sexta-feira, 9 de outubro de 2015

O Brasil intimidado de Dunga. Pela primeira vez perdeu em uma estreia nas Eliminatórias. Como equipe pequena, sonhava com um empate. Pagou caro pelo medo. Perdeu para o Chile por 2 a 0. Evidenciou sua dependência de Neymar...

O Brasil intimidado de Dunga. Pela primeira vez perdeu em uma estreia nas Eliminatórias. Como equipe pequena, sonhava com um empate. Pagou caro pelo medo. Perdeu para o Chile por 2 a 0. Evidenciou sua dependência de Neymar...




Duas bolas na trave. Uma de Alexis Sánchez e outra de Islas. Mesmo assim, o Brasil seguia intimidado. Encurralado no seu campo, a Seleção sonhava, como time pequeno, com um empate. Mas depois de três chances seguidas, se fez justiça. Matías Fernández cobrou falta. E Vargas entrou livre. Bateu forte, Jefferson ainda amorteceu o chute. Mas a bola morreu no fundo do gol. Mas viria outro. Constrangedor. Aléxis Sanchez completou tabela que fez com Vidal. Parecia um coletivo de time de profissional contra um juvenil. 2 a 0 e gritos de olé deram muito bem a dimensão da superioridade chilena. O Brasil de Dunga começa as Eliminatórias com uma derrota em Santiago. Mais do que isso, jogando futebol desanimador sem Neymar. Depois de 15 anos, os chilenos voltavam a derrotar os brasileiros. Pela primeira vez o Brasil começou uma Eliminatória para Mundial perdendo. Esta é a nossa realidade... O que aconteceu em Santiago não foi por acaso. Desde a expulsão infantil de Neymar na Copa América contra a Colômbia, Dunga sabia que tudo seria muito sofrido. Com a confirmação da suspensão de quatro partidas e a confirmação que o Chile seria o adversário de estreia nas Eliminatórias, o treinador tinha consciência que o confronto seria terrível. O motivo é simples. Hoje o Chile é uma equipe melhor que a pentacampeã mundial. Mesmo com Neymar. Sem Neymar, tudo ficaria quase impossível. O técnico brasileiro montou a Seleção como se fosse uma equipe pequena. Sua maior ambição seria tirar o espaço, travar o excelente toque de bola chileno. Compactou o time. Estruturou a escalação em 4-5-1. Dunga, que falou tanto de boxe, ontem na coletiva, foi fiel às suas palavras. Fez o Brasil entrar como um lutador intimidado, fechado. Com medo do adversário superior. Esperando um golpe de sorte para acabar o combate. Um gancho, um direto. No caso da Seleção, um contragolpe. Mas o treinador cometeu um erro primário. Ele escalou certo Elias. O Brasil tinha um volante moderno que poderia ser o homem surpresa do jogo. Mas o amarrou a Luiz Gustavo. Os dois foram transformados em meros cães de guarda da zaga. Separados de Oscar, Willian e Douglas Costa. Agiu como um técnico dos anos 90, quando os volantes eram volantes e os meias, meias. Conseguiu cometer esse desatino, mesmo tendo a versatilidade de Elias. Se fosse só para marcar e ficar preso no campo brasileiro, que colocasse Fernandinho. E o Brasil começou a partida dando uma falsa impressão. No primeiro tempo a marcação estava mais adiantada. Complicava a movimentação de Vidal, de Valdivia, Beausejour. Eles não tinham o espaço que tanto gostam. A bola não chegava com perfeição para Vargas ou Sánchez. Quase tudo estava indo bem. Sampaoli percebeu que Marcelo fechava acompanhando Vargas. E abria espaço para Islas descer pela esquerda. O lado direito chileno começou a minar a defensiva brasileira. A lentidão de David Luiz se evidenciava. O acaso ajudou. O zagueiro se contundiu e entrou Marquinhos, muito mais ágil. E a jogada morreu. O primeiro tempo acabou equilibrado, com um justo 0 a 0. Apesar de uma bola na trave de Sanchez. Mas no segundo tempo, o Chile adiantou sua marcação. Assumiu a responsabilidade de melhor seleção da América do Sul. Ainda mais diante dos seus torcedores. E o Brasil retornou intimidado, mais recuado, como time pequeno. Tentando apenas diminuir o ritmo do jogo. Fazer o tempo passar. Segurar a igualdade. Irritar, desconcentrar os chilenos. Era incrível a falta que Neymar fazia. O Brasil teve pelo menos duas ótima escapadas com Oscar pela esquerda. Mas o jogador se enrolou. Não teve personalidade para tentar o drible e nem precisa no último passe. Willian também foi uma decepção, burocrático. Douglas Costa acabou afetado pela medíocre missão de apenas marcar Islas. O Brasil assumidamente se defendia. Não tinha talento e nem foi preparado para superar a intensidade, o poder de recomposição e os ataques em blocos chilenos. Sampaoli havia mudado o lado e passou a forçar em cima de Daniel Alves. Sua fragilidade na marcação é algo que o planeta sabe. Islas havia acertado a trave. O Chile seguia melhor, mas Valdivia estava cansado. A equipe melhorou com a entrada de Matías Fernandéz. E foi o habilidoso meia que cobrou falta da intermediária. A zaga brasileira falhou. E Vargas entrou livre para chutar forte. Jefferson tentou o milagre. Mas tudo o que conseguiu foi amortecer a bola que acabou no fundo do seu gol. 1 a 0 Chile, aos 27 minutos.

Fonte: Esportes R7
Autor: cosmermoli
Publicado em: 08 Oct 2015 22:31:33

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