sábado, 10 de outubro de 2015

Romário pode convocar Ataíde para depor na CPI sobre as negociações do São Paulo. Sócios do escritório e a própria família imploram para Aidar renunciar à presidência. Cerco se fechou...

Romário pode convocar Ataíde para depor na CPI sobre as negociações do São Paulo. Sócios do escritório e a própria família imploram para Aidar renunciar à presidência. Cerco se fechou...




"Não esqueça que a CPI Futebol tem poderes para confirmar se a Under Armour Brasil pagou a TML e como a sede da empresa mãe fica nos Estados Unidos, poderá implicar em problemas graves para a multinacional. Me parece quem em face dos fatos só resta a você renunciar." Essa parte importante do e-mail de Ataíde Gil Guerreiro enviado para Carlos Miguel Aidar, chegou onde o ex-vice presidente de futebol supunha. O presidente da CPI do Futebol, Romário analisa com interesse a possibilidade de convocar Ataíde para depor. Falar sobre a comissão da Under Armour e sobre as irregularidades nas transações que acusou Aidar no e-mail. E tudo se complicar de vez para Aidar. O senador tem poder para esclarecer se a TML Foco Consultoria e Assessoria Empresarial Ltda, empresa de Cinira Maturana da Silva, ganhou comissão pela chegada da Under Armour para o São Paulo. No final de 2014, houve a revelação que Aidar estava para fechar com a fabricante de camisas Puma. E daria 20% do negócio, como comissão para a empresa de sua namorada. O presidente confirmou ser verdadeira a informação. E que pagaria se a transação desse certo. Não deu. Os conselheiros se revoltaram com Carlos Miguel. Em janeiro, Cinira enviou uma carta ao clube confirmando que acabava sua parceria com o São Paulo. Aqui a carta. Prezado Presidente Carlos Miguel,
Sirvo-me da presente correspondência para solicitar o distrato do contrato de prestação de serviços firmado entre a minha empresa e o São Paulo Futebol Clube (“SPFC”) em 06/05/2014, cujo objetivo era viabilizar recursos para uma boa gestão do clube, mormente pela dificuldade econômica e financeira que atravessa e que a ninguém é dado desconhecer.
Minha empresa estabeleceu relação profissional e transparente, regulada pelo contrato com o SPFC, da mesma forma como muitas outras empresas (Globo, Habib´s, Penalty e etc) e empresários (Joseph Lee, Juan Figer, Eduardo Uram e outros), o fizeram. E note Carlos Miguel, que meu contato continha obrigações garantidoras ao SPFC que, penso eu, nenhum outro tinha por exigência dessa Presidência. Nesse sentido, chamo a atenção para o parágrafo segundo da cláusula primeira e os parágrafos segundo e terceiro da cláusula segunda. Aliás, peço, pela razão ao final exposta, que o contrato seja igualmente disponibilizado, ou, aos menos avisados, com a mesma confidencialidade desta mensagem.


Essa solicitação de distrato se dá em razão das acusações sem nenhum fundamento contra a minha pessoa e minhas atividades profissionais, amplamente veiculadas nos meios de comunicação misturando um trabalho profissional com uma relação pessoal.
Causa espécie observar a leviandade das afirmações publicadas pela imprensa, intitulada como séria e respeitável, e maldosamente repercutidas no seio do Clube.
Minha história profissional de vida, que culminou com o exercício de diretoria de banco, observado o rigoroso critério adotado pelo Banco Central do Brasil para se ocupar cargos dessa natureza em estabelecimentos bancários neste país, dizem o contrário.
Como muitas outras pessoas esclarecidas, eu entendo que este tipo de informações são motivadas pela existência de lutas pelo poder no SPFC, onde um pequeno grupo, com seus interesses afastados, pretende atacar todas as mudanças que você e sua diretoria estão implementando para modernizar, atualizar e converter o SPFC numa referência de gestão moderna, sólida e transparente, como só era de se esperar desde que se tornou candidato ao posto máximo do Clube.
Este pequeno grupo não desiste de fazer, não uma fiscalização da sua gestão, o que seria lógico, legítimo e desejável, senão um ataque sistemático à transparência com a qual você vem trabalhando no SPFC, uma vez que isto coloca luz num ambiente que durante anos foi sujeito ao império das sombras e que lhes permitia atuar de maneira obscura, como todos ficaram sabendo após você assumir a presidência.
Por este motivo e para evitar que o nome do SPFC, sua gestão e a de sua diretoria possam ser utilizados como argumento para o desgaste da imagem do Clube e reiterando que não houve remuneração alguma e que nada há de irregular no contrato e na minha atuação, tendo eu, inclusive, prospectado vários investidores para o Clube, sem contudo, infelizmente, obter êxito, solicito que o contrato seja encerrado de comum acordo das partes para que ele não sirva mais de base para calúnias e difamações, dando e recebendo quitação por não ter havido, repito, remuneração alguma.
Na expectativa de contar com sua compreensão, subscrevo-me,
Atenciosamente,
TML Foco Consultoria e Assessoria Empresarial Ltda.
Cinira Maturana da Silva"

Aidar confirmou que a ligação comercial entre a TML e o São Paulo estava acabada. Isso em janeiro deste ano. A negociação envolvendo R$ 135 milhões com a Under Armour foi anunciada no dia 17 de dezembro de 2014. A comissão de R$ 18 milhões, 15% da transação, foi anunciada como paga para Far East Global. Sediada em Hong Kong. O Conselho Deliberativo há dez meses ainda não chegou à uma conclusão. Investiga onde foram parar esses R$ 18 milhões. A Under Armour se defende garantindo que assinou termos de confidencialidade com a direção do São Paulo. Não pode revelar quem foi o intermediário. Ataíde acusa a empresa de Cinira de ter recebido parte dessa comissão. Seriam R$ 6 milhões, em 12 parcelas de R$ 500 mil. Sendo verdade, a situação de Aidar ficará insustentável. Diante da divulgação do e-mail, a família de Aidar decidiu. Quer que ele renuncie de qualquer maneira à presidência do São Paulo. E se defenda de todas as acusações. Elas estariam também atrapalhando o seu conceituado escritório de advocacia. "Saindo da casa do meu pai. Eu e minha irmã tivemos uma longa conversa com ele, para entender tudo o que está acontecendo. "Só queremos a paz de volta em nossas vidas. Nem que para isso ele tenha que sair da presidência." Publicou Mariana Aidar, na sua conta do twitter. O diretor jurídico Leonardo Serafim se afastou do cargo como o restante da diretoria. E já avisou que não voltará de jeito nenhum ao seu cargo. Ele teve acesso a todos os contratos fechados pelo presidente. Aliados do ex-presidente Juvenal Juvêncio já comemoram. Ou Aidar renuncia ou sofrerá o processo de impeachment. Até mesmo o ex-presidente José Eduardo Mesquita Pimenta, afastado do cargo, em 1994, acusado de pedir comissão na venda de jogadores, garante. "A situação de Carlos Miguel é insustentável." Ele sabe muito bem o que fala...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 10 Oct 2015 11:17:55

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