terça-feira, 6 de outubro de 2015

Enquanto Milton Cruz confirmava a ida imediata de Osório para o México, a denúncia de um novo escândalo. O vice Ataíde teria esmurrado o presidente Aidar em um hotel de alto luxo. Era só o que faltava no São Paulo Futebol Clube...

Enquanto Milton Cruz confirmava a ida imediata de Osório para o México, a denúncia de um novo escândalo. O vice Ataíde teria esmurrado o presidente Aidar em um hotel de alto luxo. Era só o que faltava no São Paulo Futebol Clube...




"O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, e o vice-presidente de futebol do clube, Ataíde Gil Guerreiro, saíram no braço na manhã desta segunda-feira.
As divergências entre os cartolas do Tricolor chegaram ao ápice durante café da manhã da diretoria no hotel Radisson, em São Paulo. Aidar e Ataíde tiveram de ser separados.
Os dois têm um histórico recente de desentendimentos públicos por conta de contratações para o time. Em abril, Aidar desfez as negociações para a contratação do técnico argentino Alejandro Sabella, que vinha sendo conduzida pelo vice de futebol." Essa foi a nota que saiu ontem à noite na coluna Radar, da Revista Veja. Aidar, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, e Ataíde, empresário e advogado do escritório Mandaliti. Conselheiros garantiam que o vice de futebol teria dado um soco no presidente do clube. A ESPN Brasil e o site do Globo Esporte tiveram a mesma versão da cena de pugilato. Aidar e seu assessor se apressavam em desmentir a agressão. Ataíde deixou seu celular desligado. O presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Augusto Barros e Silva, foi acionado. Conselheiros querem que o caso seja apurado. Se houve ou não a agressão. Não querem o São Paulo exposto dessa maneira. Leco vai pedir esclarecimentos aos dois homens que comandam o futebol do clube. Também na noite de ontem, Milton Cruz acabou com o mistério. O auxiliar técnico e pessoa que Juan Carlos Osório mais confia no São Paulo confirmava. O treinador colombiano pediu aos dirigentes da Federação Mexicana. Queria ficar no clube brasileiro até o final do ano. E só depois ir trabalhar na seleção da América do Norte. Diante da negativa e exigência que assuma o cargo imediatamente, ele vai se despedir do Morumbi. "(A saída de Osório)Vai ser difícil porque ele está acostumado, o jogador também já está acostumado. Aqui é difícil um treinador sair como ele está saindo, na fase final do campeonato, e ele ter que sair. Eu sei que ele fez muito para poder ficar aqui mais tempo, para terminar o ano com o time, mas infelizmente nós sabemos da necessidade do México para que ele vá, porque tem jogos importantes das eliminatórias da Copa do Mundo."

Estas foram suas palavras para a tevê mexicana Univision. Gravada em vídeo. Não há como desmentir. Rogério Ceni, o capitão do São Paulo, cuja aposentadoria está em segundo plano diante do ambiente caótico no clube, também confirmou ontem que o treinador colombiano já acertou sua partida. "Acredito que seja só questão de tempo para ele sair. O Osorio deu prazo até quarta, temos 48 horas para que ele se pronuncie. Mas temos profissionais como o Milton Cruz, que pode tocar esse negócio na ausência dele." O goleiro estava em um evento que deveria ser focado na sua despedida, mas acabou tendo como ponto principal a saída do técnico. O que irritou os organizadores do evento que deveria servir como propaganda dos relógios que marcam o fim de sua trajetória de 25 anos no Morumbi. Existem relógios que chegam a R$ 4,9 mil.

Dois sócios do São Paulo acionaram o clube na Justiça para obter informações sobre a compra do zagueiro Iago Maidana. O jogador foi comprado do Monte Cristo, da terceira divisão goiana, por R$ 2,4 milhões. O Criciúma vendeu o atleta por R$ 800 mil para donos da empresa Itaquerão Soccer. Dois dias depois, ele foi repassado ao Morumbi pelo triplo do preço. Além disso, surgiu a versão que a multa rescisória do zagueiro no clube catarinense seria de apenas R$ 50 mil. A CBF também estranhou a transação. Exigiu toda a documentação e a enviou ao STJD. Desde 1º de maio, a Fifa proíbe a participação de empresários na transação de jogadores profissionais. Os consagrados e caros advogados André Ribeiro e Breno Tannuri defenderão o modesto Monte Cristo. Ambos trabalharam na liberação de Oscar do São Paulo. E Nilmar do Corinthians, entre outros vários casos. Diante deste quatro caótico, o São Paulo afugenta cada vez mais patrocinadores. Completa um ano e quatro meses sem conseguir alguma empresa que pague para estampar seu nome na camisa do clube. Nem com a promoção do departamento de marketing: quem fechar até o final de 2016, ganharia os três últimos meses de 2015 de graça. Mas um mês já se passou e nada aconteceu. Osório falou no sábado, após a vitória contra o Atlético Paranaense, que daria sua resposta sobre o México amanhã, quarta-feira. Mas Milton Cruz se antecipou. E revelou que a resposta deverá ser o que todos no Morumbi esperam, o adeus. E a tendência é a que foi antecipada neste blog. Que Milton Cruz siga comandando o clube até o final do ano. Restam apenas nove partidas no Brasileiro e quatro na Copa do Brasil, caso o time chegue à decisão. O clube teria dois meses para escolher o novo técnico para 2016. Seria uma insanidade um novo técnico assumir a direção da equipe agora. A não ser se fosse Muricy Ramalho, que deixou o clube em abril para se submeter à operação de diverticulite. Mas Aidar considera o treinador muito ligado a Juvenal.

Houve uma enorme frustração da direção e dos jogadores quando o sorteio de definição da semifinal da Copa do Brasil. O primeiro jogo será no Morumbi. E o decisivo, na Vila Belmiro. Todos acreditam que o Santos levou importante vantagem. O clima no São Paulo já estava péssimo. A arrastada indefinição em relação a Osório torturava o time e os dirigentes. Agora que a saída está se concretizando, surge a informação que o vice presidente de futebol teria acertado um soco no presidente do clube. Enquanto isso, a oposição se fortalece. Não só para a próxima eleição em 2017. Aliados de Juvenal e Abílio Diniz já questionavam vários pontos da administração de Aidar. A dívida crescente. A falta de transparência. A morosidade do marketing. A perda dos lucrativos shows para a nova arena do Palmeiras. A negociação de Iago Maidana. A comissão de R$ 18 milhões na negociação com a Under Armour. Agora surge a denúncia deste escândalo público, no hotel Radisson. Assessores, desesperados, tentam articular coletiva de Aidar e Ataíde juntos. Para a tentativa de um desmentido conjunto. Com direito a elogios e palavras de carinho. Mas não será surpresa se Ataíde deixar seu cargo. Essa é atual realidade do grande São Paulo Futebol Clube...





Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 06 Oct 2015 06:54:17

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