quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Falcão ou Cuca como novo treinador. Analisar volta de Lugano, buscar goleiro veterano, como Jefferson. Adeus a Ceni, Pato e Luís Fabiano. Diminuir a dívida de R$ 300 milhões. Abafar escândalos de Aidar. O esboço do São Paulo de Leco...

Falcão ou Cuca como novo treinador. Analisar volta de Lugano, buscar goleiro veterano, como Jefferson. Adeus a Ceni, Pato e Luís Fabiano. Diminuir a dívida de R$ 300 milhões. Abafar escândalos de Aidar. O esboço do São Paulo de Leco...




Apenas 193 pessoas tiveram direito a definir o destino do São Paulo. O clube não é democrático como outros grandes do futebol brasileiro. Elitista, restringe a votação aos conselheiros. Sócios seguem impossibilitados de votar. Na eleição de ontem, Carlos Augusto Barros e Silva venceu com facilidade Newton Ferreira. 138 a 36. 19 conselheiros fizeram questão de votar em branco. Apoiado pelo grupo que elegeu Juvenal Juvêncio e Carlos Miguel Aidar, Leco fará o que o blog havia antecipado. Manterá todas as inúmeras denúncias que fizeram Aidar renunciar dentro do clube. Serão abafadas. Não virarão caso de polícia, mesmo se forem constatadas que prejudicaram financeiramente o São Paulo, como o caso Iago Maidana. Outro caso suspeito, Leco já avisava a conselheiros que estava enterrado. E de maneira mais do que estranha. O empresário Jack Banafsheha, proprietário da empresa Far East, é muito "bonzinho". Decidiu abrir mão, perdoar, doar ao São Paulo a comissão de R$ 18 milhões que teria direito pela chegada da Under Armour como substituta da Penalty, na confecção dos uniformes do clube. Jack "Tequila", como é chamado ironicamente por alguns conselheiros, desistiu em uma grande coincidência. Foi só o próprio Leco, quando era presidente do Conselho Deliberativo, anunciar a formação de comissão para investigar essa generosa comissão que seria paga ao empresário em Hong Kong. Aidar e o ex-vice de marketing e comunicação Douglas Schwartzmann eram pressionados para explicar porque pagaram tanto dinheiro. Com o clube não tendo de repassar esses R$ 18 milhões, a comissão deixou de existir. Aidar e Schwartzmann não terão de explicar nada. A postura "pacificadora" de Leco seguirá. Uma das principais atitudes que tomou ontem ao ser eleito foi avisar que recebeu finalmente a fita que Ataíde Gil Guerreiro gravou. Ela conteria a confissão de Aidar de várias irregularidades. Inclusive o oferecimento do ex-presidente para a divisão da comissão do jogador Gustavo da Portuguesa. Essa é a denúncia mais grave.

Como o blog antecipou, Aidar confirmou ao Estado de S. Paulo que, na verdade, teria sido uma maneira para oferecer dinheiro do próprio bolso a Ataíde. "Eu ia ajudar um amigo que, aos 70 anos, está em uma situação desconfortável. Ia ajudar do meu próprio bolso. Mas arrumei uma história para não deixar o Ataíde constrangido, para não parecer que era uma coisa pessoal, de doação. "Inventei que vou arrumar alguém para comprar, receberia em forma de honorários. Falei para ele que "isso não precisaria ser no meu escritório. Tenho outra empresa chamada Aidar Participações que é de uma das minhas filhas. (...)"No querer ajudar, acabei me entregando e me machucando." Para Leco está tudo resolvido. O São Paulo apenas pagará multa de R$ 100 mil na absurda contratação de Iago Maidana. Não importa se o clube teve de pagar R$ 2 milhões por 60% de um atleta que dois dias antes custava R$ 800 mil, antes de ser adquirido por uma intermediária, a Itaquerão Soccer, e repassado ao Monte Cristo, time da Terceira Divisão goiana. O R$ 1,2 milhões a mais são absorvidos pelo clube. O STJD não proibiu as contratações em 2016, como recomenda a Fifa. E "bola para frente". O dirigente já avisou que este assunto está morto para a imprensa. Será resolvido internamente.

