quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Mais alívio do que entusiasmo. Brasil 3 a 1 na fraca Venezuela. Willian foi o destaque em Fortaleza. Último jogo das Eliminatórias sem Neymar...

Mais alívio do que entusiasmo. Brasil 3 a 1 na fraca Venezuela. Willian foi o destaque em Fortaleza. Último jogo das Eliminatórias sem Neymar...




O Brasil de Dunga teve um adversário fraco. A torcida cearense que não é alienada como pensa a cúpula da CBF. Oscar e o técnico foram vaiados. Nada de hino à capela. Dos 55 mil ingressos, apenas 38 mil foram vendidos. O time melhorou, Luiz Gustavo e Elias foram liberados para atacar. Jefferson foi queimado. A zaga Miranda e Marquinhos falharam muito nas bolas aéreas. Ricardo Oliveira assumiu, com justiça e gol, o lugar de Hulk. Filipe Luís ganhou a posição de Marcelo por precaução exagerada de Dunga. Willian desequilibrou, com dois gols e bom futebol. Lucas Lima provou que tem de ser titular na vaga de Oscar. No final, uma vitória que trouxe mais alívio do que entusiasmo. No Castelão, 3 a 1 diante da Venezuela. Foi o segundo jogo das Eliminatórias e último sem Neymar. Ele já estará de volta contra a Argentina, dia 12 de novembro, em Buenos Aires. Dunga sabia que precisava não só vencer o jogo, como mexer na equipe. O Brasil foi mal demais na derrota para o Chile. Sua primeira providência foi muito injusta. Ele queimou Jefferson. Repassou grande parte do nó tático que tomou de Sampaoli na bola defensável do primeiro gol chileno. Atitude lamentável. Diga de um treinador pressionado, com medo de perder o emprego. Colocou Allisson do mesmo nível. Já livre da lentidão do cortado David Luiz, ele colocou Marquinhos. Ágil por baixo, mais baixo e desentrosado nas bolas aéreas com Miranda. Filipe Luís entrou no lugar de Marcelo. Apenas por marcar melhor. Dunga tinha preocupação com o lado direito do ataque venezuelano, que o assustou na Copa América. Na frente trocou Hulk que não nasceu para ser centroavante, e sim pela ponta direita, por Ricardo Oliveira. Acertou em cheio. Errou ao prestigiar Oscar, em péssima fase no Chelsea. O ideal era a equipe ter começado com Lucas Lima no seu lugar. Willian ganhou mais liberdade de movimentação. Douglas Costa outra vez poderia fazer o que quisesse pela esquerda. Como se fosse um cover de Neymar, dono da posição. A grande alteração foi a óbvia libertação de Elias e Luiz Gustavo para ajudar os meias. Pelo menos contra os fracos venezuelanos, Dunga teve essa coragem. Não os amarrou no meio de campo brasileiro, como fez em Santiago. Os impedindo de atravessar a linha do meio de campo. Tudo isso e o desejo que o Brasil marcasse logo o gol. Para tirar a pressão dos jogadores. E fazer da torcida cearense aliada e não inimiga. O pedido de Dunga deve ter sido muito forte ao seu anjo da guarda. Aos 36 segundos de partida, o sonhado primeiro gol. Luiz Gustavo rouba a bola no meio de campo. A bola cai nos pés de Willian, ele desce sozinho e chuta forte. Mas o goleiro Baroja colabora. Vai com as mãos moles no chute. 1 a 0, Brasil. O gol fez um grande bem ao ambiente. A torcida ficou tolerante e o time com coragem para tentar buscar ao ataque em bloco. O Brasil marcava forte na saída de bola do péssimo time venezuelano. Roubava muitas bolas, mas o jogo não fluía. Não empolgava. Oscar, jogador fundamental no esquema de Dunga, estava outra vez em fraca jornada. Daniel Alves também pouco produzia pela direita, aberto como ponta. Filipe Luis ficava quase como um terceiro zagueiro pela esquerda. Elias e Luiz Gustavo estavam mais presentes no jogo. Atacavam, atraíam a marcação venezuelana. Excelente para Willian e para Oscar tanto fazia. Ele atravessa uma fase tão fraca que, sozinho com a bola, já poderia se complicar. Inacreditável Dunga não enxergar. O Brasil acabava com a impressão que iria golear. O time tinha liberdade, mesmo Noel Sanvicente ter prometido um 4-5-1. Seu time era desconexo. Tinha grandes espaços entre os setores. Era fácil demais para o time de Dunga atacar. Até mesmo Filipe Luís se sentia confiança para atacar. Em duas descidas, grande perigo aos venezuelanos. Na primeira, ele deixou Ricardo Oliveira livre diante de Baroja. O goleiro fez ótima defesa. Filipe Luís avançou e tocou para Oscar. Na única jogada consciente e produtiva, o meia a deixou passar. Ela procurou Willian que marcou, como quis, o segundo gol brasileiro. Aos 41 minutos do segundo tempo. 2 a 0.

O placar tranquilizou Dunga. A vitória redentora contra o frágil adversário garantiria momentos de paz. No começo da segunda etapa ficou claro o que ele queria. Toque de bola lento, para irritar os venezuelanos. Sem consciência e tentando correr, abririam espaço para tomar mais gols. Só que Dunga não contava com a péssima jornada defensiva pelo alto de Marquinhos. Ele perdia tempo de bola e disputa no corpo com os venezuelanos. Três situações foram criadas e desperdiçadas. Até que aos 19 minutos Christian Santos aproveitou desviou para as redes. Um minuto depois, Dunga tirou o omisso Oscar por Lucas Lima. A torcida vaiou demais a saída do jogador do Chelsea. O santista jogou muito bem. O santista o que se esperava de Oscar. Driblou, tabelou, serviu atacantes.



Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 13 Oct 2015 23:55:59

Nenhum comentário:

Postar um comentário