César Martins. Invade de novo a área e demora para chutar. Wallace entra firme na cobertura e o atacante se desequilibra. Se preocupou mais em tentar cavar o pênalti do que marcar. O Corinthians já impunha a sua consciência tática. Se tivesse um definidor melhor, já estaria na frente no placar. O Flamengo seguia brigando muito em campo, correndo, mas mal distribuído taticamente. A única chance real que teve durante a partida aconteceu em uma rara falha coletiva da melhor defesa do Brasileiro. Alan Patrick cobrou escanteio, Jonas desviou de cabeça e, livre, o zagueiro César Martins chutou para cima, longe do gol de Cássio. Três minutos depois, contragolpe quase letal corintiano. Wilton Pereira Carvalho não marcou falta de Elias em Jorge, e Jadson desceu à vontade, chegou diante de Paulo Victor. Não quis chutar para o gol. Tentou o passe para Vagner Love. Errou. E desperdiçou chance incrível, aos 31 minutos. Dois minutos depois, erro absurdo do árbitro. Elias entrava na área quando tomou um pontapé de Márcio Araújo. Pênalti claro. Wilton Pereira não só não marcou. Como ainda deu cartão amarelo ao corintiano. E o tirou do jogo importantíssimo contro o Atlético Mineiro, em Belo Horizonte, no próximo domingo. Situação revoltante. Mas a superioridade corintiana se concretizaria aos 47 minutos. O gol tinha de sair graças a um contragolpe em velocidade, tão bem ensaiado por Tite. Jadson se aproveitou da liberdade que tinha na intermediária do Flamengo, atrás dos volantes. Serviu Malcon. Ele descobriu Vagner Love, mais uma vez sozinho, diante Paulo Victor. Desta vez, o atacante não ousou errar. O chute foi para o fundo do gol carioca. Justiça no placar. No segundo tempo, o cenário ficou até mais fácil para o líder do Brasileiro. Guerrero estava cada vez mais irritado, nervoso. Sem conseguir produzir. Era impossível definir se eram as vaias ou os péssimos companheiros de time que o atrapalhavam.



Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 25 Oct 2015 19:01:26

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