sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Ninguém é santo nesta guerra. Eurico Miranda tenta disfarçar o péssimo Vasco que montou. Delfim Peixoto, primeiro na sucessão da presidência da CBF, coage árbitros. Vergonha...

Ninguém é santo nesta guerra. Eurico Miranda tenta disfarçar o péssimo Vasco que montou. Delfim Peixoto, primeiro na sucessão da presidência da CBF, coage árbitros. Vergonha...




Não há santo nesta guerra. Estivéssemos em país sério, o Ministério Público já estaria investigando as denúncias sérias, pesadas, indecentes. De um lado Eurico Miranda. Presidente do Vasco. Incapaz de montar uma equipe forte, foi iludido pelo título do fraquíssimo e insignificante Campeonato Carioca. Não percebeu que os estaduais morreram. Basta ver a empolgação dos executivos das tevês com o Sul-Minas-Rio. Do outro, Delfim Peixoto. Presidente da Federação Catarinense desde 1985. E vice presidente mais velho da CBF. Em caso de renúncia de Marco Polo, é ele quem assumirá o comando do futebol deste país. A glorioso camisa vascaína foi entregue a atletas medíocres que colocam o clube na penúltima colocação do Brasileiro. Em 30 jogos são sete vitórias, sete empates e 16 derrotas. Por mais que a arbitragem de Ricardo Marques Ribeiro tenha sido absurda, incompetente e tenha prejudicado os cariocas no empate em 1 a 1, foi uma partida. Uma em 30. Eurico tem todo o direito de protestar. Mas ninguém será idiota a ponto de ser levado a acreditar que o Vasco está passando vergonha por ontem. De acordo com a personalidade do presidente vascaíno, ele não se calaria se percebesse um boicote contra seu time. Grita agora, que faltam oito jogos apenas e a Segunda Divisão é uma possibilidade real. Após o 1 a 1 no Maracanã, nesta madrugada, Eurico falou. Não fosse o Brasil o país dos escândalos, hoje suas palavras já teriam consequências graves. Há 46 anos, ele vive os bastidores do futebol. Deve saber muito bem o que estava falando. "Alerto para uma situação que demonstra claramente a culpa da comissão de arbitragem e de quem tem poder sobre ela, que é a própria CBF. Tem jogo político muito forte. O presidente da CBF está para sair. Não saiu ainda porque tem um opositor. "Esse opositor é o presidente da Federação Catarinense de Futebol, que tem quatro clubes envolvidos (na luta contra o rebaixamento) e claramente está mostrando qual a sua posição. Inclusive, levando a criação dessa liga (Rio-Sul-Minas) que já classifiquei como ilegal e imoral. É evidente que tem interferência direta na arbitragem. Muita gente fala: "ah, compraram o árbitro". Não é nada disso. "O árbitro vai para partida e recebe comunicados antes. Esse presidente da Federação Catarinense, com a maior tranquilidade, vai ao vestiário dos árbitros, coisa que, "em tese", é proibida. O que ele vai dizer? Para apitar bem ou que em breve ele estará na (presidência) CBF. Diz que o árbitro com ele vai chegar a ser aspirante à Fifa. Isso é o principal que pode se oferecer ao árbitro."

Simples assim, na sua visão, o vice presidente da CBF, Delfim Peixoto, também presidente da Federação Catarinense de Futebol, está invadindo os vestiários dos árbitros. E deixando uma mensagem subentendida. Se ajudarem Chapecoense, Avaí, Figueirense e Joinville, não vão se arrepender. Quando Delfim assumir a presidência da CBF, eles serão promovidos pela Comissão de Arbitragem. Mas Eurico continuou hoje. A sua artilharia foi mais pesada. Declarou guerra à CBF. A Marco Polo. "Quero reafirmar que se o presidente da CBF não tomar essa providência, qualquer coisa que venha a acontecer de prejuízo ao Vasco ele vai ter que assumir a responsabilidade total do que possa vir a acontecer. Não vai ser só a Justiça Comum, nem vai ser a Justiça Desportiva. Vai ser declaração de guerra sem quartel. Esse sr. Marco Polo Del Nero vai ver o que vai acontecer por parte do Vasco se essas providência não forem tomadas." E foi além. Lembrou que o filho de Delfim Peixoto tem trabalhado como delegado em jogos em Santa Catarina. E, de acordo com Eurico, não deveria. Além de pressionar a arbitragem em favor dos times de seu estado, ele não deveria trabalhar no futebol. Não pelo pai presidente da Federação Catarinense. Mas por ter sido condenado por tráfico e ser usuário de drogas.

