quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Até que enfim alguém com coragem para dizer. Neymar não é líder. Não serve para ser capitão da Seleção Brasileira. Que Dunga tenha a humildade de ouvir esse tal de Cafu...

Até que enfim alguém com coragem para dizer. Neymar não é líder. Não serve para ser capitão da Seleção Brasileira. Que Dunga tenha a humildade de ouvir esse tal de Cafu...




"Sou contra o Neymar ser capitão do Brasil. Não tem perfil de um líder. Temos que tirar a responsabilidade de cima dele (Neymar) e deixá-lo se divertir em campo. Não tem que falar com o árbitro e ser o intermediário entre os jogadores e o treinador. Ele é o maior ícone do futebol brasileiro nos últimos dez anos, mas agora ele tem que jogar, não liderar. Miranda e David Luiz têm melhores perfis para assumir a braçadeira." Assim Cafu definiu para a revista “FourFour Two" o que pensa de ver Neymar capitão da Seleção. Suas declarações foram publicadas justo agora, que ele está ao lado de Dunga, em Santiago. Ambos esperam chegar o difícil primeiro jogo do Brasil nas Eliminatórias, contra o Chile, campeão da Copa América. Cafu é o contraponto dos "auxiliares temporários" que Dunga tem chamado para acompanhar o Brasil. Sua personalidade é forte, firme, contestadora. Não foi por acaso que estava com a tarja de capitão na conquista do pentacampeonato em 2002. A pressão da CBF, de Ricardo Teixeira, era para que Felipão desse a capitania a Ronaldo. O treinador fingiu que não entendeu e seguiu com o lateral. Cafu sempre foi um grande líder por onde passou. Enfrentou com muita personalidade a rejeição em vários clubes que fez testes. Tentava posição errada, meia, atacante. Até que caiu pelo lado direito. Primeiro na ponta, daí o apelido. Cafu é diminutivo de Cafuringa, antigo ponteiro direito do Atlético Mineiro. Telê o fixou na lateral direita e deu no que que, um dos grandes laterais da Seleção. Quando foi convocado pela primeira vez para a principal, por Falcão, teve contra si uma campanha do humorístico da TV Globo Casseta & Planeta. O grupo vendia camisetas com a inscrição: "não fui eu quem convocou o Cafu". Magoado, o lateral nunca se curvou.

De 1990 a 2006, vestiu a camisa da Seleção 149 vezes. "Ele é o líder que sabe cobrar o jogador. Discretamente durante as partidas, fala o que tem de falar de maneira discreta. Orienta, chama a atenção, elogia e até xinga. Sem ninguém perceber. Sabe ler o jogo. Troca ideia com os técnicos. É capaz de mudar o esquema com apenas um balançar de cabeça do treinador. E sempre foi esperto, malandro, na hora de cobrar, pressionar os árbitros. Sem escândalo, briga. Apenas firmeza. O Cafu resume tudo o que um capitão da Seleção precisa." O resumo é de Ronaldo, ainda em 2002. Quatro anos depois, na Alemanha, Ronaldo ouviu cobranças duríssimas de Cafu. Por estar dez quilos acima do peso, como Adriano, e por ser o condutor das farras durante a Copa, que terminavam às cinco horas da manhã. Quando Ronaldo respondeu que quem estipulava o horário das folgas era Parreira, Cafu se calou. Sabia, no íntimo, que o atacante estava certo. Para não criar uma crise, ficou quieto. Era preferível que gritasse, xingasse. Criasse um escândalo internacional. Quem sabe o Brasil e seu "quadrado mágico", Ronaldo, Adriano, Kaká e Ronaldinho Gaúcho, não saísse de maneira tão deplorável do Mundial. Mas Cafu respeitou a hierarquia. O comando de Parreira.

Diante do diagnóstico de um dos maiores atacantes de todos os tempos do futebol mundial, não é de estranhar a franqueza de Cafu em relação a Neymar. Ser o principal jogador da Seleção é algo muito diferente de ser o líder do Brasil. Tomar a camisa 10 de Oscar. Ter o privilégio de bater todas as faltas e pênaltis é uma coisa. Agora ser o capitão da equipe é totalmente outra. A maior prova da incompatibilidade entre ele e a capitania da Seleção ocorreu na Copa América. Ele não admitiu ser irritado, questionado, cutucado, xingado pelos colombianos. Atitudes que são recorrentes em jogos de futebol. Não é por ser uma das maiores estrelas do futebol mundial, milionário jogador do Barcelona. Ele não será tratado com reverência. Ainda mais na América do Sul. Em vez de perceber que toda essa provocação era uma estratégia para abalá-lo, travar mentalmente o mais talentoso brasileiro em campo, Neymar agiu como menino irritadiço, mimado. Começou a devolver as provocações, palavrões, saiu mentalmente do jogo. Fez o que os colombianos queriam o resultado foi um desastre para a Seleção. Com direito a um ridículo princípio de briga após a derrota brasileira. Ele fez a Seleção perder duas vezes o mesmo jogo. Foi expulso. Esperou, segurou, gritou, xingou e cobrou satisfações do árbitro da Fifa, o chileno Enrique Osses. O próprio coordenador da Seleção, Gilmar Rinaldi, viu a cena. Pediu para Neymar ir para o vestiário do Brasil antes de se encontrar com o juiz. Seguranças tentaram levá-lo. O jogador gritou e pediu que ninguém encostasse nele. Veio a atitude patética. E a suspensão de quatro partidas. A CBF poderia recorrer. Seria muito mais fácil. E o brasileiro ter a pena reduzida para dois ou três jogos. Se assim fosse, e o Brasil vencendo seus jogos, ele só poderia atuar em uma eventual final. Ficaria mais de dez dias apenas treinando. Ele estava sem férias. Dunga foi mal orientado pelo departamento jurídico da Seleção. Acreditou que a punição valeria para a próxima Copa América. Recomendou que seria melhor não recorrer, dispensar Neymar para que descansasse. E chegasse "voando" nas Eliminatórias.

Em nenhum momento Neymar agiu como capitão. E pediu para ficar com seus companheiros. Aceitou a dispensa. E nos dias seguintes estava em alto mar em iates aproveitando a vida. Enquanto isso, seu time era eliminado da competição pelo Paraguai. Cafu foi nevrálgico. "Neymar não tem perfil de líder." O capitão do pentacampeonato está ao lado de Dunga hoje no Chile. Que ele convença o treinador. O talentoso jogador do Barcelona já tem a responsabilidade de ser o único destaque real desta Seleção Brasileira. O que já é peso imenso para qualquer atleta. É contraproducente carregar a faixa de capitão no braço. Não leva a nada. Pelo contrário. Apenas o desgasta ainda mais mentalmente. Forçar liderança para quem não tem é estupidez. Mesmo que esse atleta seja Neymar. Quem pensa que ser capitão é uma bobagem não conhece futebol. Não conhece Bellini, Mauro, Carlos Alberto, o jogador Dunga. Muito menos Marcos Evangelista de Morais. Esse tal de Cafu disse o que Dunga, o técnico, precisava ouvir Se não quiser tomar atitude para o bem da Seleção. Continuar cedendo aos caprichos de Neymar... Será sua a decisão. Assim como as consequências...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 07 Oct 2015 11:49:26

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