Assim como a comissão da Under Armour, doada por "Jack Tequila". E do oferecimento de dinheiro, em forma de comissão, de Aidar a Ataíde. Por mais inverossímeis, quase impossíveis de acreditar, serão aceitas. Para a tal "pacificação" do São Paulo. Inclusive barrando o desejo de inúmeros conselheiros, a expulsão de Aidar do clube. O dirigente acredita ser um desgaste desnecessário. Ele já tem a palavra do ex-presidente que ele não irá frequentar o Morumbi. Para o novo presidente, aliado politicamente de Juvenal e do próprio Aidar, isso já basta. Leco vai manter Ataíde Gil Guerreiro na condução do futebol do clube. Mas o presidente quer efetivar a profissionalização na administração. Com pessoas exercendo cargos remunerados. Agora o assunto que o torcedor são paulino se interessa. Técnico. Na eleição de ontem ficou claro que ninguém apoia a permanência de Doriva para 2016. Só se ele conseguir o que muitos no Morumbi chamam de "milagre". A classificação para a Libertadores do próximo ano. O caminho não interessa. Reverter a desvantagem da derrota por 3 a 1 diante do Santos, hoje na Vila Belmiro. Classificar o time para a final da Copa do Brasil. Ou então dar uma arrancada nos seis últimos jogos do Brasileiro e fazer a equipe chegar pelo menos em quarto lugar. A cúpula do clube mantém o discurso que Doriva ficará de qualquer maneira. Mas nem o técnico acredita. Conselheiros ligados a Leco sabem que ele deseja um treinador vivido, de renome, para comandar o São Paulo. Ele segue rejeitando a pressão para o retorno de Muricy Ramalho, com quem se desentendeu em 2009. Cuca é um dos nomes que mais o estimula. Foi o último treinador brasileiro campeão da Libertadores da América, em 2013, com o Atlético Mineiro. Trabalhou no clube em 2004. Está na China, no Shandong Luneng.

Além dele, Leco vê com satisfação a volta por cima de Paulo Roberto Falcão. O ex-jogador que atuou no Morumbi, entre 1985 e 1986, é muito mais fácil e barato. Ele está fazendo ótimo trabalho no Sport. Seu refinamento, sua postura elegante, falar italiano e inglês, também conta. Teria o "perfil" refinado que tanto agrada ao presidente. Junta o atributo que o fez colocar Ricardo Gomes no Morumbi, no lugar de Muricy, em 2009. Leco sabe que as dívidas herdadas por Aidar chegam a quase R$ 300 milhões. O Itaú BBA, uma das principais consultorias do mercado, garantiu que, em setembro, batia nos R$ 272 milhões. A projeção era que em dezembro chegasse à casa das três centenas de milhões de reais, a maior da história do São Paulo. Por isso, a compra de Alexandre Pato está descartada. Ataíde Gil Guerreiro tem a missão de acionar empresários para buscarem jogadores importantes, em final de contrato para o clube. Mesmo veteranos. A lição de Ricardo Oliveira ainda dói. Ele estava na mão, mas Aidar não quis. Conselheiros insistem em Lugano, que fará 35 anos no dia 2 de novembro, é um nome constantemente pedido. Ataíde é contra. Leco, nem tanto.

O clube vai buscar no mercado um novo líder para o lugar de Rogério Ceni. Nem pensar em novo adiamento de sua aposentadoria. Não está descartada a possibilidade que ele seja outro goleiro vivido. Alguém com o perfil de Jefferson do Botafogo, Diego Cavalieri, do Fluminense, Victor, Atlético Mineiro. Ex-vice de futebol, Leco sabe da importância de um time forte para que não haja problemas administrativos. Além disso, não há interesse algum na renovação de Luís Fabiano. O presidente quer que o marketing consiga, por uma "questão de honra", novo patrocinador master. Há um ano de três meses nenhum empresa paga para colocar seu nome na camisa do São Paulo. É um fracasso que Leco não aceita. Ele está aberto para a ajuda do empresário Abílio Diniz. O novo presidente do São Paulo até fevereiro de 2017 é elitista. E quer de qualquer maneira acabar com o vazamento de escândalos do clube para a imprensa. Quem fizer parte da diretoria tem esse aviso. Se as notícias desfavoráveis chegarem aos jornalistas, como acontecia nos tempos de Aidar, ele tirará do cargo quem for o responsável pelo "vazamento". Seja quem for. Quanto a Carlos Miguel Aidar, a ordem do novo presidente é esquecê-lo. Não o expulsar. Mas não permitir que tenha a menor influência no clube...




Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 28 Oct 2015 07:40:55

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