"Esse delegado de Santa Catarina, Delfim Neto, que funcionou nas partidas que se realizam em Santa Catarina, coincidentemente partidas que tiveram problemas, como Avaí x Inter, Joinville x Cruzeiro, Avaí x Goiás, Joinville x Atlético-MG entre outras, funciona como delegado o filho... Eu lamento ter que dizer isso, mas, quem funciona como delegado do jogo é um cidadão que foi condenado por tráfico de drogas, que inverteram ser apenas usuário, está pendente de outro julgamento. Está condenado a cinco anos. Segundo declaração do pai, está recuperado. Tudo bem, mas é o delegado que funciona nessas partidas." A primeira reação de Delfim foi chamar Eurico de mentiroso. E lembrar que Eurico luta contra um câncer de próstata há anos. Sim, este foi um dos seus argumentos. "Eu lamento, mas não é novidade para mim. O Eurico sempre foi assim, é mentiroso. Eu vi em uma entrevista que ele falou que estava doente. Eu desejo a recuperação dele, para que eu possa depois processá-lo pelas mentiras, calúnias e difamações. Ele é mentiroso, e o Brasil todo sabe. Muita gente no Brasil não dá crédito ao que ele diz. "Eu não vou a vestiário de árbitro. Eu ia no passado. Quando os árbitros eram conhecidos, eu passava, desejava um bom jogo, como faço no Catarinense, e vou embora. No campeonato nacional, a recomendação da CBF é para não ir. Eu não vou e proibi que outras pessoas fossem. É mentira do Eurico. "Isso é coisa de idiota. Ele é um idiota e um mentiroso! O Eurico disse que eu fui ao vestiário de Avaí e Vasco. Eu nem fui ao estádio. Ele está mentindo descaradamente. Eu vou fazer um desafio: ele que aponte somente um árbitro do Brasil que declare que eu tenha entrado no vestiário e tenha pedido, insinuado, para favorecer algum clube de Santa Catarina. Quero um árbitro do quadro atual, não venha inventar um árbitro por aí." Delfim realmente não foi visitar ninguém na partida entre Avaí e Vasco. Mas na partida entre Chapecoense e Vasco, em Santa Catarina, na 11ª rodada, ele esteve no vestiário dos árbitros. E quem era o juiz? O mesmo de ontem, Ricardo Marques Ribeiro. O árbitro fez questão de relatar a importante pessoa que recebeu naquele 4 de julho. Antes e depois do jogo. Vale a pena reproduzir o relatório. "Registro a presença no vestiário da arbitragem do senhor Delfim Pádua Peixoto Filho, presidente da Federação Catarinense. Antes e depois do jogo. Com o objetivo de cumprimentar a equipe de arbitragem." Delfim perdeu o desafio. E, por coincidência, a Chapecoense venceu por 1 a 0. Detalhe, ninguém naquele instante do Vasco protestou, ninguém.

Ou seja, nesta briga que constrange o futebol brasileiro, ninguém é mesmo santo. Eurico monta um time fraco e corre sério risco de rebaixamento. Não por acordos espúrios da CBF, Nasa, Interpol, CIA. Mas por ruindade dos seus jogadores mesmo. Desvia o foco atacando o também nada santo Delfim Peixoto. Será que 30 anos não o ensinaram? É indecente presidente de federação visitar árbitros. A pressão é silenciosa, mas não menos poderosa. Invocar câncer de próstata, tráfico, dependência química... Armas baixas que mostram o nível dos nossos dirigentes. Mas Eurico e Delfim fiquem avisados. Ninguém mais no futebol brasileiro é ingênuo. Se o Vasco for rebaixado é por incompetência de Eurico. Isso é uma coisa. As visitas de Delfim aos árbitros são inadmissíveis. E a CBF deveria afastá-lo, impedir essa coação. Que ajuda sim os clubes catarinense.

A pressão de um provável presidente da CBF.

Isso é outra.

Quem já perdeu nesta briga foi a credibilidade do futebol deste país.

Pobre Brasil.

Perde por 7 a 1 todos os dias...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 16 Oct 2015 19:38:52

Nenhum comentário:

Postar um comentário